Capítulo 18

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KATHERINE

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KATHERINE

-Você não vai fazer isso comigo - a voz do homem mascarava algo que eu mal tinha capacidade de entender. Nathaniel estava a mais de vinte minutos batendo o pé numa besteira sem tamanho, sem querer ceder à um pedido estúpido, onde simplesmente optei por jogar com as minhas regras.

-Nathaniel - Chamo sua atenção quando o cara mantém o rosto vidrado no lado oposto, tudo para ignorar-me. -Céus, será apenas um dia sem sexo, porra - falei sério, chegando num estado irritado, o idiota riu alto, não pelo que eu disse mas possivelmente pelo modo que eu disse. Por um instante esqueci o porque discutíamos, que sorriso lindo foi esse? Sequer sabia que ele existia. Maldição! Fiquei nitidamente sem ar.

-Se você continuar me olhando assim, não vamos ficar três minutos sem sexo - a ameaça é clara, crua como o maldito tesão que segue o homem em qualquer canto que ele vá e me atinge bem naquele lugar.

-Não quero acreditar que isso não passa de sexo - falo abertamente, sentindo uma ardência na garganta, me fazendo arrepender imediatamente de ter admitido. Contrariando o que eu imaginei, Nat se ergue da poltrona onde estava sentado, e vem até mim, malditamente com aquele ar e calor de predador.

-Não crie expectativas, garota - mesmo contra minha vontade, sua voz traz uma onda de eletricidade pro meu cérebro. -Eu sempre dou um jeito de destruí-las - eu sinto a sinceridade em sua voz, a confissão sussurrada carrega um leve sentimentalismo, que vindo assim, dele, e absolutamente sem ser subornado, causa algo estranho em mim.

-Serão só filmes, você até pode escolhê-los. - Ergui as mãos em defesa, apontando uma pequena pilha de filmes indicados por Kaio. Espero que ele não tenha tentado me sabotar, eu honestamente quero que isso dê certo.

Nathaniel ergue uma sobrancelha revezando o olhar entre mim e a pilha de filmes. Vi o momento exato em que seus olhos castanhos se escureceram ainda mais, e logo ouvi seu celular tocar, tirando sua atenção de mim. Merda!

Nathaniel me olha brevemente e deixa o quarto com o celular em mãos, ele atende a chamada e dessa vez eu não me preocupo em ouvir suas conversas. O cara estava bem irritado com umas merdas com a reposição de bebidas, xingando até o diabo enquanto jurava quebrar o contrato com os gringos antes mesmo do final do ano.

-É o seguinte, Katherine - Ele volta para o quarto com as mãos nos bolsos, me fazendo percebê-lo pela primeira vez com uma jeans. O cara é definitivamente um retrato pintado de um deus grego. Olho para ele, que tira a jaqueta de couro atirando-a em algum canto enquanto formula algo em suas artimanhas.

-Vou tomar um banho, desmarcar a reunião e avisar Kaio da minha ausência por hoje, enquanto você prepara suas armas - seu tom é neutro, calmo como o inferno, sem nunca deixar de ser acompanhado por um risco de ironia enquanto fala.

Levo dois dedos para a testa, fico com as costas eretas, imitando um soldado.

-Sim, Sr. Bruce - digo alto, forçando uma voz masculina, o homem me olha sério, tentando manter seu ar de superioridade. Santa protetora das calcinhas ou corações, não sei o que foi aquilo. Que sorriso que este infeliz tem...

-Muito espertinha pra ser bom pro meu psicológico - Nat resmungou indo em direção ao banheiro e eu definitivamente não entendi o que ele quis dizer.

NATHANIEL

-Que porra, a última vez que eu vi pipoca, Daniel tinha oito ou nove anos - falei naturalmente, repreendendo-me por não ter medo de confiar meu passado à felina.

Katherine me encarou com os olhos levemente arregalados, e eu sorri com a forma que enfiou a pipoca na boca sem deixar de me olhar.

-Você é louco por isso, não sei como aguentaria - diz, me matando de vontade de puxá-la para um abraço.

