Capítulo 26

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-O quê você disse? - a voz da garota tinha algum sentimento mascarado, que fazia o som ecoar arrastado pela casa.

Não tinha certeza do que vi em seus olhos, ela parecia estar querendo... me provocar.

-Eu disse que...- não me pergunte por quê isso tinha de ser tão difícil, me ardia o peito ter que falar. Porra, a garota estava admirada.

-Eu disse que te amo, garota - Confessei e sorri. Eu sorri para ela. O que diabos eu estava fazendo com a minha mente? Katherine se aproximou, com um brilho intenso preso em seus olhos azuis.

-Repete - Quase não ouço seu sussurro, obssecado por seus lábios rosados, seu jogo está dado. Katherine me arrepia a pele roçando seus lábios quentes em meu pescoço. Fecho os olhos, e sou obrigado a acabar com nossa proximidade quando meu pau resolve entrar no clima.

-Você fica tão sexy quando me ordena algo - Digo maliciosamente, respeitando nossa pouca distância. Arrastando tudo que podia ser bom em mim, a garota se afasta e gargalha.

Sua cabeça pende minimamente para trás, e sua risada toma conta do lugar. Kat evita me olhar, como se eu tivesse contado a piada do ano. Fui obrigada a rir da sua reação.

-Você é ridículo, Nathaniel - ela se vira para mim, segurando minha mão canhota.

-Repete - Peço em um tom que mais pareceu uma ordem. Ela semicerra seus olhos sobre mim, e ergue uma sobrancelha.

-Repetir o quê, homem? - sua pergunta é de confusão, é impressão minha ou a garota está ainda mais linda? Que porra!

-Meu nome, repita meu nome - Peço, aproximando nossos corpos, sentindo seu calor rasgar minha palma quando toco os dedos alisando seu rosto. Seus olhos caem para minha boca, ela balança a cabeça disfarçadamente, tentando negar-me o privilégio de ouvi-la novamente.

Levo o polegar para sua boca, alisando seu lábio inferior. É bem ali que fixo meus olhos.

Na lata, a felina não mudou. Rende-se ao meu toque.

-Nathaniel - ela sussurrou entre os dentes, estalando a língua num modo que facilmente me deixa de joelhos.

-Isso pode se tornar algo perigoso - Eu digo, finjingo não saber o que fazer.

Puxo-a para mim. Enlaço meus dedos nos seus fios macios e tomo sua boca, beijando-a com ansiosidade, eufórico com seu fodido gosto de morangos e uísque.

E eu, coitado, achava que seu beijo não podia ser melhor de todos que eu ganhei a dois meses. Certamente a garota sempre pode o que quiser.

-Vamos para nossa casa - Afastei nossos rostos em centímetros, sentindo minha boca formigar com a ausência da sua. Mesmo sabendo que era arriscado, sua reação surpreendeu-me.

Katherine olhou-me como se o pedido tivesse a assustado, o que era incompreensível já que ela sabe o porque d'eu estar aqui. Ah não ser que o motivo seja...

-Nossa casa? - a voz de menina incrédula quebrou meus pensamentos, e a pergunta seria algo difícil de responder. Por quê diabos a loira não se contenta em concordar comigo sem encher-me de perguntas?

-Sim, Katherine, nossa casa - tento fazer pouco caso, não estava em meus planos dizer mais coisas do que já foi dito.

-Não me olhe como quem espera explicações, por favor - lancei o pedido, dando o melhor do meu tom para convencê-la.

Seu calor aproximou-se de mim, de uma maneira a deixar-me ligeiramente louco.

Droga! Mal conseguia controlar a porra da minha respiração.

Katherine tocou meu rosto, prendendo seus olhos nos meus. Fechei os olhos ao sentir suas mãos percorrendo um caminho calmante pelos meus ombros. Segundos após ela me abraçou. Nos primeiros momentos eu esqueci como o faz, em seguida circulei sua cintura juntando ainda mais nossos corpos. A sensação era única, como eu nunca havia sentido.

-Eu tenho um segredo pra você - ela diz próximo ao meu ouvido, arrepiando tudo em mim enquanto inconscientemente, a tenho sentada em meu colo, ambos em um sofá.

Tentei encará-la, mas como as regras eram dela agora, a felina me impediu. Eu podia sentir seus lábios a centímetros de tocar minha orelha, e porra dos infernos, isso era a coisa mais excitante que já senti.

Sua boca abriu-se minimamente, e por razões desconhecidas, meu batimento cardíaco acelerou por antecipação ao seu segredo.

-Eu amo você - sua voz era um rio confiável de malícia, que me prendia e me fazia um...Porra! O quê diabos foi isso que ela disse?

A puxei para encará-la imediatamente. Meu cérebro não aceitava a informação e a maldita sensação de incredulidade estava ali novamente.

-O quê você...- merda, as porras das palavras quase fizeram-se inaudíveis. Katherine me olhou, tentando levantar meu olhar, que estava em qualquer canto. -O que você está dizendo, Katherine? - a encarei, seus olhos tinham algo como expectativa viva. -De onde você tirou isso? Kat, você... - Não, Nathaniel, você definitivamente não irá perguntar se a garota "tem certeza da porra que está falando".

Maldição do caralho!

-Ei, Nat, olhe para mim - Ouvi sua voz no exato momento que suas mãos macias tentaram erguer meu rosto.

-Nathaniel, olhe - Ela chama. O tumulto do meu peito mais parece um desastre natural. É o que acontece quando um tornado encontra um vulcão. Deduzi.

Ergui os olhos para seu rosto.

Antes disso meus olhos acharam suas coxas sobre minhas pernas, seus seios perfeitamente desenhados sutilmente expostos sob a blusa fina de cetim. Fixei a visão em sua clavícula marcante, naquele ponto sempre estava escrito "pouse seus lábios, Nathaniel".

-Eu estou com uma puta vontade de rir - a garota diz baixinho, agarrando o lábio com os dentes para obviamente, para controlar o riso. Estreito meus olhos sobre ela, este maldito riso tira um peso incalculável do meu peito.

-Você não deveria brincar assim comigo - minha voz saiu mais rouca e baixa do que o esperado. Kat fechou os olhos e baixou a cabeça, de uma maneira que não me agradava, me deixava desistabilizado, eu sei que não era isso, mas não podia pensar em magoá-la.

-Me diga - Ela pede, baixinho, ajeitando-se em meu colo.

Era vão. A garota via o que eu tentava esconder desviando o olhar para o nada.

Respirei fundo. Tentando achar uma vantagem, reconheci que a felina merecia saber. Foda-se! Nada parece tão ridículo quanto meu temor infantil.

-Se eu não estou velho demais, você deve ser a primeira mulher a me dizer isto.

Trilogia Invictos - Sr. Bruce - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora