Capítulo 16

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Com um pedaço do blazer de Eduard na mão, fui até a praia molhar o pano, memorizando cada lugar para não me perder. Ao julgar pelo sol acima de mim, diria que já era tardezinha e Eduard não melhorava.Cada passo que eu dava, rezava para que Deus me guiasse e pudesse me ajudar. Chegando na praia, corro ate o mar molhando o pano e logo indo embora. Porém antes que eu pudesse me adentrar na floresta novamente, vejo alguma coisa entranha ao longe. Aproximo-me devagar esorrio sem acreditar no que vejo.

Nomeio de folhas e galhos havia uma panela pequena e velha.

-Não somos as únicas pessoas que já esteve aqui... - reflito.

Pego a panela enchendo com a água do mar e volto para o abrigo. Já estava escurecendo e a fogueira ao longe me mostrava que eu estava no caminho certo. Assim que chego ponho mais pedaços de madeira na fogueira e entro no abrigo vendo Eduard ainda deitado.

Sua respiração soava normal, porém sua camisa estava muito molhada,seu rosto estava suado e brilhava diante do fogo ao seu lado.Aproximo-me um pouco mais, inclinando-me e tocando sua testa levemente.

-Está ardendo em febre... - preocupo-me. - Temos que abaixar sua temperatura Eduard.

Digo e logo tiro sua camisa molhada colocando em cima de uma folha da bananeira que peguei. Tiro seus sapatos vendo seus pés cheios de calos. Eduard deve ter andando essa ilha inteira tentando achar alguém, assim como eu.

-Jessy. - arregalo meus olhos ao ouvi-lo me chamar. - A onda... Jessy. Não, não, não, não... A onda...

-Oh, Eduard! - digo brandamente, movendo-me lentamente de volta ao seu lado. - O que está acontecendo?

Pego o pedaço do pano que molhei e coloco em sua testa enxugando seu suor. Molho mais o pano e em seguida começo a molhar seu corpo afim de baixar sua temperatura, enquanto ele tremia.

-Vai ficar tudo bem. - digo na esperança de que ele possa estar me ouvindo.

As noites aqui são sempre frias e isso pode ajudar a abaixar a febre de Eduard. Horas depois coloco o blazer de Eduard em cima de seu peito e deito-me ao seu lado olhando-o, vagarosamente acaricio seu rosto que já não está mais molhado de suor e me pego na vontade de beijá-lo.

-No que está sonhando? - sussurro suavemente.

-Jessy...

Meu nome dito por ele sai como um vento, se eu não estivesse tão perto dele não teria escutado.

-Durma Eduard... Vou estar aqui.

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-Jessy? - ouço meu nome e tento abrir meus olhos, mas o sono e cansaço não deixam. - Jessy? - ouço uma voz pouco rouca e abro meus olhos sentando-me depressa.

-Eduard! - digo, com uma voz estranhamente urgente.

-Oi... - disse um pouco assustado com minha atitude e toco sua testa com a mão, sentindo sua pele em uma quentura normal.

-Oh, graças a Deus! - percebo seus olhos estreitarem. - Se lembra do que aconteceu?

-Acho que desmaiei... - diz um pouco sem jeito.

-Sim, e estava ardendo em febre.

-Sério? - pergunta surpreso e confirmo com a cabeça. - Nunca tive febre... Ou ao menos não que eu recorde...

-Sorte sua eu ter experiência em cuidar de pessoas assim.

-Fala da sua irmã?

-Sim.

Com Amor, Eduard: Livro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora