Capítulo 29

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Naquela manhã, fomos todos para o julgamento de Lisa. Seria no Grande pátio, todos os funcionários e convidados do palácio estariam presentes. Phillip eu fomos juntos, eu estava nervosa, nunca tinha visto algo assim, e o pior, eu e Phillip veríamos de perto, pois éramos as vítimas

Chegamos ao pátio, ele segurava minha mão, na tentativa de me fazer ficar calma; confesso que não ajudou muito. Nós subimos no palanque; onde estavam o Rei e a Rainha, logo a frente, uma cadeira e um pouco mais ao lado um pedestal, com o microfone. Nos sentamos e o Rei deu início.

-Bom dia à todos! -Começou – Nesta manhã, estamos todos reunidos para julgar a senhorita Lisa Colleen, devido ao ocorrido da manhã retrasada. Lisa sequestrou meu filho, príncipe Phillip e o fez de refém por muitas horas. A senhorita Skiller, bravamente, resolveu ajudá-lo, Lisa quebrou seu braço e a trancou, junto de Phillip. E se não tivéssemos encontrado os dois, Lisa teria os matado. Por isso, devo dizer que não aceitamos traição à família real. Lisa será condenada à morte.

Vi o espanto do povo. Olhei para Phillip, ele engoliu seco e trocou o olhar, por minha vez, apertei sua mão, nervosa.

-Senhorita Colleen, tem algo a dizer? – Como ela estava algemada, um mordomo colocou o microfone próximo à sua boca.

-Quero que todos vocês vão para o inferno! – Falou, com raiva – E se eu pusesse, faria tudo de novo!

Todos se calaram e observaram aquela cena de ódio e raiva. O Rei disse mais algumas palavras, mas não consegui ouvir, meu nervoso atrapalhava em minha audição. Vi quando o General Nagel se aproximou com uma arma, Lisa estava sentada na cadeira, logo a frente. Ele apontou a arma para sua cabeça e vi que Phillip estava aflito, ele já havia presenciado essa cena.

-Não olhe. – Ele disse, pressionando meu rosto contra seu peito. E manteve os olhos na cena.

-Não faça isso com você, Phillip. Não precisa presenciar a cena de novo. – Retruquei.

-Você não precisa, mas eu tenho que ser forte.

-Então eu serei também. – Disse me soltando de seu braço.

Quando olhei, o General deu o tiro. Meu olhos vidraram e eu parei de respirar por alguns segundos, observando o sangue que escorria palanque a baixo. Foi a pior cena que já presenciei, pior do que os experimentos e brigas no ISM, pior do que ver Rachel caída no paralelepípedo, eu estava em choque, e mal consegui olhar para Phillip, quando ele me puxou para fora do local. Quando me dei conta, estávamos no Salão principal.

-Sunny? Está bem? – Disse, segurando minha mão.

-Eu nunca tinha...

-Eu sei. – Me abraçou – Eu tentei te avisar.

-É, fui teimosa.

-Como sempre. O que acha de um chá para acalmar-se? - Sugeriu-me.

-Seria ótimo.

-Vamos, então. - Contornou-me com seu braço.

Fomos para a sala da lareira. Phillip pediu que uma criada nos trouxesse chá. Nos sentamos no chão mesmo.

-Sobre o que quer conversar? – Ele disse.

-Qualquer coisa, desde que não envolva o que aconteceu com Lisa.

-Tudo bem. – Ele pensou e logo disse – Sabia que teremos uma festa?

-Festa?

-Sim. Na semana que vem. – Sorriu triste – Seria o aniversário de Justin.

-E vão comemorar? – Arqueei a sobrancelha.

-É uma homenagem. – Deu os ombros – Depois da festa, jogamos lírios no lago. É sempre assim...

-Ah. Bom, será minha "primeira festa do Justin" – Gesticulei com os dedos.

-Sim, acho que com você aqui, será mais divertido. Não se esqueça, durante a festa, deve usar uma máscara. – Limpou a garganta – Será um baile de máscaras.

-Tudo bem, mas por quê?

-Justin dizia que, quando fizesse 18 anos, faria uma baile de máscaras, para tentar conhecer alguma garota. – Riu fraco.

-E você quer fazer exatamente o que ele queria. – Sorri – Queria ter um irmão tão bom quanto você.

-Bom, - Limpou a garganta – você pode ter um marido assim. – Sorriu com malícia.

-Quem sabe? – Dei ombros e sorri.

-Talvez algum dia, eu tenha a sorte de tê-la, até que a morte nos separe.

-Não precisa de muito...

-Claro que precisa. Quero fazer as coisas direito. Mas saiba de uma coisa...

-O quê?

-Já tem meu coração. – Sorriu.

-E talvez, já tenha o meu. – Sorri e beijei-o.

-Sunny... – Disse – Se importa se eu for descansar um pouco?

-Claro que não. – Acariciei sua face e seus cabelos – Passamos por muita coisa, é bom que descanse um pouco.

-Devia fazer o mesmo.

-Farei. – Sorri.

-Então, vamos. Te levo até seu quarto. – Levantou e estendeu a mão para mim.

-Tudo bem. – Sorri e me levantei, com sua ajuda.

Subimos até meu corredor e fomos até a porta de meu quarto. Ele beijou minha testa, Sorriu e deixou os corredores. Entrei e, estava exausta, então dormi.

Sunshine (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora