The worst has gone

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Agora sim eu sentia um terrível ódio bombardear por minhas veias e artérias.

John estava fazendo um jogo comigo pois pela segunda vez ele me olhou e sorriu de lado, já aquela ação foi o bastante para que eu avançasse em cima dele. Caímos no chão e não pude deixar de socar a cara do próprio por tanto ódio que percorria em mim, mas mesmo assim me senti culpado por ter o tirado a força e ouvido Kimberly gemer de dor.

Puxei John pelo pescoço e o fiz sentar numa cadeira, ele se debatia, porém deveria saber que eu jamais iria desistir. Apontei a arma para ele e o mesmo num instante permaneceu quieto. Só de fitar sua imagem me deu mais uma vez vontade de chorar, eu não queria matá-lo, apenas queria pegar a menina e logo ir embora.

– Obrigado pelo boa sorte. – digo irônico, segurando o choro.

– Quanto tempo, não é mesmo? Você fugiu sem me dizer nada e ainda levou meu dinheiro, foi difícil procurá-lo por aqui, mas foi fácil saber que estava na Coreia.

– Como você soube?

– Não é óbvio? Sua mãe não aceitou o fato de você estar namorando uma gostosa ameri... – o impedi que terminasse de falar acertando-lhe com a ponta da arma.

– Se você referir mais uma palavra suja a ela, eu juro que te mato.

– Só porque irei me referir? Nossa Jungkook, não acha que está sendo obsessivo demais? Ela não será sua menininha para sempre, aceite isso e me deixe fodê-la em paz. – o acertei com o ferro novamente, só que com mais força por suas palavras horríveis.

– Ela será sim e não, não acho que estou sendo obssessivo, apenas estou tentando cuidar da minha menina. – deixei a água de meus olhos caírem ao lembrar do assunto que tive com Kimberly quando ainda estávamos na casa dos meus pais.

– Esquece, Jeon. Ela não vai mais se lembrar de você, está drogada e inconsciente por muito tempo. – involuntariamente olhei para ela.

Fiquei distraído ao vê-la tão destruída por um monstro como ele. Sempre tão alegre, gentil, dócil e ainda tinha seu mundinho colorido... era doloroso ver meu amor como se fosse uma verdadeira prostituta.

Aquela minha distração somente ajudou ele a me bater, senti vidro se quebrar em minha cabeça e ferro bater forte na ponta da minha sombrancelha. Aquilo doeu logo fez um efeito, levando embora minha visão, mas não deixei de me defender.

– Não há como salvá-la, ela é minha...

Ela é minha...

Isso foi o bastante para não pensar nem uma vez e atirar nele, para acabar com tudo e eu poder levar a menina para o hospital. Acertei seu ombro, depois seu joelho e também deu vontade de acertar suas bolas.

Simplesmente larguei a arma no chão e caminhei até Kimberly, encarei seu corpo exposto e logo peguei um cobertor para que ninguém a visse além de mim naquele lugar, afinal lá fora estava muito frio e eu prometi cuidar dela.

Peguei-a no colo e saí daquele lugar imundo, assim que apareci na rua pude ver Katy ligar o carro, fiquei com a loira no banco de trás e mandei a menina digitar o nome do hospital no GPS que o veículo alugado possuía.

Ela fez bem em não perguntar o que aconteceu, apenas nos levou ao lugar implorado por mim, qual não tinha nem três quilômetros de distância. Eu lutava para me manter acordado pois aquele ferro tinha machucado muito minha cabeça, afetou minha visão e estava quase impossível de ver o que havia em minha frente.

Quando chegamos eu rapidamente saí com Kimberly nos braços e quase tropeçando, coloquei-a em cima de uma maca qual algumas enfermeiras tinham me dado. Após vê-la se afastando, caí no chão já sem força alguma e outros funcionários vieram me ajudar, também me pondo em uma maca.

Together || Jeon Jungkook (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora