Com Amor, Eduard: Livro 2

Capítulo 17

Abro meus olhos rapidamente não aguentando a curiosidade e me vislumbro com o que vejo.

-Nossa... - digo boquiaberta. - Eduard, que lugar é esse?

-Gostou?

-É lindo! Eu adorei!

Sem tirar o sorriso dos lábios por nenhum momento eu me deslumbrava com o que via. Uma lagoa de um azul tão claro que eu podia jurar que ali era o céu, dava para ver os peixes que nadavam por ali e se escondiam nas pedras presentes ao redor de todo o lugar. Mas, o mais incrível e simplesmente maravilhoso, era a cachoeira. Ela não era nem tão grande e nem tão pequena, mas dava o toque que o lugar precisava. As árvores e os pequenos bichos tornava aquele lugar mágico.

-Como você achou esse lugar?

-Resolvi andar por lugares que ainda não tinha vasculhado na esperança de achar comida e achei aquela trilha que você viu. Optei por seguir e foi quando encontrei o que você está vendo agora.

-É mágico. Olha! Da para vê o chão de tão clara que a água é.

-Quer mergulhar? - olho da água para ele mordendo meu lábio. - Ah...Vamos, você mesma disse que dá para ver onde pisa.

-É que... - digo hesitante e então vejo-o começar a tirar a bermuda ficando apenas de cueca, que por sinal era preta.

Viro meu rosto tentando controlar minhas pernas que amoleceram a partir do momento que vi o volume em sua cueca me lembrando dos nossos momentos há dois anos.

-Jessy! Vem, a água está uma delícia! Você precisa entrar.

Olho para o céu como se ele pudesse me dizer o que fazer, e sinto os raios de sol esquentar meu corpo. O clima estava quente e com certeza essa água deveria estar muito boa. Por que não ir?

-Vira o rosto! - grito para ele.

-O quê?

-Vira o rosto para o outro lado!

-Porquê?

-Eu vou tirar meu vestido... - ele já havia me visto completamente nua, mas se ele me olhasse como antes eu não iria resistir. Percebo ele rir de forma travessa e virar de costa.

-Você sabe que eu já te vi...

-Eduard... - repreendo-o. Rapidamente tiro meu vestido deixando junto as roupas dele e devagar entro na água que estava muito gelada.

-Caramba...

-O que foi?

-Que água gelada!

Ouço sua gargalhada divertida e contando até três, mergulho. Eu podia sentir o chão nos meus pés e adorei o fato de poder mergulhar de forma segura. Assim que volto a superfície deixando apenas minha cabeça do lado de fora, vejo Eduard me observar hipnotizado com um leve sorriso.

-Deveria ter me dito que água estava gelada.

-Não perderia esse momento por nada no mundo. - diz com um sorriso safado e perco minha fala. - Você não mudou nada...

Percebo seus olhos descerem ao meu corpo e solto meu ar com um sorriso idiota. A água é transparente que idiotice a minha pedir para ele se virar, se de qualquer jeito ele estaria me olhando. Eduard se aproxima de forma deliberada e engulo seco, sentindo minha respiração acelerar. Ele me olha com desejo. Era disso que eu falava minutos atrás. Eduard tinha esse olhar, um olhar muito dele, um olhar capaz! Não eram todos os homens que possuíam e apesar da água estar gelada, senti meu corpo esquentar.

-O que vai fazer Eduard? - minha voz sai baixa e respiro fundo.

-Pergunta interessante... – murmura mais perto.