-Você está tentando me fazer perder a aposta não é? - Ela pergunta desconfiada, e não resisto a tentação de percorrer os olhos por todo seu corpo. Kat está sentada encima das pernas, com um short curto e uma blusa cinza que deixa seus ombros nus, como imã para minha vista. Balanço a cabeça negando sua pergunta de acusação.

-Só estou arrependido de deixá-la ter escolhido o filme - brinco irônico, voltando minha atenção à TV que apresentava, ironicamente, A verdade nua e crua. Katherine ri alto, com uma tonalidade gostosa de se ouvir.

-Desculpe, eu nunca resisto a Gerard Butler, ele é maravilhoso - sua fala é inocente, reconheço no momento em que suas sobrancelhas se elevam por eu estar a encarando com os olhos semicerrados. Minha vontade era fazê-lá retirar o que disse com uma mordida no lábio, mas porra, eu posso entrar na brincadeira por um momento.

-Katherine é sem dúvidas a minha preferida - disse apenas, parecendo indiferente ao meu próprio comentário com um super duplo sentido quanto a atriz Katherine Heigl. Kat revira os olhos, pensando que não sei o porque se aproxima tanto. Certamente é pelo pote de pipoca doce que está no chão, em frente ao sofá de couro entre nós dois.

Segurei sua mão quando ía voltar para o seu lugar. -Não me referia à atriz - sussurrei rouco em seu ouvido, notando-a atorduada com proximidade de nossos lábios.

-Não vou perder o jogo antes de ouvir de você - notei a garota assustada, afastando-se e tentando retomar o controle de sua própria mente.

Porra! Ela está irredutível. Por que diabos preciso dizer que sinto algo além de tesão? Seria incoerente fazer já que até quando a garota sorri eu quero fode-la.

Respiro fundo, umedecendo o lábio com a ponta da língua. Sorri de lado pegando-a no flagra enquanto cuidava meu movimento.

-Idiota - ela me xinga como se eu fosse o culpado por estar excitada.  -Você não vale nada - ela debocha me fazendo rir, sem poder descordar.

-Você não está muito melhor - apontei, divertido, adorando a situação.

Notei o filme na última cena, depois de gargalhadas e provocações, infelizmente sentia-me confortável para agarrá-la para mim e tentar ser convincente quanto a suas regras.

-Isso não é só tesão - falei rápido, puxando seu corpo para mim. Fechei os olhos sentindo sua pele prensada contra meus dedos que brincavam de arranhar suas pernas. Beijava seu pescoço prendendo-a no chão, entre mim e o tapete.

-É o que preciso dizer para tirar suas roupas agora mesmo? - rosno cortado de tesão, apertando sua cintura e sendo acariciado por um gemido baixo.

-Não - ela fala ofegante, com os olhos fechados tentando me afastar.  -Precisa dizer o que é.

Merda! Não posso ser fraco a esse ponto. Ela já sabe, sabe o que sinto perto dela, tanto é que mal sei disfarçar.

-Não temos apenas tesão, felina, temos fogo. Temos vontades irresistíveis, desejo cru e puro, quase palpável. Amamos o que fazemos e nos... - ía mostrando a porra do meu interior. Mas que merda.  -nos queremos, nos desejamos - falei bem baixo, perto da sua boca entreaberta, me via quase entrando para dentro dos seus olhos.

Ela sabia que tínhamos alguma fodida ligação, que pôr Deus, eu ansiava seu toque tanto quanto ela ansiava o meu. Não precisava que isso fosse exposto, nossas feições já diziam o suficiente para foder nossas poses perante os outros ou a merda que for. A garota me deixa de um modo que nunca aceitei estar, tanto quero isso quanto me assusta, quando imaginei a situação, tudo o que dizia era o quanto eu estava fodido, e bem sabia que aquilo me destruiria. É como dizem por aí, Katherine será minha ruína. Mas quando isso acontecer, quero ser arruinando estando dentro dela.

-Tire a porra da sua roupa e vire-se - Ordenei sem espaço para ser questionado.  -Cancelei o dia pra foder você.

Trilogia Invictos - Sr. Bruce - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora