O encontro

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Depois de uma ótima tarde com George, Elisabete foi para casa e ao chegar lá encontrou Marco bonito e elegante; Terno, gravata e muito cheiroso. Elisabete amava o cheiro dele. Nas noites que ele não chegava ela passava o perfume dele e chorava.

_ Se arrumou tanto para ir ver a Dr Negrette? _ Diz ela colocando a bolsa em cima do sofá.

  _ Está com ciúmes, meu amor? _ Disse ele tocando em uma madeixa de Elisabete.

_ Não, não estou com ciúmes, estou apenas perguntando. _ deu um sorriso irônico.

_ Na verdade nós não vamos. Nós vamos em outro lugar. Mas é surpresa. Se arruma para irmos.

_ Para de usar desculpas para me levar pra sair. Se quer sair comigo é só me convidar. _ Elisabete sorriu.

_ Quer ler a mensagem? Pode ver. _ Disse Marco entregando o celular para ela.

_ Tá bom Marco. Vou me arrumar. _ Elisabete ignora o celular.

Elisabete subiu para se arrumar. Elisabete estava feliz em ver o marido se dedicando para recuperar o tempo perdido. Apesar de se fazer de durona, seu coração parecia uma manteiga derretida. O tempo havia passado e mesmo com toda dor, ela o amava tanto que mal cabia em seu coração. Ela fez questão de colocar um belo vestido, fazer uma bela maquiagem e passar um de seus belos perfumes. Ela sabia que agora que seu marido voltou a enxerga-la ele notaria a sua beleza. Ao descer as escadas se deparou com Marco na beira da escada a esperando.

Quando ela olhou para Marco notou a expressão que ele fizera. Era uma expressão de quem estava completamente apaixonado. Seus olhos brilhavam.

_Você está linda. _ Gaguejou

_ Você também não está nada mal. _ Elisabete riu.

Parecia um casal de namorado. Aqueles que tem o seu primeiro encontro na adolescência. Eles estavam recomeçando e tudo aquilo era novo para eles. Estavam nervosos, com o coração palpitando. É como se suas batidas correspondessem o que o outro sentia. Era como se um tu tu tu de um coração dissesse tu tu tu para o outro. _ Me dê sua mão. Deixa eu te levar até o carro. Ah! Por favor! Hoje vai ser um encontro em que vamos nos conhecer. Então por favor esquece o passado. Não quero que fique batendo sempre na

mesma tecla.

_ Tudo bem Marco. _ Elisabete sorriu.

Marco levou Elisabete em um dos melhores restaurante da cidade. Marco estacionou, desceu e abriu a porta do carro para Elisabete. _ Vamos, querida Elisabete. Minha querida Elisabete._ Marco sorriu.

Marco estava feliz em saber que a esposa estava ali do seu lado, linda e feliz, pois a felicidade estava estampada em seu rosto.

_ Não acha que é muito cedo para me chamar de sua? _ Disse Elisabete dando uma piscadela.

_ Me desculpe Senhorita.

Elisabete apenas sorriu. Caminharam de vagar para o restaurante, entraram, sentaram e começaram a conversar. Se apresentaram, falaram do que eles gostam. E por horas eles sorriram. Como não fazia há tempos. Sorriram, brincaram e por fim, acabaram de jantar.

_ Quer ir para algum outro lugar, Elisa? _ Perguntou Marco. 

_ Sim, eu quero. Podemos ir na praia? Tem muitos anos que não vou lá. Não com alguém.

_ Nós vamos aonde você quiser, Elisa.

Chegaram à praia. Elisabete saiu correndo em direção ao Mar. Ela amava tanto o mar que não ligava se o vestido era caro ou se estragaria com a areia ou com a agua do mar, ela apenas tirou seus sapatos e correu na areia. Marco também tirou seus sapatos e a seguiu. Então ela parou em frente ao mar e ficou em silêncio. Apenas escutando o barulho das ondas. Ela amava aquele momento. Respirou fundo e sentiu o vento penteando seus cabelos longos e lisos. Respirou fundo e sentiu a brisa do mar. Seu coração se acalmou pois por um momento estava agitado, mas aquele momento a acalmou. Era como se tudo fizesse sentido outra vez. Era como se a felicidade estivesse ao lado dela de novo. Marco chegou por trás dela e a abraçou. E quando ele ia dizer algo, ela fez shi! Pois apenas queria o silencio na praia e alguém que ela amasse ao seu lado.

_ Isso é tão lindo. _ disse ela quebrando o silêncio.

_ Está frio. _ Reclamou Marco

_ Eu amo frio. _ Respondeu Elisabete rapidamente.

_ Deixa eu te abraçar, te beijar. _ Marco passava a mão em seus cabelos.

Então Elisabete não responde com usando suas palavras, mas vira e ela mesmo o beija. E por um momento toda dor, todo o passado foi esquecido. Para eles só existiam eles e a praia. E era exatamente o que precisavam para serem felizes. O que não acontecera há muito tempo, aconteceu. Houve uma explosão de sentimentos. Toda saudade fora dissolvida em um abraço e em um beijo. Seus batimentos aceleravam como se fossem parar, era uma forma de comunicação. Em um intervalo de beijos Marco sussurrou:

_ Eu te amo. Eu te amo tanto.

Elisabete sorri e o abraça.

_ Vamos embora? Temos muito o que fazer em casa. Os dois sorriram e foram embora.


A busca por um casamento felizOnde histórias criam vida. Descubra agora