"Tomara que dê certo"

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Hazel Jonatham

No dia seguinte...

— Tomara que dê certo...

Pensei antes de respirar fundo e sair da cozinha com um livro na mão. Passei pela sala e avistei minha mãe deitada no sofá.

— Ahn, mãe. Eu vou... pro meu quarto estudar um pouco. Segunda eu tenho prova e não... posso tirar a baixo de nove.

Ela nem deu bola. E pela primeira vez eu fiquei feliz por àquilo. Subi vagarosamente para o meu quarto. Não podia demonstrar o quão contente estava.

Assim que fechei a porta, comecei a me aprontar depressinha. Fui, tomei um banho, escolhi uma roupa e prendi os cabelos. Estava vestindo a calça quando escuto uns barulho vindo da minha janela. Ignorei e continuei me arrumando. Mais uma vez escutei o tal barulho. Será que era o vento? Ou a chuva?

Abri a porta vagarosamente e sai, indo até o banheiro deixar a minha toalha, que ficava logo ao lado. Assim que voltei, senti um puxão pela minha cintura; e de repente percebi que tinham me jogado na cama. Fiquei assustada no começo, mas quando vi quem era, abri um sorriso.

— Eu sei bem o nome disso, se chama invasão de domicílio.

— Não, isso se chama saudade.

Fechou a porta e veio pra cima de mim, se deitando ao meu lado na cama.

— Como entrou aqui?

— Pela sua janela. Eu taquei umas pedrinhas, mas você não me atendeu, então simplesmente... entrei.

— Isso é tão clichê...

— Ora, ora, ora. Parece que nos encontramos de novo!?

Olhou para os meus seios cobertos pelo sutiã.

— Deixa eles em paz que eu preciso terminar de me arrumar.

Ri, me levantando.

— A sua mãe deixou você ir?

— Não. Em falando nisso ela está lá embaixo, portanto shiu.

Ele fez um "zíper" na boca. De repente Pitt se levanta e fica de costas para mim, com a cara virada pra parede.

— O que tá fazendo?

Dei risada, pensando ser mais uma de suas palhaçadas.

— Tapando os olhos. Tô ficando deprimido já por te ver vestindo roupa sendo que eu só queria tirá-la inteirinha.

— Eu não ouvi isso.

Terminei de me trocar.

*****

— Vamos nos divertir bastante hoje!

Pitt passou o braço atrás do meu pescoço, beijando minha bochecha.

— Se você diz...

— Solta o cabelo.

— Gosto deles amarrados.

— Eu também, mas...

Ele foi e os soltou. Passei minhas mãos por eles, tentando ajeitá-los.

— Mudanças fazem bem.

— Me sinto estranha. Sei lá, eu nunca fui muito de usar o meu cabelo solto.

— Sejam livres e aproveitem antes que ela prenda vocês de novo.

"Falou com os meus cabelos", me dando um beijo no topo da cabeça.

— Vem, quero te apresentar uma pessoa.

A Menina Dos Pulsos Vermelhos (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora