Capítulo 2

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A semana passou um pouco lenta a meu ver. Contei a Ana, minha melhor amiga, o que havia acontecido sobre a empresa de papai e até hoje ela não compreende isso. Maggie ficou sabendo dois dias depois, que eu me casaria com alguém que não conheço e de inicio não gostou da ideia, porém agora ela está achando tudo muito misterioso e romântico. É claro que ela não sabe o motivo, eu e papai inventamos alguma desculpa de quê eu e Dylan já estávamos comprometidos a se casar quando completássemos mais que vinte anos.

Uma desculpa meio idiota, mas foi a primeira coisa que consegui inventar.

Ela pesquisou sobre Dylan e em uma dessas suas pesquisas achou uma foto dele, na qual ela se encantou. Não vou mentir, mas Dylan é realmente um homem bonito, não me atraiu pela foto, por isso estou torcendo para que pessoalmente eu tenha alguma atração por ele.

Estaciono o carro em uma vaga um pouco estreita e saio vendo o mar. O domingo hoje está quente e ensolarado aqui em Seattle, e essa é a primeira vez que volto à praia desde o incidente do afogamento. Pego minha bolsa e procuro por algum lugar um pouco longe do aglomerado de pessoas. Sentada na areia morna e olhando o mar a minha frente, era impossível não lembrar daquele homem. Sorrio triste pegando um livro de romance da minha bolsa.

E eu achando que poderia encontrá-lo outra vez.

Abro o livro em alguma página aleatória e me concentro em ler. Não sei quanto tempo passou, mas só percebi que havia alguém do meu lado,quando este deslizou um guardanapo para perto de mim, colocando uma pedrinha em cima para não voar. Cerro meus olhos, subindo minha vista até seu rosto, vendo o homem que havia salvado minha vida.

Não pode ser...

Ele me olha com carinho e certa ansiedade como se me dissesse para pegar o guardanapo, que é o que faço devagar e curiosa.

"Acasos realmente acontecem, não acha? "

Sorrio com aquela simples frase e volto a olhá-lo.

-Não me diga que você acreditou nisso só hoje... - respondo divertida.

-Tenho meus motivos para tal pensamento.

-Boa resposta. - pondero fitando-o.

-Sou Eduard Turner. - ele gentilmente me estende a mão que pego segundos depois.

-O meu anjo salvador... - apertamos nossas mãos levemente e solto sem muita vontade, pois o calor que irradiava de sua mão era boa demais para que eu pudesse soltá-la.

-Gostei desse apelido... Ninguém nunca me chamou assim.

-Já pode sentir-se honrado. - brinco.

-Acredite, estou me sentindo assim... - responde me divertindo. - Onde está a garotinha que estava com você semana passada?

-Em casa. Minha irmã não gosta de praia e depois do meu quase afogamento, ela passou a odiar.

-Sua irmã é uma figura.

-Isso à resume perfeitamente.- digo fazendo-o rir.

-Só tem ela de irmã?

-Sim e ela já vale por três! Você sabe como é isso?

-Sei, sempre que vou a Londres.

-Sua família mora lá?

-Na verdade minha família, incluindo eu, somos de lá.

-O que te trouxe pra cá? - ele cerra os olhos em divertimento e já me preparo para uma de suas gracinhas.

-Meu dom de salvar mulheres dessas águas salgadas de Seattle... - riu alto e ele me acompanha tentando se conter logo em seguida.

Com Amor, Eduard: Livro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora