Eu a quero de volta!

49 6 0
                                    

Pitt Connor

Eram por volta das nove da manhã de um domingo. Eu já estava de pé e acabava de sair do banheiro. Haz ainda dormia tranquilamente, toda folgada encima da cama. Sorri meio abobalhado só de olhar, imaginando um futuro com ela. De repente ouço a fechadura da porta se mover para o lado e a minha mãe entrar.

— Ain, que isso!? M-me desculpem, eu não... quero dizer, deveria ter ba...

Foi deixando o quarto.

— Tá tudo bem, mãe. Nós já tínhamos terminados desde ontem.

Sorri malicioso.

— Eaí, como foi a sua noite?

— Tranquila! Já a sua parece que foi...

— A senhora veio fazer o que mesmo aqui?

Ela começou a rir.

— Estão chamando a Hazel lá embaixo.

Franzi o cenho, estranhando. Peguei minha calça e a vesti, descendo. Nem precisei terminar a escadaria para ver que era Mirela, a "mãe" da Haz.

— Tire ela daqui!

Disse com uma pitada de raiva na voz.

— Por que? O que houve?

— É a mãe de Hazel. A senhora não deveria nem tê-la deixado entrar.

— Você devia chamá-la. Deve ser algo importante.

Eu não queria, mas a minha mãe tinha razão. Outra coisa, mesmo não sendo a mãe verdadeira e a maltratando feito lixo, Hazel se importava com Mirela e certamente iria querer saber o que a mãe tinha pra falar, seja lá o que fosse.

Voltei para o quarto e acordei a Haz.

— Bom Dia.

Sorriu pra mim, com olhinhos exprimidos. Típico de quem acabou de acordar.

— Bom Dia.

Beijei sua testa carinhosamente.

— Aconteceu alguma coisa?

Se sentou na cama.

— Não, não. Por que?

— Você está com uma cara de frustrado preocupado.

Riu sem humor.

— É... a sua mãe.

Ela cruzou os braços, esperando que eu terminasse.

— Ela tá lá embaixo.

— O que? E-e o que ela veio fazer aqui?

Se levantou rapidamente da cama, começando a se vestir.

— Eu não sei. Acho melhor você ir lá ver.

— Como ela me achou?

— Ela sabia que você estaria comigo. Deve ter ligado lá na escola. Provavelmente pediu o número do meu pai, a recepção deu pra ela, que ligou pro meu velho e ele falou onde eu estava.

— Mas que droga!

Saiu pela porta e desceu as escadas.

— Oi filhota.

— O que tá fazendo aqui?

— Eu vim te buscar, oras.

— Ela não vai com você.

Me intrometi.

— Fica fora disso, Pitt.

Minha mãe me aconselhou.

A Menina Dos Pulsos Vermelhos (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora