Capítulo 28

2K 200 28
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.








Katherine me dá momentos inimagináveis dentro da vida real. Isto é fato.

A felina certamente está me acostumando mal, tanto que quase esqueço os malditos compromissos fora do mundo fictício.

Enquanto a menina dormia, os malditos Brusts mostravam o quão acordados estavam, e eu estava deitado com ela em meus braços quando o infeliz fez de slogan de campanha a fodida frase "Não adianta estar acima se você não está a frente, temos todas as armas que precisamos para derrubá-los".

O maldito tem a fodida ideia de levar à juri tais provas -desconhecidas por mim- que provam a ilegalidade das minhas bebidas. O velho realmente está me tachando como um fodido traficante de bebidas, já que todos bem sabem quais marcas me vendem.

Respiro fundo. Tudo que eu menos preciso agora é comprovar minha falta de paciência quantos aos negócios.

Desço do carro em frente à sua empresa, tentando convencer-me de que estou preparado para qualquer merda que o infeliz inventará de jogar sobre mim.

Caminho até a entrada de seu prédio e sou muito bem recebido por um de seus seguranças, que parece não saber o quanto eu conheço o caminho até sua sala. Estive enfiado nesta briga mais do que em minha própria casa nos últimos meses.

-Sr. Bruce - O velho se aproxima, cheio de si, apertando-me a mão.

-Sr. Brust - Devolvo em mesmo tom, desinteressado em sua formalidade perante os outros.

Ele me analisa de cima a baixo, e com um gesto de dois dedos, retira duas mulheres da sala.

-Inimigos declarados? - Ele questiona divertindo-se, como quem não soubesse que será o próximo a cair.

-Não vamos por este lado, amigo - Brinco, ironizando a situação.

-Admiro sua audácia, garoto. - Sorvo uma grande quantidade de ar, sem disfarçar meu incômodo, aperto a ponta do nariz tentando controlar todo esse tumulto revoltoso em minha pele. Nem a dissimiluda da Katherine me chama de garoto.

-Eu aconselho que guarde os insultos para o fim da guerra, não use suas armas mais potentes numa batalha tão insignificante - aconselho, arrastando uma nublosidade à sua vista.

-O final da guerra se dá quando o mais inconsequente não resiste a uma aposta - Ele diz, como um aviso, oferecendo-me um cigarro. Recuso, ajeitando-me na cadeira. Que porra foi essa que ele falou?

-Quê porra você está falando? - Mostro-me confuso, algo fodidamente inaceitável em tais situações, mas isso honestamente, não me importa agora.

-Conheço sua fama - ele diz, rindo abertamente, com seus dentes amarelos que não combinam em nada com os flashs o anunciando o mais movo bilionário de Nova Iorque. Isso não irá acontecer.

-Conheço sua zona de conforto. - Claro que ele falaria delas.

-Estou dando-lhe a oportunidade de escolha, garoto - Ele abre os braços como se sua proposta fosse um leque de boas opções.

-É um jogo excitante, admito - Certamente ele sabia o que estava fazendo, e a sujeira debaixo dos panos obviamente estava programada desde o primeiro afronte lúcido.

-Mas...? - Ele joga seu deboche sarcástico, seu olhar cerrado diz o que seus pensamentos concluem. Ele está chamando-me de fraco. -É só um jogo pra você?- ele aperta o nó da minha gravata com a pergunta, não porra, não posso deixá-lo fazer isso.

-A não ser que você esteja satisfeito...- sei exatamente onde ele vai chegar, meu raciocínio se antecipa, mas não lhe tira a razão. -Brincando de casinha. - Sua frase atinge algo grande em mim, e porra, ele se manteve guardado por muito tempo.

Meu maldito ego está em jogo!












Desfaço o nó da gravata jogando-a sobre a cama. Tiro os sapatos e o paletó antes de cair sobre os lençóis recém trocados.

O que diabos eu vou fazer agora? Isso vai de mal à pior. Porra!

Deito na cama, meu corpo está pesando no mínimo três toneladas. Meus ombros doem e não consigo manter os olhos abertos. Você está fraquejando, Nathaniel.

-Nat...- Ouço a voz dela e solto todo o ar reprimido nos pulmões. Eu sei que ela esperava que eu voltasse para casa, mas depois do fodido encontro, tudo que eu pensei foi no hotel.

-Oi, como você está? O que aconteceu? - seu tom era tão calmo que me agitava. Katherine sentou-se sobre as pernas ao meu lado na cama, e jogou as perguntas para que eu as segurasse. Mal chegaram aos meus tímpanos.

-Nathaniel. - Não foi sua voz que tirou-me do fodido transe, e sim suas mãos que tocaram meus ombros, fazendo-me encará-la.

-Katherine. - Sussurrei, com a certeza que minha maldita voz poderia sair mais audível que isso.

Percebi o quão mal eu poderia estar quando desmoronei sobre ela, com uma fodida falta de ar, que ardia meus pulmões e deixavam meus olhos em brasas ferventes. Katherine segurou-me. Meu rosto ficou preso entre seus braços e seu peito e ela dizia algo que eu não ouvia nitidamente.

-Ele me desafiou - minha voz foi um sopro que encontrou seus ouvidos, e eu só sei disso pelo leve aperto que ela deixou em meu ombro.

-E o quê você fez? - Sua voz controladamente sussurrada não tentou mascarar a preocupação com a minha reação, como se estivesse lidando com um garoto de oito anos.

-Eu sou Nathaniel Bruce - Sussurrei, caindo para seu colo. -Eu fiz o que devia ser feito.

Suas mãos pousaram em minha testa, afastando o suor que deixava meu corpo quase febril.

-Nat...- Eu confiava nela, claro que confiava, mas merda. Sentia-me acuado em sua presença. -Confie em mim, eu sei que poderemos resolver isso juntos - Ilusão, garota. Ah, como eu queria poder viver desta ilusão.

-O Grande Bruce, acordará neste dia, sendo julgado réu perante a lei - foi o quê o maldito disse, com escárnio, zombando de qualquer valor que eu mesmo adquiri no mercado. -Você nunca será o rei, Nathaniel - Confessei, tudo que ouvi, concordando minimamente com as merdas ditas pelo velho.

-Grande merda de um fodido qualquer - Katherine rosna irritada, como uma leoa enfurecida, erguendo-me com dificuldade para que encarasse-a. Arrependimento puro corria como veneno por minhas veias.

-Kat...- Eu chamei-a, buscando coragem para olhar em seus olhos. Katherine segurou minhas mãos.

Encaixei meu olhar no seu. Seus diamentes azuis guardavam um abrigo irreversível, tinha uma cumplicidade que eu não saberia descrever. Ela precisa saber.

-Eu apostei o hotel.

Trilogia Invictos - Sr. Bruce - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora