"Eu já nem durmo mais, não. Só fecho os olhos e penso em você, só fecho os olhos e tento entender o que me trouxe aqui. Sei que te amo mais, mais, bem mais do que eu te falei há um mês e se eu não falo mais dessa vez, é porque eu finalmente entendi. Eu e você, sem direção me de a mão e eu me perco mais. Eu e você sem direção, não solte a minha mão. Jamais! Eu já nem durmo mais não, não sei se eu devo fugir de você se agora é certo ou errado dizer, que eu te quero aqui. Sei que te amo mais, mais, bem mais do que eu deveria eu sei. E se eu não quero mais dessa vez é porque finalmente entendi...".
Tomaz olha para Murilo e vê que o garoto está balançando o celular na frente de Augusto. Ele olha para o amigo e vê que o mesmo se cala de seus lamentos e de dizer que Murilo é louco. "O que está acontecendo?" Ele pensa, não consegue não esconder o seu desapontamento com Murilo. Ele não deveria agir dessa forma, não deveria bancar o ciumento por causa do ex-namorado e estragar o disfarce com os dois. "Não minta para si mesmo, você não liga mais para o disfarce, para a mentira." Ele olha pra baixo. Não tem palavras para dizer, não sabe o que dizer.
— Por que você não fala para os seus amigos o motivo de eu ter lhe dado esses tapas mais que merecidos? — Pergunta Murilo tomando o foco de Tomaz de novo.
"Que caralho você está fazendo, Murilo? Só cala a porra da boca!"
— Por que você não conta do que foi que você me chamou? — Murilo diz novamente sorrindo dessa vez. — Conta para eles.
— Eu estava brincando! — Tomaz ouve Augusto dizer entre o choro.
— Então você costuma chamar as pessoas de veado escroto por brincadeira? — Murilo pergunta bravo. Ele quer avançar no pescoço de Augusto novamente, é visível com a forma que seu corpo se mexe.
Ele segura o braço do namorado. Não quer parecer que está o tentando controlar, então segura mais frouxo, como se fosse um carinho. Estão todos olhando para ele. Consegue ver o desapontamento no rosto de cada um dos amigos. Eles nunca foram agressivos, nunca precisaram resolver seus atritos na porrada.
— Rafael, eu não acredito que essa seja a saída para uma discussão, agressão nunca é a resolução. Não se resolve os problemas batendo nas pessoas. — Fala Joana. A garota fala baixo, como se estivesse com medo dela mesma levar uns socos no meio da cara.
— Eu garanto que se você conhecesse verdadeiramente o seu amiguinho, você saberia que até ele passou do ponto. — Murilo fala mais alto e encara a garota. — Mas eu vou poupar de contar tudo para vocês, quem sabe ele não conta?
— Eu não tenho nada para contar, e nem você! — Grita Augusto. Ele parece nervoso. A respiração está diferente. Tomaz não notaria, mas eram melhores amigos, se conheciam há mais tempo que qualquer outro ali. — Você não tem nada para contar...
— Mas é claro que tem, esse cara acabou de bater em você, meu amor! Eu acho que você deveria abria um B.O. contra ele. — Fala Daniel acariciando o rosto vermelho do namorado.
— Não! — Grita Augusto afastando-se do namorado e olhando para Murilo. Há ódio em seu rosto, porém Tomaz não consegue entender o motivo. — Eu desculpo o Rafael. Eu entendo a sua atitude, eu mesmo não sei o que faria se alguém me ofendesse dessa forma, ainda mais se eu tivesse sofrido tanto com coisas assim na época da escola! Só vamos encerrar esse assunto. É sério, está tudo bem!
Os outros se olham, estão todos confusos agora. Ninguém consegue entender a razão da briga, e nem a razão para o Augusto não querer falar sobre isso. Ele consegue ver nos olhares dos outros, várias perguntas se formam mesmo em silêncio. Ninguém consegue entender o que está acontecendo.
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MURILO BEIJA GAROTOS
Любовные романыUm deles é tímido, do interior e nunca levou uma vida normal, não bastasse ser alvo de piadas constante na escola, ele ainda tinha que lidar com a mediunidade de sua família, lhe dizendo sempre que ele sofreria uma grande desilusão ainda na adolescê...