Naquela manhã, fomos todos para o julgamento de Lisa. Seria no Grande pátio, todos os funcionários e convidados do palácio estariam presentes. Phillip eu fomos juntos, eu estava nervosa, nunca tinha visto algo assim, e o pior, eu e Phillip veríamos de perto, pois éramos as vítimas
Chegamos ao pátio, ele segurava minha mão, na tentativa de me fazer ficar calma; confesso que não ajudou muito. Nós subimos no palanque; onde estavam o Rei e a Rainha, logo a frente, uma cadeira e um pouco mais ao lado um pedestal, com o microfone. Nos sentamos e o Rei deu início.
-Bom dia à todos! -Começou – Nesta manhã, estamos todos reunidos para julgar a senhorita Lisa Colleen, devido ao ocorrido da manhã retrasada. Lisa sequestrou meu filho, príncipe Phillip e o fez de refém por muitas horas. A senhorita Skiller, bravamente, resolveu ajudá-lo, Lisa quebrou seu braço e a trancou, junto de Phillip. E se não tivéssemos encontrado os dois, Lisa teria os matado. Por isso, devo dizer que não aceitamos traição à família real. Lisa será condenada à morte.
Vi o espanto do povo. Olhei para Phillip, ele engoliu seco e trocou o olhar, por minha vez, apertei sua mão, nervosa.
-Senhorita Colleen, tem algo a dizer? – Como ela estava algemada, um mordomo colocou o microfone próximo à sua boca.
-Quero que todos vocês vão para o inferno! – Falou, com raiva – E se eu pusesse, faria tudo de novo!
Todos se calaram e observaram aquela cena de ódio e raiva. O Rei disse mais algumas palavras, mas não consegui ouvir, meu nervoso atrapalhava em minha audição. Vi quando o General Nagel se aproximou com uma arma, Lisa estava sentada na cadeira, logo a frente. Ele apontou a arma para sua cabeça e vi que Phillip estava aflito, ele já havia presenciado essa cena.
-Não olhe. – Ele disse, pressionando meu rosto contra seu peito. E manteve os olhos na cena.
-Não faça isso com você, Phillip. Não precisa presenciar a cena de novo. – Retruquei.
-Você não precisa, mas eu tenho que ser forte.
-Então eu serei também. – Disse me soltando de seu braço.
Quando olhei, o General deu o tiro. Meu olhos vidraram e eu parei de respirar por alguns segundos, observando o sangue que escorria palanque a baixo. Foi a pior cena que já presenciei, pior do que os experimentos e brigas no ISM, pior do que ver Rachel caída no paralelepípedo, eu estava em choque, e mal consegui olhar para Phillip, quando ele me puxou para fora do local. Quando me dei conta, estávamos no Salão principal.
-Sunny? Está bem? – Disse, segurando minha mão.
-Eu nunca tinha...
-Eu sei. – Me abraçou – Eu tentei te avisar.
-É, fui teimosa.
-Como sempre. O que acha de um chá para acalmar-se? - Sugeriu-me.
-Seria ótimo.
-Vamos, então. - Contornou-me com seu braço.
Fomos para a sala da lareira. Phillip pediu que uma criada nos trouxesse chá. Nos sentamos no chão mesmo.
-Sobre o que quer conversar? – Ele disse.
-Qualquer coisa, desde que não envolva o que aconteceu com Lisa.
-Tudo bem. – Ele pensou e logo disse – Sabia que teremos uma festa?
-Festa?
-Sim. Na semana que vem. – Sorriu triste – Seria o aniversário de Justin.
-E vão comemorar? – Arqueei a sobrancelha.
-É uma homenagem. – Deu os ombros – Depois da festa, jogamos lírios no lago. É sempre assim...
-Ah. Bom, será minha "primeira festa do Justin" – Gesticulei com os dedos.
-Sim, acho que com você aqui, será mais divertido. Não se esqueça, durante a festa, deve usar uma máscara. – Limpou a garganta – Será um baile de máscaras.
-Tudo bem, mas por quê?
-Justin dizia que, quando fizesse 18 anos, faria uma baile de máscaras, para tentar conhecer alguma garota. – Riu fraco.
-E você quer fazer exatamente o que ele queria. – Sorri – Queria ter um irmão tão bom quanto você.
-Bom, - Limpou a garganta – você pode ter um marido assim. – Sorriu com malícia.
-Quem sabe? – Dei ombros e sorri.
-Talvez algum dia, eu tenha a sorte de tê-la, até que a morte nos separe.
-Não precisa de muito...
-Claro que precisa. Quero fazer as coisas direito. Mas saiba de uma coisa...
-O quê?
-Já tem meu coração. – Sorriu.
-E talvez, já tenha o meu. – Sorri e beijei-o.
-Sunny... – Disse – Se importa se eu for descansar um pouco?
-Claro que não. – Acariciei sua face e seus cabelos – Passamos por muita coisa, é bom que descanse um pouco.
-Devia fazer o mesmo.
-Farei. – Sorri.
-Então, vamos. Te levo até seu quarto. – Levantou e estendeu a mão para mim.
-Tudo bem. – Sorri e me levantei, com sua ajuda.
Subimos até meu corredor e fomos até a porta de meu quarto. Ele beijou minha testa, Sorriu e deixou os corredores. Entrei e, estava exausta, então dormi.
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Sunshine (Completa)
RomansPhillip, o futuro rei de Wilbit, cria um projeto que irá provar para o seu futuro povo, e para si, que será um bom governante. Dará uma chance de reabilitação para os exilados no ISM (Instituto de Segurança Máxima). Isso mudará sua vida completament...