2 Semanas Depois
Palm Beach, Florida
Clínica, Manhã
Klark
Duas semanas se passaram, e nesse processo, estive sob observação médica severa, quando eu me refiro a observação severa, estou a me referir a Dona Alana e a Lukénnya Manfredy. Você acredita que as duas se uniram, num complô, pra obrigar os médicos em me manter no hospital durante todo esse tempo? Vocês nem imaginam o sufoco que foi (so que não) durante todos esses dias, foram somente cuidados daqui, mimos dali, beijinhos a colá, elas me tratavam como se eu fosse uma peça frágil de um museu velho! Mas, posso confessar uma coisa? Eu adorei! - Sorriso - Foram as duas semanas mais felizes da minha vida! Mas agora, acho que já deu, é momento de voltarmos pra casa... A nossa casa!
Nesse momento em que vos falo, estou me preparando para abandonar a clínica, Lukénnya está aqui comigo, e a Dona Alana também, elas estão entretidas, conversando sobre bobagens na qual eu não entendo nada. Saibam que... Há três dias que, o agente Peter esteve aqui, pra me ver, lógico né, mas também para nos dizer as últimas da vez! Richard, havia sido condenado a prisão perpétua sem direito a liberdade condicional, e ele foi transferido em um presídio de segurança máxima, como ele assumiu e confessou todos os seus crimes, se declarando culpado, não teve muito o que se dizer em julgamento, ele já tentou suicídio mais de uma vez lá no presídio, o agente disse também que, a ex aprendiz de maléfica, agora na versão arrependida, Shania, ela esteve muito bem durante as sessões, o depoimento dela foi bastante decisivo na tomada de decisão dos jurados, embora não houvesse muito o que se dizer, parece que ver a morte de perto, mexeu bastante com ela de verdade. Eu não guardo mágoa dela, nem um pouco. Também já a perdoei, não adiantaria nada ficar cavando esse assunto, ela já tomou consciência dos erros que cometeu e está se empenhando a corrigí-lo. Não é questão de ser santo ou boa pessoa, mas é uma questão de humanidade, porque essa pessoa poderia ser eu, ou você, por isso...
Neste instante, alguém bate na porta e espreita. Todo mundo se vira para ver de quem se tratava, inclusive eu.
Lukénnya
_ Diego? - Perguntei admirada - O que você faz aqui?
Diego
_ Eu posso entrar? - Perguntei ainda parado na porta
Lukénnya
_ Bom... Eu... Sei lá... - Eu respondi meio hesitante, olhando para Klark, esperando que ele dissesse algo
Klark
_ Entra aí, cara! - Completei, ao ver a hesitação da Lukénnya
Diego entrou, e caminhou até se aproximar ao pé de nós. Devo admitir que o garoto tem lá o seu charme, uma verdadeira ameaça pra qualquer homem inseguro, eu disse inseguro, que não é o meu caso... Não com a Lukénnya!
_ O que te trás aqui? - Perguntei meio reticente
Diego
_ Eu gostaria de falar com você! - Falei sério, olhando direto no olho do meu grande rival - Pode ser?
Klark
_ Não vejo porque não! Fala! - Respondi seco, puxando Lukénnya por trás e beijando sua cabeça, esperando que ele começasse a falar
Diego
Olhei para a mãe dele que me olhava meio torto e para Lukénnya, que provavelmente deve estar apreensiva com que pode acontecer aqui!
_ Podemos falar a sós? - Perguntei, colocando as mãos no bolso da calça jeans preta
_ E porquê a sós? - Perguntou a mãe dele - O que de tão importante você tem pra dizer, que precisa ser tratado a sós com o meu filho? - Ela fez um olhar curioso, cruzando os braços elegantemente
VOCÊ ESTÁ LENDO
Corações Unidos
Literatura FemininaUm amor bastante improvável, interracial, entre dois jovens de mundos completamente opostos, eles são diferentes em todos os aspectos, será que existe mesmo o dito cujo amor à primeira vista? Conheça Klark Manfredy, um jovem Americano, de Nova York...