Capítulo 33

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KATHERINE

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KATHERINE







-Por favor, Nathaniel, nós podemos resolver quando voltarmos - Pedi mais uma vez, agora apelando para uma voz manhosa. Ele estava mais calmo e agora bebia aquele maldito uísque como se eu não estivesse ali.

-A reunião precisa ser encaixada ainda hoje, Katherine - Ele fala apenas, ignorando tudo que falei quanto às pessoas que fazem aniversário uma única vez no ano.

-É apenas uma criança - Digo, tentando convencê-lo.

A única filha de Robert faz aniversário hoje na França, seria a pior coisa se eu não comparessese.

-Então ela não sabe o que é ter responsabilidades, e quando tiver a minha idade irá entender e precisar escolher entre sua empresa e uma festa de aniversário com várias miniaturas de gente correndo de um lado para o outro - Ele fala calmo, repudiando a ideia de estar num ambiente com crianças.

-Nathaniel, é a filha de um pai para mim - Digo, o encarando séria, assumindo uma posição de quem não vai ceder.

-Nós não podemos ir, Katherine - Ele se levanta e vai até a prateleira do escritório atrás de uma outra dose de bebida. -Lamento - vem até mim e deixa um beijo no meu rosto, redondamente iludido se acha que venceu.

-Certo...- Murmuro, deixando-o sozinho na sala. Ainda sob seus olhos, vou até a cozinha, e olho no seu celular o número de Frederico, seu motorista. Seu olhar se estreita sobre mim, e se eu não quiser que ele me mate, preciso ser rápida e segura.

-Fred - Cumprimento quando o mesmo atende achando que é Nathaniel. -Preciso de você as 14 horas, estava à postos - Avisei o homem que concordou, sem saber que não tem o consentimento de Nat.

Olho para ele, que estala a língua no seu modo irritado, certamente buscando controle. Saio do seu campo de visão antes que dê merda para o meu lado.

Tranco-me na suíte e me dirijo ao banheiro ainda decidindo o que vestir. Prendo os cabelos com uma presilha e lavo meu corpo com tranquilidade, tranquilidade que se esvai com as batidas sincronizadas na porta branca de madeira.

-Você não vai a lugar nenhum sozinha, está ouvindo? - Nathaniel gritou do outro lado, e eu ri balançando a cabeça. Nem ele mesmo acreditava em suas palavras.

-Porra, Katherine, por quê está fazendo isso? - Oi? Eu? O que diabos eu fiz além de implorar que o antisocial fosse comigo?

Desliguei o chuveiro apressada, prestes a apertar seu belo pescoço.

Respirei fundo antes de assassiná-lo.

Saí do banheiro enrolada na toalha, e o empurrei minimanete para o lado, querendo ter acesso ao vestido branco de cetim que havia separado para usar.

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