Capítulo 8

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Ainda deitada na cama escuto meu celular tocar. Levanto-me sem muita vontade e pego vendo o nome de Maggie.

-Oi Maggie.

-Ana está aqui, estamos te ouvindo pelo fone de ouvido, então,não se preocupa, papai não vai te ouvir.

-Ahh... Oi Ana!

-Oi. - responde alegre. -Esqueceu de ligar para gente... - enfatiza e respiro fundo.

-É que mal estou tendo tempo para pensar em ligar.

-Que voz é essa maninha? Pensei que te ouviria mais alegre.

-Muita coisa acontecendo...

-Conta a primeira. - pede Ana.

-Estou fingindo ser a namorada de Eduard.

-O quê? - as duas indagam.

-Ele disse que falou aos pais que havia conhecido alguém especial e tal, e eles acharam que entre mim e ele existia algo.Eduard disse que eles estavam ansiosos para me conhecerem, já que eu era a primeira mulher que Eduard levava para passar uns dias na casados pais dele. Conclusão: Eduard não quer dizer que entre nós existe apenas uma amizade e agora, durmo no mesmo quarto que ele, só que eu na cama e ele no chão.

-Nossa! - arfa Ana.

-Isso é só a primeira coisa? - pergunta Maggie.

-É...

-Mas você não está achando ruim dormir no quarto dele. - afirma.

-Claro que não. Gente, Eduard é incrivel.

-É um pedaço de...

-Opaaa! - interrompe Ana e sorrio. - Você não tem idade para dizer uma coisa dessas.

-Não sou criança Ana! - rebate Maggie.

-É sim. Você só se tornará adolescente quando completar 17.

-Onde viu isso?

-Não vi, eu sei.

-Está bem garotas... - interrompo. - Não tenho muito tempo para falar.

-A Maggie vai ficar quieta Jessy, pode continuar. - avisa Ana e seguro meu riso, isso deixaria minha irmã mais irritada.

-Eduard tem duas irmãs. Uma ainda é bebê, a outra tem quase dezoito. Ela está em uma fase não muito boa, onde as garotas querem ter independência e tudo mais. O problema é que ela namora um cara quinze anos mais velho que ela.

-Meu Deus... Esse cara deveria ser preso! Isso é pedofilia, não é? Digo, ela ainda não tem dezoito, então... - fala Ana e concordo.

-Pois é. Mas, Elisa acha que ele a ama e... Gente, eu acho que ele bate nela.

-Porquê? - pergunta Maggie.

-Porque vi marcas roxas em seu braço.

-Contou para os pais dela? - indaga Ana.

-Não.

-Precisa contar.

-Eu sei. Só não contei porque preciso da confiança dela e acho que se eu contasse ela faria coisa pior.

-Como o quê?

-Fugir de casa.

-Nossa. - diz Ana atônita. - O que você vai fazer?

-Agora, vou a uma festa com ela, onde esse cara estará.

-É perigoso Jessy.

-Eu sei, mas já falei que ia. Não posso voltar atrás e ela ficou bastante feliz.

Com Amor, Eduard: Livro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora