Acélia não perdia a oportunidade de infernizar a vida de Elisabete. Ela a invejava com toda sua força, por não ter tido uma gravidez aparentemente tranquila, por não ter um marido como Marco, portanto ela fazia de tudo para faze-la sofrer. Como Acélia não conseguiu seduzir Marco, resolveu o incomodar de outra maneira.
_ Zé, acorda Zé. _ Disse Acélia para o marido que estava caído de bêbado no sofá.
_ Que que foi mulher?
_ Ocê num sabe o que aquele atrevido do professor do nosso filho fez.
_ Cê ta me acordando pra isso Acélia?
_ Ele deu em cima de mim, Zé. Cê vai deixar alguém fazer isso com sua mulher?
_ Ocê nunca valeu nada Acélia, tá reclamando do que, no mínimo ocê deu ousadia pra ele.
Aquelas palavras machucavam Acélia. Seu marido a rejeitava de todas as maneiras mas não a deixava ir embora, Acélia não queria ser tão cruel, mas as circunstancias de sua vida não a ajudara. Mas ela não desistiu, continuou insistindo.
_ Levanta Zé, eles querem roubar nosso filho. Aquela professora até ameaçou roubar ele da gente.
_ Mentira papai, isso é mentira. _ Gritou Zé Augusto ao ouvir tudo que a mãe havia dito.
_ Eles não querem roubar nada, eu que quero ir com eles. _ Continuou gritando.
_ Ocê para de gritar comigo seu muleque. _ Disse Acélia.
Acélia sempre o tratara assim, como moleque, menino, garoto, mas nunca como filho, amor, querido, amado. Ela não sentiu a alegria da maternidade, não sentiu apego pela criança como deve ser. No fundo ela o amava, mas achava sua vida uma grande injustiça. Nunca fora bem sucedida, nunca teve amor materno, por que iria passar isso para o seu filho se ela mesmo não teve?
_ Ô Menino ocê para de gritar com sua mãe se não te dou um tapa na fuça.
_ Eu não gosto de vocês, só do tio Marco e da tia Elisabete. _ Gritou Zé Augusto enquanto chorava.
_ Viu o que ocê fez homi?
Zé Augusto correu para a igreja. Ele estava muito angustiado, por isso saiu gritando e chorando. Zé Augusto era uma criança e não aguentava mais viver com tanta violência. Ele não tinha entendimento para entender o que estava acontecendo de fato, mas sabia que não era bom. Zé Augusto era uma criança de apenas 5 anos, e infelizmente tivera que passar por esse processo difícil. Ver a mãe apanhando e o pai sempre bêbado o fez se tornar mais agressivo e com um péssimo desempenho escolar.
_ Padre, me leva pra morar com a tia Elisa, por favor. _ Zé Augusto abraçou o padre e começou a chorar. Ele estava angustiado, precisando de um colo.
Acélia saiu atrás do filho.
_ Zé Augusto minino, cê volta aqui.
_ O que está acontecendo? _ Questionou o padre.
_ Esse menino é muito pra frente padre, tem que ficar de castigo.
Acélia tentou arrancar Zé Augusto dos braços do padre, mas o padre a impediu.
_ Acélia, você não vai levar ele. Não agora. Vá embora minha filha. Deixa Zé Augusto aqui que eu cuido.
_ Zé Augusto, se ocê não voltar agora, você nunca mais vai ver Elisabete.
Zé Augusto a evitou.
_ Fique aqui meu filho _ disse o padre.
_ Acélia, vai embora! _ Continuou ele.
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A busca por um casamento feliz
RomanceDepois de 5 anos de infelicidade, Elisabete, uma mulher bonita e conservadora se cansa de seu casamento e decide pedir o divorcio. Mas ao tomar essa decisão, seu marido, Marco, decide lutar para evitar essa situação. Será que ele reconquistará sua e...