Together || Jeon Jungkook (Concluída)

Defender

O último tempo de aula era vago, então resolvi ir até a biblioteca da escola para fazer algumas lições que não pude concluir muito bem. Jungkook estava jogando bola com os amigos no campo, eu pedi para que ele fosse se divertir, insisti com muita paciência até que foi. O garoto pode mesmo dizer a verdade de que quer passar a maior parte do tempo comigo, mas também gosto de vê-lo com outras pessoas, não queria que fosse focado apenas em mim.

Havia poucas pessoas na biblioteca, então talvez eu me concentraria melhor, ou não. Com a vida que tenho, as vezes é impossível compreender certas coisas, tudo porque estou sempre refletindo e chorando no meu quarto, bem no meio da madrugada.

Após pegar alguns livros me sentei em uma mesa qualquer, então ali comecei a estudar e fazer exercícios de fixação. Não se passou muito tempo naquela enorme sala, mas percebi que as pessoas estavam se levantando e indo embora rapidamente. Minha mente finalmente se tocou que obviamente Nathalie estava chegando com as meninas quais pareciam cachorras andando atrás dela.

Aos poucos fui fechando o livro de biologia, e começando a ficar atenta. Até que ouço o som dos saltos se aproximarem cada vez mais alto, e lá estavam elas, junto ao garoto mais encrenqueiro do colégio.

- Vejam só se não é a órfã. - Nathalie diz e bufa de um modo sarcástico.

Eu não sabia o que fazer ao receber tantos insultos, como agir quando me cercavam... Para falar a pura verdade, eu não sabia me defender, nem mesmo no bate-boca.

- Cadê seu amiguinho agora? Hein?! - ela começou a me rodear. - Você não passa de uma nerd qualquer! Jungkook só te acompanha por pena de uma garota rejeitada. - ela tirou minha mochila a força, e jogou-a no chão. - Você não vai permanecer na vida dele por muito tempo, aprenda que Jungkook é meu namorado, e você... Uma menina tosca!

Nathalie me empurrou e como eu estava indefesa e nada cautelosa, acabei caindo no chão. Ela pegou em meu cabelo e me balançou diversas vezes, em seguida me jogando com mais força contra o piso de madeira. Eu já chorava baixinho feito uma criança na mão de um homem ruim.

- Christian, acabe com essa vadia mimada... - ouço Nathalie dizer enquanto se afastava um pouco.

Então apenas vi os pés do garoto bem a minha frente, e de repente ele chutou minha barriga, fazendo-me bufar. Ele machucou minhas costas, machucou toda a região do tronco.

Minha visão estava embaçada, e as lágrimas não me ajudavam a ver quem mais estava conosco naquele lugar. Mas essa pessoa bateu no menino que me espancava brutalmente, gritou frio e grosso com as meninas que logo foram embora. Esse alguém se abaixou a minha frente e me puxou para o seu colo.

- Oppa...? - digo sôfrega e o mesmo logo me abraça.

- Eu estou aqui... - ele me mimava docemente e deixava com que eu molhasse sua camisa escolar.

- Eles me machucaram, minha barriga dói Kookie... - além dos meus soluços, o ouvi fungar.

- Calma pequena, eu vou cuidar de você... - beijou minha cabeça ainda me balançando.

Com os minutos, Jungkook me ajudou a levantar para ir embora. Ele me levou para sua casa, disse que mais tarde voltaria a lanchonete e avisava que eu não estava em condições de trabalhar naquele dia.

Eu não conseguia andar muito bem, por mais que os hematomas fosse na região da barriga e das costas, quando eu fazia força para me manter de pé, doía.

Ao chegarmos na porta da grande casa de Jungkook, ele me pegou no colo e me levou para dentro. Passei meu braço direito por cima do seu ombro e apoiei minha cabeça em seu peito. Eu não parava de fungar, estava muito machucada e o choro não cessava por completo, ser maltratada por pessoas más era algo extremamente horripilante.

Por que as pessoas faziam isso comigo...?

Fui deitada na sua cama espaçosa e o observei tirar seu blazer, em seguida sentou-se na beirada do colchão. Lentamente, subiu minha blusa branca e em seu rosto não obtive outra expressão além de tristeza. Ele passou os dedos com muita delicadeza na região, provavelmente roxa, e eu senti uma pequena dor acompanhada de um arrepio, então rapidamente parou o que fazia.

- Já disse que gosto e quero ficar perto de você. - fitou o chão. - A partir de hoje eu nunca mais vou deixá-la sozinha, e não adianta pedir ou insistir. Entendido? - me olhou e percebi que os seus olhinhos estavam com uma cor avermelhada.

Assenti de forma obediente, ele se levantou deu a volta na cama, deitando-se ao meu lado. Começou a fazer carinho em meu cabelo e me esquentar com o seu calor. Refleti sobre as palavras de Nathalie, seria verdade?

- Kookie... - o chamo.

- Sim?

- Vo-você só fica ao meu lado porque s-sente p-pena de mim...?

- De onde tirou isso?

- A Nathalie me disse... - ele se levantou um pouco e voltou a me olhar.

- Kim, por favor, não acredite em algo assim, principalmente quando se vem de alguém como a Nathalie. Já disse que ficar com você se tornou a melhor coisa desse mundo. Não quero que pense algo assim de mim, nos conhecemos há seis anos, por que continua a achar que eu não quero? Achar que não gosto?

Me encontrava de cabeça baixa, ouvindo palavra por palavra de sua pequena bronca. Eu podia admitir que ele estava certo, no fundo eu gostava quando dedicava-se à mim. Era o único que me enxergava de verdade...

- Me desculpe, oppa...

Ele ouvindo meu tom de voz baixo, voltou a me abraçar com certa cautela por conta dos machucados.

- Não se sinta desse jeito, gosto de ver minha menina feliz. Por isso gosto de ficar com você, porque amo a sua felicidade. E se está feliz, eu também estou, se não está, eu também não estou. - continuou a me balançar, como se estivesse pondo uma criança para dormir. - Amanhã quando deixar o trabalho, nós vamos dar uma saída rápido...

- Saída? Para onde?

- Você verá... - sorriu.