Capítulo 15

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Respiro fundo sentindo o sol quente em minha cabeça e me atrevo a abrir os olhos vendo areia debaixo de mim. A água do mar ia e vinha me molhando, levanto-me com dificuldade sentindo dor em todo meu corpo, parecia que um carro havia passado por cima de mim. Solto o ar de vagar depois de respirar fundo e cerro meus olhos observando tudo em minha volta, vendo árvores a minha frente, ao meu lado areia e virando-me o mar.

Uma ilha!

Tento não entrar em pânico sentando-me de volta e trazendo minhas pernas ao meu corpo abraçando-as enquanto abaixo minha cabeça fechando os olhos.Respiro fundo algumas vezes, soltando devagar o ar pela boca e levanto minha cabeça olhando o mar ao longe que estava calmo e tranquilo.Tento juntar forças para me levantar e ando um pouco me sentando na areia mais próximo da floresta. Meus braços doíam e meus olhos ardiam com tanta claridade ali, encosto-me em um coqueiro e fecho meus olhos deixando cair algumas lágrimas.

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- Nós vamos morrer? –perguntei em desespero.

- Não. Não vou deixar... –respondeu Eduard.

No entanto de alguma forma a onda nos separa me levando para baixo a cada onda que me atinge.Grito por Eduard, mas não o vejo mais. 

Outra onda vem e sou levada para baixo novamente, dessa vez estou sem colete salva-vidas e não consigo voltar a superfície

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Outra onda vem e sou levada para baixo novamente, dessa vez estou sem colete salva-vidas e não consigo voltar a superfície. A pressão que a água faz em minha cabeça fica insuportável e cada vez mais fica impossível segurar a respiração.*

Abro meus olhos respirando fundo e rapidamente. Isso não está acontecendo! Isso não está acontecendo! Repito a frase sem parar tentando desesperadamente me convencer de que isso fosse apenas um pesadelo. Tinha que ser! Fecho meus olho acalmando minha respiração contando até cinco e abro-os novamente. Tudo igual. Olho em volta comprovando o que realmente tinha acontecido e de que eu estava viva. Sinto o colete me apertar e tiro para poder respirar melhor. O sol começa a nascer e a necessidade de beber água começar a ficar pior. Amarro meu cabelo em um coque frouxo e lembro-me de Eduard. Será que ele sobreviveu assim como eu? Meu Deus! E as pessoas? Dylan, Ana... E se eles tiverem aqui nessa ilha?

É uma opção para ser considerada.

Levanto-me confiante de encontrar alguém por aqui e começo a andar pela areia.

- TEM ALGUÉM AQUI? - grito na esperança de que alguém aparecer, mas nada acontece. Ando mais alguns metros e grito novamente. – TEM ALGUÉM AQUI? OOOOOI, ALGUÉM?

Sem respostas. Olho para a floresta ao meu lado, tentando conter um desespero que invadia minhamente ao pensar que eu poderia estar sozinha aqui.

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Com Amor, Eduard: Livro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora