♥ Forever Together ♥ z.m.

14 ♥

Fiquei quase uma hora a pensar falar-lhe. Faltava-me coragem, e assunto. O que raio ia dizer? "Olá Amy, eu sei que ja nao nos falamos á 1 ano e que te ignorei quando o meu pai morreu e me querias ajudar, mas hoje lembrei-me de momentos nossos e senti saudades. Está tudo bem?" Não, definitivaente não. Mas precisava mesmo de ouvir a voz dela, pensei ligar-lhe mas, ligar-lhe ia dar quase ao mesmo, e por chamada sou mais timido, pensei em ligar-lhe em anónimo. Liguei, enquanto o telemovel estava a chamar parecia que tinham passado eternidades e ela não ia atender, pensei em desligar, quando ja ia mesmo desligar, e desistir ela atende. Paralisei, e permaneci calado.

Amy- Estou? Quem fala?

Surgiu um aperto no coração ao ouvir aquela voz doce. Senti tantas saudades das nossas chamadas.

Amy- Podes falar, eu sei que estás aí, consigo ouvir-te respirar.

Cheguei a pensar que ela ate sabia que era eu que lhe estava a ligar em anónimo. Ela viu que nao falava e desligou. Soube mesmo bem ouvir aquela voz quente, que ja fazia tempo que nao ouvia, dirigida a mim. Incrivel como depois de 1 ano sem falarmos aquela miuda continua a mexer comigo, mesmo como no inicio. Comecei a lembrar-me de quando lhe pedi o numero e ela disse que eu era um player, de quando chorei por ter falado com aquela miuda que se cortou, e ela foi falar comigo no fim do dia, quando fomos juntos para casa levei uma coça a meio do caminho e ela foi comigo para casa, de quando nessa noite quase nos beijavamos, quando lhe olhei nos olhos, aqueles olhos, que pareciam uma galaxia, verdes, são tão lindos. De quando a deixei ganhar a jogar UNO só para a ver sorrir mais uma vez. Tenho mesmo saudades disso. 

#DIA A SEGUIR #

Acordei, nao me apetecia mesmo ir para a porra da escola e aturar professores chatos como a merda o dia todo. Acordei, fui a casa de banho, fodasse, so me apetecia voltar para a cama e dormir outra vez. Olhei-me ao espelho e pensei em faltar, que se foda, era so um dia e eu estava estourado, mas pensei que se faltasse nao ia ver a Amy... Tomei banho, o que me deixou ligeiramente mais acordado, fui ao quarto e vesti-me depois calcei as botas do costume, pretas e pesadas, que me dava o ar mais badboy. Desci as escadas e o meu irmão mais novo (2 anos) estendeu os braços para lhe dar colo, ele era a razao pela qual eu continuava naquela porra de casa com aquela porra de gente que finge ser uma familia feliz.. Saí de casa e tava mesmo frio, apertei logo o casaco assim que saí da porta. Fui para o carro, e lembrei-me que tinha fodido o carro do outro no dia anterior, ri-me. Quando liguei o rádio estava a dar Bring me the Horizon, deixei estar, identifico-me mesmo com as musicas deles. Fui a ouvir musica o caminho todo, parei num café para comer qualquer coisa, nao tinha tomado pequeno almoço em casa, tinha pressa de sair daquela merda. Parei no café estavam lá um grupo de universitárias boas, sentei-me numa mesa sozinho e pedi um café e um pão misto. Estava a trocar olhares com o grupo de gajas, e uma delas veio-me pedi o numero, dei, porque eram bem boas. Entrei no carro para ir para a universidade e já ia com melhor humor, por causa das gajas. Fui a ouvir skrillex  o caminho todo, quando cheguei, estacionei, e vi montes de gente á porta da universidade. Mas esta gente gosta de levar com o frio? Nao vao para dentro porque? Acendi um cigarro e fui andando para a porta, fumei meio cigarro ate chegar á porta da universidade, estava lá o meu grupo de amigos, ignorei-os, a todos. Mas espera, nao estava a peça mais importante... A Amy? A Amy nao estava, estava lá a Susan, a Jessy, mas ela não. Onde raio estaria ela? Fui ate eles, so para ver se alguem comentava algo sobre ela. Cheguei lá, e torceram todos o nariz por causa do cigarro, nao quis saber. Cumprimentei-os, e tavam todos a olharem-me como um estranho. Instalou-se um clima perturbador de silencio e acabou por ficar constrangedor. Deitei a beata do cigarro ao chão e pisei-a, para apagar o que restava, virei costas, ninguem ia dizer nada sobre a Amy por isso nao valia a pena estar lá, estavam todos a tratarem-me como um estranho.