Capítulo 9

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O dia seguinte foi um tédio. Troquei poucas palavras com Eduard e não,ele não me levou para um novo passeio. O que foi compreensível, fui covarde ontem. Beijei e depois o maltratei, fui covarde sim. Elisa passou o dia com algumas de suas amigas em seu quarto, por isso também não falei com ela, resumindo, quinta-feira foi um tédio.

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A sexta havia chegado um pouco nostálgica e eu sabia que amanhã teria que ir embora. Ainda no quarto eu imaginava como contaria a Eduard que eu viajaria para longe. A pergunta era, eu contava ou não sobre um outro homem? Jane entra no quarto depois de umas três batidas e deixo meus pensamentos irem embora.

-Oi senhora Jane.

-Oi minha filha. - diz sentando-se na cama e cruzo minhas pernas apoiando meus cotovelos nelas.

-A senhora sabe onde Eduard está?

-Ainda não o vi hoje. - responde e olho para cama. - Vocês brigaram?- penso na sua pergunta refletindo.

-Eu acho que não... Quer dizer, brigamos na quarta e ontem mal falei com ele.

-Alex tem grande culpa nisso. Aproveitou que Eduard estava aqui e o levou para terminar uns trabalhos atrasados na empresa.

-É, isso pode explicar seu desaparecimento ontem.

-Seja lá o que tiver acontecido entre vocês, não fique pensando demais, Eduard não costuma ficar irritado com alguém que gosta... Olhe. - ela pega um livro grande que estava do outro lado e se aproxima mais de mim. - Este álbum é o de Eduard. - sorrio com os lábios e pego abrindo.

A primeira foto que vejo é de Jane e Alex com um menino no colo, que provavelmente seria Eduard. A árvore-de-natal quase ao lado do sofá,estava cheia de presentes e o pequeno menino apontava para ela.

-Eduard sempre queria abrir os presentes antes da hora. Ele se fingia de invisível e usava isso para tentar abrir os presentes. - sorrio da história e passo as páginas vendo várias outras fotos.

Cada uma tinha sua história, a primeira vez na escola, o primeiro halloween, festas de aniversários, a primeira formatura.

-Ele usava aparelho! - aponto sorrindo para uma foto dele com alguns amigos no colégio.

-Os anos de aparelho foi um tormento para ele.

-Por quê?

-Ele dizia que nenhuma garota chegava nele por causa do aparelho.

-Ahh... - olho para a foto novamente. - Não ficou tão ruim...

-Fala isso porque gosta dele, pois as meninas realmente o achavam feio.

-Não acredito nisso...

-Ele falou a você com quantos anos ele teve a primeira namorada?

-Se não me engano ele disse dezoito. - respondo.

-E foi, ele não tinha mais aparelho com dezoito anos.

-Não da para acreditar nisso... Ele realmente era bonito...

Ao passar as páginas do álbum percebo sua melhora no visual. Ele já não tinha mais aparelho e ganhou músculos com o passar dos anos. A foto que estava vendo agora, era ano novo. Eduard era beijado no rosto por Elisa que tinha cinco anos e por uma senhora de cabelos brancos.

-Sua mãe? - pergunto a Jane que afirma.

-Nessa época, Eduard adquiriu uma confiança sobre ele. A fase dele era apenas ficar com garotas.

Com Amor, Eduard: Livro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora