Capítulo 31 > Estás a querer raptar-me?

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Estava adorar ser namorada dele. Aliás acho que nunca fui tão feliz na minha vida.

Estava no meu quarto depois de ter sido abordada pelo Bill. Ele andava a querer saber tudo desde que eu fiquei oficialmente a namorada do irmão gémeo dele. Afinal o meu melhor amigo era basicamente o meu futuro cunhado (por amor de Deus, não lhe contem que eu disse isto).

O Tom estava com os três cães que estavam em casa, sim o Pumba devia lá estar.

Pois não sabem, mas a Mab e o Bill assumiram o relacionamento em público. Quer dizer não foi assumir e tal; foi apenas o Bill a dizer que estava comprometido assim como o Georg e o Gustav o fizeram.

No final, eu tinha dito logo ao Tom que queria esperar mais algum tempo antes de assumirmos a nossa relação. Bolas, a Mab e o Bill esperaram três anos acho que prefiro esperar muito mais.

Acordei tarde como sempre, ninguém me deixava acordar cedo depois do que aconteceu há anos atrás. Arranjei-me. Todos nós íamos comer comida verde (como a Mab chamava à comida do Jared). Acho que eles decidiram fazer aquilo por causa de qualquer coisa... não entendi bem o que é que a Mab queria dizer.

Quando estava a arranjar o meu cabelo sorri ao olhar-me ao espelho. Estava arranjada e via-se que estava feliz. Sorri, eu parecia outra pessoa, não no sentido da roupa – mas desde que eu tinha começado a namorar com aquele mulherengo, que eu parecia realmente uma pessoa totalmente diferente – uma pessoa mais feliz.

A porta do meu quarto foi aberta e o Tom apareceu. O cão dele entrou logo e ficou deitado na minha cama. Ele abraçou-me e eu sorri para ele. Dei-lhe um beijo no rosto barbudo dele e depois abracei-o com mais força.

-Gosto de te ver com saltos, ficas tão sexy. – Ele disse e eu sorri para ele. Peguei na mão dele e ele assobiou e o cão dele levantou-se e foi connosco. Ao entrarmos na sala vimos o Gustav e a sua namorada a desaparecer até à cozinha e vimos o Georg com a sua namorada na marmelada. – Ai que lindos.

-Tu és mais safado! Agarraste logo a tua assistente. – O Georg disse e ri-me, o Tom espetou-lhe o dedo do meio e virou-se de novo para mim. – Estás muito aperaltada para ficar em casa, miúda.

-Cuidadinho... - O Tom disse e piscou o olho à namorada do Georg.

-Nós não vamos almoçar a casa do Jared? – Perguntei e quando eles todos negaram. Eu arqueei a sobrancelha e peguei no meu telemóvel e fui ver a minha agenda eletrónica. – Eu tinha a certeza que era hoje.

-É amanhã, fofa. – O Gustav disse quando entrou na sala eu suspirei e assenti com a cabeça. – Adoro como esses saltos te ficam a matar. Quem é que teve o bom gosto de te os comprar? – Pois... tinha sido mesmo ele a comprarmos, quando estávamos em Itália há uns anos atrás.

Quando eu menos esperei, estava já a segurar a trela do cão do Tom e estava já a sair de casa sem entender o que é que se passava. Eu entrei no Range Rover do Tom e ele apertou-me o cinto.

-Estás a querer raptar-me?

-Nem pensar nisso... - Ele disse quando entrou no carro depois de ter colocado o seu querido cão no porta-bagagens. – Queria dar privacidade aos dois casais e assim ficamos com mais privacidade.

-Que querido.

Peguei na minha mala e tirei de lá os meus óculos de Sol e ficamos a vaguear pelas ruas de Los Angeles, sem destino pelos vistos. Quando ele parou o carro não sei onde, ficámos a andar e acabámos num jardim. E acreditem ou não, o Tom é bastante romântico quando quer. Ficamos aos abraços e aos beijos (esses era daqueles mesmo de repente e de tirar o folego).

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