Capítulo 2 > Quanto vais apostar?

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Virei-me e vi a Julianne a chamar-me para perto deles. Só esperava que valesse a pena, porque eu estava a cair para o lado com o sono e com a fome.

Diz.

Julianne sorriu para mim e assim que o fez: eu percebi logo o que estava para vir. -Que me dizes de ficares cá? Da outra vez que ficaste, deixaste cá uma muda de roupa. – Arqueei a sobrancelha, a conversa não tinha ficado por ali. Acreditem em mim, eu conheço a minha irmã mais nova. – E quero pedir-te um favor.

E viram? Eu sabia perfeitamente que isto ia acontecer – ela vai pedir-me uma roupa para ela ir a um sítio com o Alexander. Eu ia recusar, porque pronto – mas depois o meu estômago roncou e acabei por trancar o carro e entrei com eles dentro de casa.

Bem, da forma como eu estava... ou seja, quase a tornar-me uma carnívora; corri com os meus queridos sapatos até à cozinha e servi-me de um resto que estava no frigorífico e coloquei-o a aquecer.

Quando aquela máquina toda perfeita apitou, tirei o comer e sentei-me na bancada da cozinha a comer. Acho que vocês também ouviram o grito de aleluia do meu estômago quando dei a primeira garfada.

Só depois é que todos entraram também na grande cozinha da Julianne, já vos mencionei que a casa deles é tipo a coisa mais assustadora de sempre, por ser tão grande? Se sim volto a repetir para vos mostrar o quão assustadora é. A casa deles é super grande porque foi construída conforme o que eles idealizavam e também porque é bastante isolada; daí eu demorar 20 minutos ou um bocadinho mais para ir até à casa deles.

Assim que a Julianne me viu revirou os olhos e colocou as mãos nas ancas. Começou a abanar o pé. Ops, chateei-a. – Existem cadeiras, desce daí. As bancadas não foram feitas para isso. – Ela só diz isso agora, porque a casa é dela; porque quando estávamos todas em casa dos nossos pais, ela estava sempre a fazê-lo e tinha de ser a Audrey a relembrar-lhe.

Saí apenas lá de cima quando terminei de comer. Coloquei o prato na máquina de lavar e juntei-me a todos na sala de estar; estavam todos sentadinhos e um pouco calados. A Audrey estava a sorrir para mim enquanto a Julianne falava descontraidamente com o Alexander. Decidi interromper.

O que é que tu me querias pedir? Sua interesseira... - Resmunguei, tentando a custo meter-me com ela, estava ainda um pouco rabugenta por agora o sono estar a abater-se ainda mais sobre mim.

-Parva. – Ela disse e Alexander revirou os olhos; ele não gostava quando as nossas picardias começavam – e digamos de passagem que quando estávamos juntas dificilmente não havia uma – normalmente eram bastantes ao longo do dia. – Quero um vestido, preciso de ir a evento com o Alexander e quero algo perfeito. – O meu ego está sempre a aumentar. Entenderam o que ela quis dizer? Ela quer algo perfeito e então pede-me a mim!

Pedi uma folha e uma caneta; é mais fácil desenhar com caneta quando se fala de mim – uma designer de moda. Comecei a fazer o modelo de como iria ser o vestido da minha irmã e acho que ela gostou imenso, acabei por colocar num vermelho, que para além de ela adorar essa cor realça bastante o cabelo que não é comprido, é bastante curto aliás. E o tom de pele dela.

Quando terminei o esboço sorri com o resultado e dei-lhe a folha para ela ver; quando a Julianne recebeu a folha sorriu com o resultado e depois mostrou ao Alexander – ele tinha sempre de ter voto na matéria. Sempre. E quando eu digo sempre, é mesmo sempre. Os dois completam-se.

Depois de ela me ter digo que estava bem e que adorava, eu acabei por colocar na minha agenda as coisas e depois sorri. – Amanhã eu encomendo o tecido e começo a fazer o teu trabalho. Pode demorar um pouco, mas é porque estou a meio de um projeto importante.

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