Back to the United States

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– Jungkook? – o chamo ao fechar a porta e tirar o sobretudo, pendurando-o em seguida. – Oppa?

Ouço gemidos virem da direção do quarto e depois de pensar logo o pior, caminhei até lá. Quando empurrei a porta lentamente, não soube o que fazer, se ria de seus movimentos ou se me aproximava. Mas preferi a segunda opção.

Ele estava tão concentrado que não percebeu o colchão se afundar, por trás do mesmo, tomei o lugar de sua mão e me apoiei em seu ombro, dando-lhe um leve susto.

– Está gostoso? – meu tom de voz sensual perto de seu ouvido podia enlouquecer até eu mesma, em seguida mordi seu lóbulo.

– K-Kim... – gemeu. Colocou sua mão em cima da minha e tirando-a.

Ri e me sentei na cama, Jungkook pôs seu membro, que ainda perdia a ereção, dentro da bermuda e se virou para mim.

– Como foi? – perguntou.

– Muito bem! – me animo – O médico disse que o bebê está se desenvolvendo perfeitamente e que não há nada de errado nem comigo, nem com nossa fonte de alegria.

– Isso é ótimo... – se aproximou para me beijar, mas eu me desviei e ele beijou meu ombro.

– Tem mais, a minha gravidez não é desde o casamento, e sim de semanas antes.

– Significa que você está grávida desde o dia em que lhe pedi em casamento?

– Exatamente.

– Ommo, não faz mal. – novamente tentou me beijar, e novamente não deixei colocando o indicador em sua boca.

– Eu fiz uma pergunta ao médico.

– E que pergunta seria essa? Afinal, porque médico e não médica?

– Jungkook, faça-me favor! Não vamos discutir por isso. – ele revirou os olhos. – Voltando, perguntei se tinha problema em fazer sexo no meio da gravidez. – o puxei pela nuca e lhe dei um forte selinho. – E podemos.

– Eu sei.

– Quê? E por que você não me disse isso antes?!

– Porque mesmo assim eu continuo achando um pouco errado...

– Sério? Ficamos um mês sem transar e agora eu o encontrei se masturbando.

– Kimberly...

– Tá bom! Então vamos mudar de assunto. – ele assentiu – Eu comprei algo que você vai gostar!

Fui até a sala pegar uma sacola que eu tinha deixado lá, volto para o quarto pulando de felicidade e me sento na cama novamente. Dou a sacola enfeitada por ursinhos e presentes pela loja, Jungkook logo desconfiou mas pegou o que havia ali dentro.

– Eu vi esses sapatinhos na vitrine, e como ainda não sabemos o sexo do bebê, comprei os brancos...

Ele admirava a lã, parecia ser a primeira vez que segurava um pequeno sapato de bebê, talvez fosse mesmo.

– Você vai me matar se continuar me dando presentes tão bonitos e fofos assim... – ri enquanto ele colocava o que tinha em mãos na sacola.

– Então, como foi no trabalho?

– Bem, inclusive me promoveram.

– De novo?

– Claro, ninguém resiste à mim.

– Isso não vem ao caso. – rimos e eu lhe dei um leve tapa.

– Sou o braço direito do dono, e ele está quase à beira da morte. Não há herdeiros e...

– E você pode ser o dono. Acertei?

– Acertou...

Dessa vez deixei que me beijasse, fui deitada na cama e recebi muitas carícias, mas também não deixei de fazer carinho no meu menino, que na verdade era um homem de vinte anos.

Á noite...

– Jungkook, eu quero comer sorvete! – digo após devorar o último pedaço de pizza.

– Não compramos sorvete.

– Não interessa, eu quero agora!

– Mas eu vou ter que sair para comprar. – fez manha.

– Vai negar um desejo de grávida? Achei que seria um pai melhor. – nesse mesmo momento ele se levantou.

– Já estou indo.

Sorri vitoriosa enquanto ele colocava seu casaco e saía para comprar o que pedi. Continuei a assistir o filme que se passava, e depois de cinco minutos alguém bate na porta. Só faltava Jungkook ter esquecido o dinheiro ou então foi rápido demais.

Me levantei e com um sorriso nos lábios, abri a porta. Tudo o que pude ver foram os dois piores homens me pegarem, apagando-me em seguida.

××××

Aproveitei para comprar outras coisas além de sorvete, conheço bem Kimberly e sei que ela vai querer mais do que algo gelado. Paguei após colocar tudo dentro de uma bolsa de plástico e voltei para o prédio que ficava na mesma rua, então era bem perto.

Um carro estava saindo da garagem e, ele era da cor branca e possuía vidros pretos, mas um deles estava aberto e a pessoa que se encontrava no banco do carona era John. Eu realmente não queria acreditar que era ele me olhando, e depois sorrindo de lado. Somente aquela ação me fez pensar o pior e correr para o apartamento.

Desesperado e dizendo à mim mesmo que Kimberly estaria lá, subi pela escada e pulando os degraus. Me atrapalhei ao digitar a senha da porta, tive que apagar e pôr novamente a senha da nossa data de casamento. Ao finalmente entrar, larguei a sacola no chão e corri pelo apartamento gritando loucamente o nome de minha amada. Mas ela não estava lá... Revirei até mesmo os lugares impossíveis de caber um ser humano, e nada.

Eles tinham vindo ao Japão só para pegar e levar minha menina. Eu estava disposto a ir parar atrás das grades por matar alguém, só para ver minha garota livre, e eu não iria desistir dela, nunca!

Iria arrumar uma mochila com apenas o necessário e voltar aos Estados Unidos, para impedir que levassem minha mulher para a prostituição. Não suportaria vê-la ser violada por um homem que não conheço, e pior, ela estava grávida. Só de pensar no que poderiam fazer com meu filho, acho que morreria literalmente de tanta dor.

Havia um papel em cima da cama qual dizia: Se tentar salvá-la irá morrer sendo torturado da pior forma, lhe desejo boa sorte.

– Então que eu morra. – saí do apartamento, logo do prédio e fui a caminho do aeroporto.

Together || Jeon Jungkook (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora