Ao chegar na casa dos meus pais, foi uma enorme surpresa e total confusão. Eles não entendiam o porquê do hospital não ter ligado, mas não desejavam saber, estavam felizes por eu ter acordado. Porém, como sogros, também estavam preocupados e tristes pela Kimberly. Expliquei a eles o que aconteceu quando fui visitá-la, ficaram um pouco aliviados mas disseram que jamais iriam superar a morte de Hye Sung.
Sinceramente, eu não queria ficar tocando no tal assunto, por mais que fosse minha filha, eu sempre iria sentir saudades e nunca iria esquecê-la. Me lembraria sempre daquele rostinho pálido que eu via através do vidro, quando a peguei no colo, quando beijei sua pele tão frágil e doce, quando eu me sentia completo por ter minha família unida.
– Aish! – resmungo baixinho enquanto termino de arrumar as malas.
Parando para pensar, Kimberly e eu viajávamos bastante. Nossa vida mudou depois do dia em que fugimos juntos, devo admitir que foi uma loucura, mas foi a melhor loucura. Tivemos altos e baixos, momentos de desespero, de felicidade, horas de descanso, de nos divertir. É bom saber que sou e sempre serei o único na vida dela, fui eu por quem ela se apaixonou, eu a beijei pela primeira vez, eu tirei sua virgindade, eu casei com ela, eu criei uma vida com ela. Tudo fui eu, e para sempre será eu. Porque Kimberly acertou em cheio quando decidiu o homem para a vida dela, e eu virei o cara mais feliz do mundo por ser este privilegiado.
Mas hoje ela finalmente sairia daquele lugar horrível, minha menina seguiu o planejado e foi liberada em dois dias. Iríamos voltar hoje à noite para Seul, tudo o nós queríamos era ficar completamente sozinhos em nosso apartamento. Estávamos afim de dar apoio um ao outro pois sinceramente, não estava sendo nada fácil.
Desci as escadas correndo, estava ansioso para ir buscar a minha Kimberly. Meus pais estavam juntos na cozinha e quando me viram, logo perguntaram.
– Aonde está indo? – disse minha mãe.
– Irei buscar minha esposa, logo estarei aqui com ela e à noite iremos voltar para Seul. – respondo calmo e ela assente.
– Leva o meu carro. – meu pai repentinamente jogou sua chave em minha direção e por pouco eu não pego.
– Valeu... – sorri e abri a porta, entrei no carro com rapidez e o liguei, então fui em busca da minha menina.
Eu me sentia muito ansioso para vê-la livre, poderia abraçá-la e beijá-la pelo tempo que quisesse, mas também ainda estava inconformado com o acontecido, seria difícil esquecer mas tentaria. No momento eu estava focado apenas na Kimberly, queria confortá-la pois sei que ela foi mais atingida que eu.
O hospício ficava apenas trinta minutos da minha casa e em vinte minutos eu já estava lá. Não quis pôr o carro no estacionamento, deixei-o na rua mesmo pois o que eu iria fazer lá dentro era rápido. Passei pela recepção e disse a mulher qual era minha intenção ali, ela me liberou para entrar na sala da diretora, aonde assinei os papéis e a mesma me levou até minha menina.
Andando por um corredor desconhecido, para mim, eu caminhava sorrindo em saber que a veria novamente. Não a visitei desde que vim pela primeira vez, estava ocupado organizando algumas coisas para voltarmos a Seul.
– Ela está neste quarto. – a diretora disse ao pararmos na frente de uma porta – Pode pegá-la e sair da instituição, tudo já está certo. Tenha uma boa tarde. – ambos se reverenciaram e a própria se retirou.
Arrastei meus dedos uns com os outros enquanto encarava aquela maçaneta, mas levei minha mão esquerda até o objeto e lentamente o girei. Empurrei a porta e minha visão de primeira alcançou Kimberly. Ela estava sentada no canto da cama, abraçada as suas pernas, sua única bagagem pequena estava ao seu lado, olhava para o nada e logo me viu. Me direcionei a ela em passos longos, a garota levantou-se com rapidez da cama e tropeçou em seu próprio pé, caindo em meus braços. Soltei um riso breve, então ajudei-a se erguer. Ficamos próximos, nossos rostos estavam a menos de dez centímetros de distância.
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Together || Jeon Jungkook (Concluída)
Fiksi PenggemarDe todas as pessoas no mundo, ele era o único que me dava carinho e amor. Morar num orfanato não era algo agradável, muito menos para uma garota frágil e indefesa como eu. Nós tínhamos apenas um sonho: poder viajar juntos. Conhecer outros lugares e...