Contando história

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Se passaram quatro meses, a barriga de Elisabete cada vez mais grande e pesada. Durante esses quatro meses, tudo ocorreu como deveria. Zé Augusto lidou muito bem com a adoção, soube de fato o que é ter uma família. Elisabete e Marco tiveram algumas complicações nessa experiência de serem pais, mas Tulipa os ajudou e os ensinou cada passo. Zé Augusto estava se adaptando a nova família e as novas regras. Ele sentiu um pouco de saudades de Acélia, apesar de tudo, mas seus pais o ajudavam a lidar com isso. Elisabete procurou um psicólogo para lidar com seus traumas, e estava reagindo bem. Já conseguia falar sobre o assunto, o que antes não conseguia. Os dias se passavam e sua vontade de ter Catarina em seus braços só aumentava.

Tudo ocorreu bem entre o casal, alguns desentendimentos, mas que casal que não se desentende de vez em quando? Isso faz parte da vida e todos devemos nos acostumar. O que importa não é o problema, e sim como lidamos com ele, e depois de tantos casos e acasos, eles estavam aprendendo. Marco amadureceu muito, e Elisabete também, todos os problemas que vieram ajudaram o casal de alguma forma. Aprenderam que isso é o casamento, lutas, obstáculos, brigas, mas nunca, em hipótese alguma vale desistir. E apesar de tudo, buscariam a felicidade para o casamento.

O amor é isso. É estar sempre um ao lado do outro, lutando, orando e reconquistando todos os dias. Haverá dias em que ela estará um amor, mas também terá dias que estará uma fera. Haverá dias em que ele será um doce, mas também haverá dias em que ele será um limão. O segredo é ter paciência e nunca desistir. Antes de todos esses obstáculos, eles não tinham entendido o que realmente significa o casamento. Marco quis dar tanto bem estar para sua mulher, que esqueceu que tinha uma. Elisabete largou o emprego para ser do lar, e viu seu casamento se acabando diante dos seus olhos. Ela teve a sorte de ter uma sogra para abrir seus olhos. As vezes não enxergamos o problema, mas a mãe de Marco enxergou e os ajudou. Eles aprenderam que casamento não é individual. Casamento é união. Se tornar uma só carne e viver como tal, sem egoísmo, mas compartilhando cada detalhe da vida. O processo foi dolorido, mas foi o que ajudou. As vezes algumas pessoas surgem parecendo tirar nosso foco, mas são justamente elas que nos ajudam a seguir, as vezes aparecem para nos atrapalhar, porém é aí que aparece a ajuda. Elisabete e Marco aprenderam e entenderam que vão continuar aprendendo até a morte chegar.

Com o passar do tempo, Marco tinha cada vez mais certeza de que ela era a mulher da vida dele, grande parte do que ele é, ele deve a ela. Marco reconheceu todos os seus erros do passado e soube pedir perdão. Se ele tivesse permitido que o orgulho fosse maior do que seu amor, ele não estaria ao lado da mulher que ele ama. Não espere passar por um processo doloroso para valorizar alguém que você ama. Elisabete poderia ter escolhido dizer adeus, sem dar a chance do marido se explicar, mas ela escolheu ouvir e enfrentar. Elisabete errou quando pensou que cuidar do lar era ficar em casa, e com certeza aprendeu com isso. Elisabete, uma mulher iluminada. Teve a oportunidade de ser mãe duas vezes, uma salvando Zé Augusto de um futuro sem estrutura familiar e tendo a oportunidade maravilhosa de gerar um filho. Ela era iluminada. Tinha um marido, não perfeito, mas que lutava para ser melhor, e dois filhos incríveis. Além de ter realizado o sonho de abrir sua escola. O processo foi doloroso, mas a hora da felicidade chegou. 

A busca por um casamento felizOnde histórias criam vida. Descubra agora