Quando Jessy Lynn sofre um afogamento repentino, ela se vê entre a vida e a morte até o inesperado Eduard Turner surgir. Com o legado de seu pai nas maos, a atração mútua entre os dois aflora rapidamente através de um simples bilhete, nascendo assim...
Eu estava muito preocupado, minha mulher, estava em trabalho de parto e eu não podia entrar na sala de cirurgia porque a médica me impediu.
Sacanagem... Onde já se viu o esposo não poder acompanhar o nascimento do filho só porque está nervoso?
Meu coração palpitava depressa e andava de um lado para o outro ansioso, já fazia muito tempo que eu estava ali esperando e ninguém saia da sala de parto. Enquanto ao meu nervosismo eu poderia explicar...
Depois de três meses do nosso casamento, Jessy me deu a noticia de que estava grávida. Sua gravidez foi um pouco difícil, por duas vezes quase perdemos nosso filho e seu médico não me escondeu que tanto ela quanto o bebê poderiam morrer no parto e nesse exato momento era isso que mais me afligia.
-Calma rapaz... - papai apertou meu ombro e olhei para ele angustiado.
-Porque ninguém aparece.
-Vai dar tudo certo.
- Estão demorando demais.
- Isso é normal filho... Sua irmã mais nova passou mais de uma hora para nascer. - passo a mão nos cabelos e fito papai.
- Dez minutos. Se ninguém sair, eu ent...
-Eduard, o médico! - Elisa avisa vindo para meu lado, assim como o pai e irmã de Jessy e minha mãe juntamente com Judite nos braços.
Viro-me vendo o médico e puxo o ar esperando por noticias boas.
-E então doutor? Como ela está? E o bebê?
-Calma senhor Tuner, ocorreu tudo bem no parto, sua mulher está bem, ela já está descansando no quarto com seu filho que nasceu grande e forte.
Escuto o alivio de minha familia e da familia de Jessy e sorrio abraçando meu pai sem conter minhas lágrimas de alegria.
-Parabéns meu filho! - diz meu pai e agradeço.
-Sou oficialmente vovó! - mamãe diz me fazendo rir enquanto me abraça.
-Vocês já pode ir vê-la. - avisa o doutor. - Só peço que seja um ou dois de cada vez.
-Obrigado. - agradeço com um aperto de mão e sem esperar sigo em direção ao quarto onde ela ficou durante várias horas.
Enxugo meu suor na blusa, ajeito meu cabelo e abro a porta ansioso. A primeira coisa que eu vejo, é Jessy encostada na cabeceira da cama segurando nosso filho nos braços. Caminho emocionado até ela, que logo percebe minha presença e me encara com um sorriso lindo nos lábios. Curvo-me ao seu encontro beijando-a enquanto observava seus cabelos um pouco bagunçados e o rosto cansado que não tiravam sua beleza, pelo contrário, me fazia ama-la ainda mais.
-Nosso filho é lindo. - ela diz e fito o pequeno Joshua com os olhinhos fechados e respirando calmamente.
Sorrio emocionado e sento-me ao seu lado. Jessy estende gentilmente os braços me entegrando o bebê e eu engulo em seco. Essa é a melhor sensação do mundo, Joshua é o fruto do meu amor por Jessy, e ver que o nosso amor junto nos trouxe esse bebê, me torna um homem completo.
Tendo segurar as lágrimas e respiro fundo.
-Oi Joshua... - murmuro baixo. - Aqui é o papai. Eu e a mamãe te amamos muito, seja bem vindo as nossas vidas. - digo encarando seu rostinho. – Papai vai dar todo o amor dele para você, quer dizer, quase todo, vou deixar um pouco para a mamãe também. - corrijo e escuto o riso de Jessy seguido de um beijo em minha costa. - Nunca irá lhe faltar nada, e prometo que mesmo que eu esteja cansado, sempre vou arrumar energias para brincar com você. Irei ler historinhas para você dormir, irei te dar dicas com as garotas, contar qual é o truque para conquista-las...
-Truque? - sussurra Jessy.
-Isso vai ser coisa só nossa... Não é garotão? - Joshua faz um pequeno barulho e abre a boca em um bocejo me fazendo sorrir. - Está vendo? Ele concorda comigo... - brinco.
Escuto Jessy rir novamente e deposito um beijo na testinha dele entegando-o para mãe.
-Você será um ótimo pai, eu não tenho dúvidas disso.
- Obrigado... - dou um leve beijo em sua boca voltando a olha-la. - Você me faz um homem feliz a cada dia que passa.
Jessy sorrir deixando algumas lágrima cairem que limpo rapidamente.
- Eu amo você.
- Repete? - ela pede e sorrio acariciando deu rosto.
- Eu. Amo. Você.
Sua boca se alarga para me mostrar um sorriso que sempre me fascina e faz meu coração perder um compasso.
- A gente também. - ela fala olhando de mim para o bebê e me aproximo observando minha nova familia.
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Alguns dias depois estávamos em casa. Era noite e eu havia ligado a luz do banheiro para clarear o quarto e ver o que fazia Joshua chorar. De calça moletom e sem camisa, segurei Joshua nos braços e dancei devagar pelo quarto enquanto cantava alguma música, fazendo Joshua para de chorar.
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Enquanto eu acalmava meu filho nos braços, olhei para a cama onde Jessy se mexeu devagar e voltou a dormir novamente. Ainda com Joshua nos braços peguei meu cardeninho e resolvi lhe escrever um bilhete para quando ela acordasse amanhã.
"Oi amor... Escrevo essse bilhete enquanto cuido do nosso filho e admiro você dormir como um anjo. Você se lembra do primeiro bilhete que te escrevi? Eu me lembro muito bem... Estava nervoso e escrevi a primeira coisa que veio na cabeça. "Acasos acontecem". E quer saber? Hoje não acredito nisso... Nada é por acaso. Acho que as pessoas surgem nas nossas vidas por algum motivo. E com certeza não foi mero acaso você entrar na minha e me fazer se apaixonar por você, amar você, te querer cada vez mais..."
Olho para Jessy que ainda dorme e em sussurro, digo:
-Acasos podem até acontecer, mas com a gente, foi destino.
Beijos nos corações de vocês e lembrem-se, nada acontece por acaso, tudo tem um porquê! 😙😙