Irresistível

Capítulo 20

Derek

  Eu ainda pensava em como aquilo tudo poderia dar certo, depois de entrarmos em uma estrada de cascalho que em poucos minutos se tornou rodeada por uma floresta de trepadeiras e árvores altas, alguns poucos minutos chegamos a uma espécie de muro e já estava escuro o suficiente para que as sombras das árvores só dificutassem as coisas, deixamos o carro a uma certa distância entre as árvores e pegamos todas as armas que podíamos. Nos esgueiramos entre as árvores com com uma lanterna e caminhamos por toda extensão dos muros.

- Isso é muito grande, como vamos entrar sem ser vistos. - Falei analisando a altura do muro a nossa frente.

- Venha, eu peguei um mapa do local olhe. - Ela abriu um mapa com detalhes do local. - Na Internet dizia que aqui se localizava um pequeno sítio distante, mas uma coisa que eu percebi que essa informação era falsa, aqui era uma espécie de " Refornatorio".

- Reformatório?

- Sim, mas não um comum, muitos adolescentes na época recebiam pena de morte por trás da sociedade e era encobertado pelo governo, mas a muitos anos isso estava abandonado.

- Esse lugar é tão grande assim?

-Não, Quer dizer... Não muito comparado a esses muros são so fachada, veja do lado de fora tem que ter uma saída de emergência  no chão, ela dá acesso abaixo da ala principal só temos que achá-la. - Falou apontando.

  Caminhamos olhando atentamente o chão, demos várias voltas e nada, já estávamos cansados e meu ódio só aumentava, desgraçados eu queria matar todos.

- No mapa não diz onde está essa merda de porta? - Estava me afastando.

-Não, Para onde vai?

-Vou procurar mais distante do muro.

   Caminhei alguns passos mas estava impossível, troncos tombados, chão escorregadio de musgos,  eu olhei ao meu redor e não conseguia ver nada.

- Eles vão pagar... -  falei para mim mesmo num cochicho e escutei um barulho metálico quando pisei no chão.

  Olhei atenciosamente e sem mover o pé tirei o excesso de folhas, tinha uma espécie de escotilha no chão com letras escrita minusculamente "Saida de emergência.  REFORMATÓRIO CDC" . Não estava tão distante assim, olhei e ainda podia ver a luz da pequena lanterna próxima aos muros, sacudi a minha freneticamente na sua direção e vi ela se aproximar com o sinal.

- Derek, você está bem?

- Encontrei...- Puxei a trava com força e a porta Rangeu ao abrir

  Havia uma escada descendo numa escuridão absoluta, iluminei e pude ver o chão, Desci primeiro e assim que cheguei ao chão olhei ao redor. Havia caixas e tralharias e um pequeno beco adiante, fiz sinal para que Laura descesse.

- E agora? - Perguntei assim que ela chegou ao chão.

- Tem uma outra logo a frente.

  Caminhamos entres as caixas até o beco, era alguns poucos metros as paredes estavam com teias de aranhas e viscosas como se ouvisse infiltração, olhei adiante e logo chegamos subi e quando ia abrir alguém puxou meu pé.

- Que porra...

- Shii... Não pode abrir assim pode ter alguém Derek.

- Eu vou arriscar. - Coloquei a arma maior pendurada e segurei entre as mãos uma calibre 40.

Abri devagar evitando qualquer barulho e olhei, era uma pequena sala com visores de cameras de todo o espaço, sai devagar aos poucos e havia um homem a cochilar numa cadeira a frente.
Me aproximei silenciosamente  pondo minha mão sobre sua boca para silência-lo e a outra sobre o nariz.

-  Derek o que está fazendo? -  Laura falou enquanto terminava de subir, e senti sua mão em meu ombro.

  Eu estava enfurecido, eu não sabia o que estava fazendo eu apenas continuei ignorando qualquer resquício de humanidade, o homem se debatia enquanto eu apertava com mais força, meu olhar estava vago, frio e sem emoção enquanto aquele homem agonizava em minhas mãos, eu odiava todos eles e esse era meu problema. " Eu sempre perdia o controle" segurei até o último segundo que ele parou de se mexer, seu corpo inerte sem vida.

- Derek... - Me virei devagar esperando sua repreensão mas ela apenas pos uma de suas mãos em meu ombro. -  Está tudo bem?

- Sim -  Vi seus olhos se arregalarem. -  O que foi?

- Olhe a tela.

  Desviei meu olhar e lá estava ela, um homem tentava segura de todas as formas e ela lutava, fechei as mãos em punho e pude senti os nós dos dedos, ele a estava machucando.

- Derek... Espere. -  Tarde demais, eu já corria pelo corredor.

Procurei algumas portas e todas as salas vazias, enquanto eu corria me deparei com dois homens a frente conversando assim que notaram correram em minha direção mirei a arma e disparei derrubando os dois, eu não teria pena de nenhum deles.
Eu não conseguia encontra a porta, estava ofegante e soado enquanto vasculhava todas as portas, quando escutei um grito e corri mais ainda abrindo a porta num solavanco, lá estava ela com aquele homem a prensando contra a parede eu não pensei apenas agi.

- SOLTA ELA. - O rastei e cai por cima socando e socando até meus dedos sangrarem.

- Ele está desacordado, solte. - Escutei Laura.

- EU VOU MATÁ-LO.

- PARE... ela precisa de você. -  Assim que escutei olhei diretamente para ela, toda machucada caída naquele chão imundo por um estante senti meus olhos marejarem depois de tantos anos, levantei e a peguei no conforto dos meus braços de onde nunca deveria ter saído.

- Derek... -  Ouvi a dizer e seus olhos fecharem.

- Eu disse eu sempre vou encontrar você amor. -  Vi Laura me olha assustada e a ignorei, eu só precisava levá-la para casa.

Caminhamos apressadamente até a sala de onde saímos, mas descer aquelas escadas era quase impossível. Colei Ariella sobre meu ombro como um saco e comecei a descer devagar e na mesma subi a outra.

- Derek você não tá achando isso tudo fácil de mais?

- Agora não importa, vamos embora. - Falei entrando no fundo do carro.

Há coloquei deitada sobre meu colo enquanto Laura dirigia, eu olhei para aquele rostinho sujo e machucado e fiquei assim até chegarmos em casa, não era pouco mais que 4 da manhã.

- Você tem certeza que quer ficar em casa?

- Sim.

- E a irmã dela ?

- Está no apartamento do Mason.

- Você quer que eu avise?

- Eu agradeceria.- Sai com a Ariella nos braços e entrei para casa.

Subi as escadas e fui para meu quarto a pondo deitada sobre minha cama, tirei suas roupas e vi seu corpo cheio de marcas vermelhas.

Olha o que fizeram com você, eu sinto muito.

Assim que terminei de prepara a água da banheira coloquei ela dentro e comecei a lavá-la, e pensar que em um dia tudo se tornou um desastre, enxuguei-a e vesti uma de minhas blusas e a coloquei a dormir, deitando a seu lado.

- Eu sinto muito. - Acariciei seus cabelos e dei um beijo em seus lábios.

Talvez isso tudo que aconteceu na minha vida se tornasse meu próprio caos no final, mas eu arriscaria por ela.

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