Estava anoitecendo. O sol já estava se pondo quando Poncho encontrou Any saindo do trabalho. Ele estava esperando-a fazia meia hora, escorado ao lado da moto, com um fone de ouvido nas orelhas, escuta alguma música. Ela sai do prédio e ele vê. Está linda com uma calça jeans clarinha, uma camiseta verde e um terninho branco. Ela sorri ao vê-lo, mais lembra que ele estava estranho mais cedo e murcha o sorriso. Ele guarda o fone no bolso traseiro da calça. Com pequenos passos ela se aproxima.
- Ta tudo bem? – Ela pergunta, desconfiada, para Poncho.
- Melhor agora. – Ele sorri, galante. Envolve os fortes braços ao redor da cintura fina da menina e a puxa para o seu corpo.
- O que aconteceu? Você não foi trabalhar hoje! Foi alguma coisa com seu pai? Ele está bem? – E ela dispara a falar.
- Ei, não foi nada disso. Meu pai está bem. Está fazendo acompanhamento com o médico. Ele vai ficar bem!
- Então, o que aconteceu? – Ela cruza os braços no peito.
Poncho respira fundo.
- Estive com Derrick hoje...
- Poncho! O que você foi fazer atrás dele? Já não foi suficiente tudo o que ele aprontou? Agora está querendo voltar a ser como era?
- Não. Olha Any, eu fui lá para dizer que não quero mais fazer parte daquele grupo. Que eu prefiro cuidar do que a gente tem do que jogar tudo fora.
Ela sorri.
- Jura?
- Juro, meu amor! – Aproxima-se e toca no rosto dela.
Any passa os braços ao redor da cintura e encosta a cabeça no peito dele. Poncho a envolve em seus braços. Encosta o nariz no topo da cabeça dela, sentindo o cheiro gostoso de framboesa do shampoo.
- Quer tomar um sorvete comigo? – Ele fala baixo perto do ouvido dela.
- Quero!
Ele aproxima-se da moto, ela segura o braço dele, impedindo-o de andar.
- Estou de carro. Vamos no meu carro hoje. Depois você pega sua moto.
Ele sorri e os dois seguem para o carro estacionado na vaga á direita da outra rua.
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Maite está saindo do supermercado, as duas mãos estão ocupadas com sacolas, ela tenta fazer malabarismo para conseguir pegar a chave do carro que está dentro da bolsa, estava quase conseguindo... Passa todas as sacolas para uma mão só e com a outra mão tenta abrir a bolsa. Está tão intertida que não vê o que está na sua frente só sente o impacto. As sacolas caem, derrubando todas as coisas que estavam dentro.
-DROGA! – Ela xinga e se abaixa para catar tudo.
- Você precisa tomar mais cuidado por onde olha! – Uma grave fala com ela.
Ela levanta o olhar. Ele era alto, cabelos loiros, pele branca, um sorriso sexy e um corpo de tirar o fôlego.
- Vai ficar ai me olhando ou vai me ajudar? – Ela ergue uma sobrancelha.
O rapaz sorri e se abaixa catando as batatas que rolavam pela calçada. Quando tudo estava dentro das sacolas, Maite se levanta. Ele entrega as sacolas para ela.
- Obrigada. – Pega as sacolas e tenta abrir a bolsa de novo.
- Eu acho melhor te ajudar. – Estende a mão. Maite entrega as sacolas para ele segurar enquanto tira a chave do carro da bolsa.
- Obrigada mais uma vez. – Ela se vira para abrir o carro.
- Sou William Levy, prazer! – Estende uma mão para ela.
Maite olha para a mão estendida, pega as sacolas dele e aperta a mão – Maite!
- Bonito nome. – Ele sorri. – O que você vai fazer agora a noite?
- Provavelmente vou fazer o jantar, assistir uma série na netflix e depois dormir.
- Sua vida é tão entediante assim?
- Você não imagina o quanto. – Ela suspira. – Bem, já tive melhores... – Dá de ombros.
- Então o que acha de sairmos hoje a noite? Vai rolar uma festa na casa de uns amigos.
- Dia de semana? Festa? – Pergunta, desconfiada.
- É o que tem. A gente gosta de se reunir de vez em quando. – Dá de ombros.
- Posso levar uns amigos também?
- Pensei que eu estava te chamando para um encontro. – Ele faz cara de confuso.
Maite ri.
- Tudo bem. Pode chamar seus amigos.
- Você me pega ou a gente se encontra lá?
- Eu pego você. Me passa o seu endereço.
Ele anota o endereço no celular. Maite sorri, entra no carro e da partida.
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- De que você vai querer? – Poncho pergunta para Any.
Estão os dois encostados no grande freezer escolhendo o sorvete.
- Eu quero de chocolate com creme e bastante calda de chocolate por cima.
- E o meu vai ser de flocos com morango e calda de morango.
A atendente prepara os pedidos. Poncho passa um braço ao redor do ombro dela e beija uma bochecha. O celular de Any começa a tocar, ela se afasta dos braços dele para tirar o celular da bolsa.
- Alô? Mai!
Poncho recebe os sorvetes. Enquanto Any conversa com Maite.
- O que? Festa hoje? E de onde você conhece esse homem? – Ela respira fundo. – Tudo bem, Mai, nós vamos com você. – Ela escuta a amiga falar. Pega o seu sorvete da mão do namorado. – Vou falar com Poncho. Mas tenho certeza que ele vai topar.
Ela desliga o telefone e toma uma colherada do sorvete que já estava começando a derreter.
- O que ela queria? – Ele pergunta.
- Vamos a uma festa hoje a noite. – Ela sorri enquanto toma o sorvete.
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Te Esperarei
Fanfiction2º Livro Continuação da história SEM LIMITES. "Eu quero morrer" Foi o que ele pensou quando foi embora. Quando pegou o avião á dois anos atrás. Queria acabar com tudo. Sim, um simples acidente era melhor. Para que ninguém fosse culpado, nem que...