Capítulo 17

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Na manhã seguinte, fui embora do quarto antes que Judje acordasse, pois tinha combinado de me encontrar com Phillip antes do café. Me troquei o mais rápido possível. Em seguida, desci para o segundo andar e entrei no quarto 27, que foi o combinado pelo diálogo na janela. Abri a porta e não vi ninguém.

-Phillip? -Sussurrei, entrando no quarto.

-Oi! -Disse ele, batendo a porta e me dando um susto.

-Phillip! -Falei, rindo.

-Como vai, pimentinha?

-Pimentinha?

-Sim, seu novo apelido!

-Jura? -Ri.

-Sim. – Riu se aproximando.

-Eu estava com saudade. -Sorri, colocando as mãos sobre seu peito.

-Pois é, foram longas 24 horas. -Ele riu.

-Exatamente. – Sorri e ele me beijou.

-Tenho um presente para você. -Sussurrou, após o beijo.

-Sério? -Sorri.

-Sim, -Disse ele, retirando um pequeno embrulho do bolso – aqui está, espero que goste.

-Okay,-Respondi rasgando a pequena embalagem – um gloss sabor cereja?

-Sim, assim posso juntar duas coisas que eu adoro! – Sorriu.

-E o que? – Arqueei a sobrancelha.

-Cerejas e seus beijos. -Deu um sorriso malicioso.

-Super inteligente. – Sorri e dei um tapa em seu braço.

-E você não vai experimentar? -Disse ele, após alguns segundos de silêncio.

-Okay! – Ri e fui em direção a um grande espelho, preso na parede e passei o gloss -Pronto!

-Okay. – Sorriu – Agora eu quero provar.

O encarei, confusa, e ele se aproximou. Em questão de segundos eu estava envolvida em seus braços, sendo beijada com delicadeza e ao mesmo tempo, selvageria. Ele era alto, o que me fazia ficar na ponta dos pés, e quando eu já perdia o equilíbrio, ele me empurrou contra a parede, enquanto osculava meus lábios, assim, pousou suas mãos em minha cintura. Já sem fôlego, parei o beijo.

-Adorei o sabor do seu gloss. -Segredou em meu ouvido.

-Você é louco. – Falei, baixo.

-Louco por você. -Sorriu.

-Phillip, temos que ir com calma. -Acariciei eu rosto.

-Eu sei, até porque o seu propósito aqui, é outro.

-Sim. E eu não quero te prejudicar.

-Eu sei, mas, eu posso te fazer uma pergunta?

-Claro.

-Acha que daríamos certo?

-Isso não depende só de mim, Phillip.

-Mas se tivéssemos algo, tentaria fazer dar certo?

-Eu faria de tudo. -Sussurrei.

-Ótimo. – Cochichou – Porque eu faria o mesmo.

-Eu sei que faria. -Sorri.

-Acho que já temos quer ir. -Disse ele, olhando para o relógio.

-Sim, temos que ir.

Ele abriu a porta e espiou o corredor, para checar se havia alguém vindo. Assim que afirmou que estaríamos seguros, saí. Nos despedimos e seguimos por caminhos diferentes. Entrei no salão, onde as meninas já esperavam pelo café, e me sentei ao lado de Judje, que pela primeira vez, se sentou na minha "mesa solitária".

-Desculpa ter saído antes de você acordar.

-Não há porquê se desculpar. Me diverti muito ontem! -Sorriu.

-Que bom que gostou. -Sorri – Está melhor?

-Sim, muito melhor.

Anunciaram a chegada da família real, Phillip estava radiante, e quando ele piscou para mim, não contive o riso, porém, regulei o volume e consegui ser discreta. Começaram a servir o café. Eu tomava chá de erva doce, enquanto comia um pedaço de bolo de maçã e canela. Judje optou por torradas e geleia.

-Estão namorando?- Perguntou.

-O quê? -Engasguei.

-Você e o Phillip.

-Não!

-Outro dia, eu estava lendo, de madrugada, e quando olhei pra janela, vi vocês se beijando, na piscina.

-Não era eu.

-Ah, Sunny! Não precisa mentir pra mim.

-Tá! -Revirei os olhos – Nos beijamos, mas não estamos namorando.

-Aí isso é tão empolgante. -Suspirou – Acha que ele sente algo por você?

-Talvez sim.

-E você, sente algo por ele?

-Talvez sim. -Ri.

-Tem medo do Rei Dilan?

-Muito. Acho que ele jamais aceitaria. Sabe, eu sou paranormal. Phillip é um príncipe! Seria inaceitável. -Engoli um pedaço do bolo.

-Você é muito mais bonita, - deu um gole no chá – e muito mais inteligente do que as princesas que conhecemos naquela festa.

-Obrigada. -Sorri.

-Você... Acha que vamos conseguir socializar na cidade, novamente?

-Sim. É só lembrar, nada vai se resolver se uma de nós sair queimando ou congelando tudo. -Ri.

-Eu tenho conseguido me controlar, mas ontem eu passei dos limites. Minha criada alertou o príncipe sobre o ocorrido no meu quarto. Mais tarde ele irá com um arquiteto pra ver o que será concertado. -Riu.

-Ele não me contou sobre isso. -Ri.

-Pode deixar, não sou a Rachel, não darei em cima dele.

-Eu sei que não. Nem posso acreditar no que houve com a Rachel. – Coloquei o cabelo atrás da orelha.

-Nem eu. – Limpou a garganta – Disseram que encontraram uma carta, em seu quarto, mas o Rei está avaliando-a pra ver se o que foi escrito pode ser divulgado.

-Deve ter coisas horríveis escritas. -Supliquei.

-Talvez sim, talvez não.

Foi quando a família real se levantou, para assim, se retirar. Olhei para Phillip e pisquei, ele sorriu e se retirou do salão. Em seguida, eu e Judje nos retiramos também.

Sunshine (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora