Capítulo 11

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-Se agrada às mulheres, quem somos nós para opinar? -Daniel propôs um brinde entre nós e dois dos casais convidados, depois da inauguração

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-Se agrada às mulheres, quem somos nós para opinar? -Daniel propôs um brinde entre nós e dois dos casais convidados, depois da inauguração. Sorrimos e fingimos aparências antes d'eu puxá-lo para um canto.

-Você não vai acreditar no que eu achei -Disse para ele tentando ser o mais discreto possível perto dos convidados, recebendo os olhares gratos de Katherine ao longe.

-O seu carregador é que não foi -Dan deu-me o celular descarregado para que eu o guardasse no bolso. -Cara, você está nervoso.

-É tão visível assim? -Perguntei agora mais preocupado. Mesmo que desconfiado e um tanto bravo, não era minha intenção arruinar a festa da garota.

-Honestamente, sim -Daniel bebia seu drinque pausado por palavras, numa fodida calma extremamente irritante.

-Falo com você depois -Disse ao notar Kaio aproximar-se com as garotas.

-E então irmão?- Dan foi o primeiro antes que eu buscasse coragem para olhar para Kat.

-Daniel este é Kaio -Bati no ombro do meu amigo, apresentando ao meu irmão. -É meu amigo e funcionário mais antigo aqui em Nova Iorque -Os homens cumprimentaram-se sorridentes, como velhos conhecidos -Este é meu irmão caçula. Meu único irmão, na verdade.

Frases repetitivas como "é um prazer te conhecer" saíram em coro de suas gargantas, e as garotas assistiam aos cumprimentos, aparentemente animadas.

-Daniel, está é Katherine -Guiei-a até minha frente, para que eles pudessem vê-la. Merda, o que diabos eu digo agora?...-Katherine é minha...Katherine é minha amiga -Daniel me lança seu olhar diabólico e eu sei que ele quer detalhes, e não, eu não os darei aqui. Katherine arqueou uma das sobrancelhas após minha frase, e merda, estou fodidamente encrencado. Posso sentir as gotas de suor se aglomerarem em minhas costas.

-Oh céus, a tão falada Katherine -Fodido, filho da puta. -Nathaniel fala muito de você, que bom finalmente conhecê-la -Daniel abraça ela apertado, e olha malicioso para mim. Deus dos céus, um dia eu mato esse imundo.

-Nat, esta é Gabriele, a garota de quem eu falei - Se é guerra que o fodido quer, é guerra que ele vai ter.

-Gabriele -Puxei-a para um abraço e agradeci-a por ter vindo -Não lembro de Dan ter falado de você. Eu certamente lembraria da discrição de uma garota tão bonita. -Conquiste-a depois desta Daniel Bruce.

-Eu tenho impressão de já te ter visto em algum lugar, Katherine - Daniel fala enquanto todos conversam assuntos aleatórios. Ergo meus olhos para encará-lo e o noto pensando em algo, possivelmente tentando lembrar o lugar. Daniel se cala e me olha rapidamente.

-Com licença garotas -Peço para me retirar e levá-lo comigo -E Kaio, claro -Não foi minha intenção, mas fluiu ao natural, seguido das risadas das mulheres que entreteram Kaio rapidamente.

-Que porra você está fazendo? -Perguntei à Daniel, que parecia mais pálido do que minutos atrás.

-Me desculpe, mas pelo menos eu não falei o lugar -Ele disse cochichando e olhando para onde elas estavam o tempo todo.

-Onde você a viu? -Preocupação corria em minhas veias como veneno.

-Cara, tenho quase certeza de ter visto uma foto desta garota no CAADQ -Sua voz era temor puro, e a informação fez-me por breves momentos perder a visão. Respirei fundo para tentarmos pôr as cartas na mesa.

-Dan...-Precisava tirar isso de mim. Eu não queria acreditar mas era verdade, e depois de juntar os pontos, o único que interpretava o otario sou eu. -Katherine tem uma pistola no meio de suas maquiagens.

As palavras saíram rasgando minhas garganta, a verdade queimava minha pele e como uma versão ruim, a agonia era parecida com a de tê-la em meu colo. Por pouco Daniel não morreu engasgado com seu uísque depois que lhe contei. Ele me olhava com os olhos dançantes que perguntavam o que diabos faremos com a mentirosa. Porra! Doía como o inferno admitir sua falta de honestidade em voz alta.

KATHERINE

É definitivo, Nathaniel está me evitando!

O homem juntou-se ao caçula e não faz nada se não fugir de mim. Ilusão a minha quando achei que havíamos passado essa fase. O cara está irredutível, e confesso que perder a sua atenção machuca algo desconhecido aqui dentro de mim. A parte mais agonizante é que Nat não parece magoado, ou sequer bravo com algo, ele simplesmente não se importa com a minha presença.

Quando disse que faria isso por mim, realmente cheguei a pensar que fosse por mim. Não! Impossível! Nathaniel Bruce não pensa em ninguém além dele mesmo. Agora suas intenções se fazem óbvias. Nathaniel precisava pôr meu rosto na divulgação do seu hotel, então o presente não passou de um modo para se auto beneficiar. Grande Bruce!

- Katherine- a voz de Gabriele tirou- me os pensamentos e voltei- me a ela que sorriu.

- O irmão Alfa está pedindo que você apareça na entrada, acho que para as fotos- a garota disse um tanto constrangida, notando algo errado no meu rosto.

- Obrigada, Gabriele- agradeci a morena e esperei que ela se afastasse para respirar fundo olhando para cima. Contei até dez e me dirigi para onde estava Nathaniel e seus fotógrafos. O encarei confusa e o homem sorriu abrindo os braços para mim. Senti meu estômago revirar com os olhos acinzentados dele. Nat carregava um sorriso frio, e nossas fotos não passariam de risos forçados e falsas aparências.

Posicionando-me ao seu lado, senti o homem reprimir o peito como se eu fosse uma sugadora de oxigênio ambulante. Na minha mente, desapercebidamente, Nathaniel pousou sua mão na linha nua da minha cintura e seu maldito toque quente trouxe a sensação de um incêndio alastrando-se por todo meu corpo. Senti um arrepio estremecedor quando seu corpo moveu-se para trás de mim, trocando nossos lados para os fotógrafos. Como se eu tivesse afastado-me inconscientemente, o homem tem a audácia de provocar-me com um aperto na cintura, que puxa-me disfarçadamente para mais perto. Porra de sanidade que por pouco não foi para o inferno.

Recusei-me mentalmente a passar os últimos minutos da festa ao lado de Nathaniel. Procurei a cunhada do homem com os olhos, e notei-a me procurando.

-Katherine - veio até mim, com uma cara nada agradável.

-Tudo bem com você? - perguntei tocando seu ombro.

- Esses caras, eles são todos loucos ou é impressão minha? - ela pergunta, puxando-me para um canto mais afastado.

-De quem você está falando? Do seu namorado e o irmão estúpido dele? - Dou um risinho ao me referir à Nathaniel. A garota ergue uma sobrancelha, e vejo a confusão no seu rosto.Aceno com a cabeça, perguntando se falei algo errado.

-Namorado? - A voz de Gabriele é espanto e deboche explícitos, tanto ri quanto se indigna.

-Foi isso que ele disse que somos?

Trilogia Invictos - Sr. Bruce - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora