Capítulo 13

27 2 0
                                    

O jantar havia sido ótimo, mas tentei não encher meu estômago, pois eu tinha planos para depois. Subi para o meu quarto e troquei de roupa. Olhei no relógio, eram 23:55, eu estava atrasada. Desci as escadas aos pulos e finalmente cheguei ao quiosque. Lá estava Phillip, me esperando sob a luz da lua. Me aproximei e assim, seguimos para o lugar onde já devíamos estar.

Próximo ao quiosque, cruzamos a esquina e finalmente chegamos ao local. Iríamos fazer um piquenique na piscina. Não precisei me preocupar com nada, ele havia trago a cesta com algumas guloseimas e quitutes. Forramos a famosa toalha xadrez no piso de calcário, que beirava a piscina, e colocamos todos os doces e salgados que estavam na cesta, sobre a toalha.

Phillip tirou a camisa, e a vista era maravilhosa, logo tirou a calça social e ficou de bermuda. Pulou na piscina, respingando água para todo lado. Em seguida tirei meu vestido, trajando apenas um lindo maiô que Hannah havia feito para mim. Pulei e caí na água com uma pedra, subi para a superfície, encontrando Phillip.

-Pensei que garotas "quentes" -Disse ele fazendo aspas com os dedos, rindo- não pudessem entrar na água.

-E como acha que eu tomo banho? -Revirei os olhos.

-Eu não tinha pensado nisso.

-Aparentemente a única coisa que ainda não posso fazer é tomar sorvete. -Ri.

-Pois é...

-O que é isso? -Falei, segurando em suas mãos, que tinham marcas.

-Nada. -Ele escondeu as mãos nas costas- Nada demais.

-Sabe que pode me contar... Te contei tudo sobre mim. -Encarei-o.

-Tudo bem... – Ele mostrou as mãos – São queimaduras, feitas com água fervente.

-Meu Deus! Mas, porquê?

-Provavelmente você não sabe do Justin...

-Não, quem é?

-Meu irmão casula. Morreu aos 10 anos, por ser paranormal.

-Seu irmão era paranormal?! -Falei, incrédula.

-Sim. Não sei muito bem qual era o seu artifício anormal, mas, assim que deu os primeiros indícios de que era diferente, meu pai mandou o General Nagel matá-lo. Eles manteriam sigilo, mas eu vi quando meu pai segurou Justin e Nagel atirou em sua cabeça, então contei para mamãe, que acabou entrando em depressão. – Ele engoliu seco – Nunca confessaram a morte dele, meu pai dizia que era uma desonra ter um paranormal com sangue real, e por eu ter contado para mamãe, me puniu com água fervente.

-Aí meu Deus, Phillip, eu sinto muito... Não queria ter...

-Tudo bem. Sabe, por isso quero dar uma nova chance à vocês. Não acho justo tratarem paranormais como animais.

-Você é forte, Phillip. Sabe, depois de tudo isso, você ainda tem coragem de fazer tudo isso por nós.

-Pessoas como vocês merecem viver além das celas.

-Queria que todos pensassem como você. -Sorri triste.

-E eu queria ter mais pessoas como você.

-Como assim? Que podem de uma hora para outra botar fogo no seu quarto? -Ri.

-Não. Pessoas que gostem de mim como eu sou. -Ele sorriu e acariciou meu rosto.

-Eu só tenho que te agradecer, - Sorri – e não se preocupe com algumas pessoas não gostarem de você, até porque, sempre vai ter uma garota que gosta de você por ser apenas o Phillip.

-E eu sempre vou gostar dela, por apenas existir. - Phillip, delicadamente, levou sua ão ao meu rosto, acariciando-me. Ele sorriu e se aproximou, logo selando meus lábios. Desta vez, não me vi enfurecida, eu estava feliz por não estar tendo aquele momento com qualquer outra pessoa. O puxei pela nuca, sentindo sua respiração, levemente ofegante, contra meu rosto. Intensifiquei o beijo, enquanto entrelaçava meus dedos em seus curtos fios, e o mesmo, agora, me puxava pela cintura.

Ficamos ali por um bom tempo, mergulhávamos e voltávamos à beira piscina, brincávamos e desfrutávamos das guloseimas. Por fim, deixamos a piscina e Phillip me guiou corredores a dentro, até chegar ao meu quarto. Antes que eu pudesse entrar, ele me beijou novamente, acariciou meu rosto e com um beijo no topo de minha cabeça, se despediu.

Sunshine (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora