Capítulo 4

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Como havia previsto a noite foi longa. Não consegui dormir por mais de duas horas. Uma parte de mim queria viajar com Eduard, mas outra parte dizia que isso era loucura. Sempre fui muito correta, parte disso se devia a ser um exemplo para Maggie. Com a morte de mamãe, eu era a presença feminina e o espelho que minha irmã poderia se tonar. Minhas atitudes foram sempre pensadas e planejadas, para que eu não fizesse algo errado que levasse minha irmã a algum caminho ruim. Agora, eu sei que isso é um pouco diferente, Maggie já está bastante crescida, já tem suas próprias opiniões e atitudes tomadas por si só, não é como se ela fosse me imitar a essa altura. Vejo o relógio marcar sete horas da manhã e minha duvida crescer ainda mais.

Devo ou não ir para Londres?

Respiro fundo e sento-me pegando a jaqueta de Eduard que havia deixado no cantinho da cama. O cheiro do perfume dele ainda estava lá me fazendo lembrar seu sorriso. Abro a jaqueta para colocar em mim, mas logo paro ao ver um papel branco dobrado que estava quase caindo do bolso de dentro da jaqueta. Sem pensar muito, tiro o papel abrindo-o.

"Sei  que minha proposta é loucura e que deve estar me achando um louco, mas quero passar um tempo com você. Estarei te esperando, não se atrase... "

Meus lábios se alargam para um singelo sorriso e tudo o que mais quero agora é estar com ele.

Meus lábios se alargam para um singelo sorriso e tudo o que mais quero agora é estar com ele

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-Jessy? - ouço a voz de Maggie e saio da cama abrindo a porta.

-Acordou cedo.

-Perdi o sono.

-Ótimo! Chegou em boa hora. - puxo-o pelo braço a fazendo entrar no quarto.

-Humm... Acordou de bom humor?

-Pensei nas coisas de ontem, no que você disse, nesse bilhete... - levanto a mão mostrando-lhe o papel. - E não tenho mais dúvidas.Vou para Londres com Eduard.

-Bilhete é?

-Aqui. - dou-lhe o papel e ela sorrir lendo.

-Já sabe o que tem que fazer?

-Mais ou menos...

-Você precisa comunicar ao papai e depois ir falar com Ana. -concordo balançando a cabeça. - Enquanto as malas, pode deixar que eu arrumo.

-Você é a melhor irmã caçula que alguém poderia ter!

Dou um rápido beijo em sua testa e corro para o banheiro fazendo minha higiene pessoal e pondo uma roupa adequada para viajar.

Em seguida, vou para a sala de estar onde encontro papai tomando seu café da manhã.

-Bom dia papai.

-Oi filha, senta. - pede e sento-me, enchendo um copo com suco.

-Pai eu preciso conversar com o senhor.

Com Amor, Eduard: Livro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora