Capítulo 34

31 2 0
                                    


Dias e mais dias se passaram, tudo estava pronto. Eu me olhava no espelho, enquanto Hanna trançava o espartilho do grande vestido que eu usava. Dezenas de borboletas rodopiava em meu estômago e eu estava tão nervosa, que chegava a tremer.

-Esta tudo bem, Sunny?

-Sim, só estou nervosa.

-Eu sei. – Riu e se posicionou ao meu lado – Mas não se preocupe, você é a noiva mais linda que já vi.

-Ah Hanna! – Abracei-a, emocionada – Eu nem sei como te agradecer.

-Não precisa! Até porque, poder servir a futura rainha já é muito. – Sorriu.

-Muito obrigada, mesmo. – Sorri.

Ouvi o abrir da porta e direcionei meus olhos à mesma. Era Jenna.

-Sunny, você está... – Ela tapou a boca com as mãos, emocionada, piscando rápido para não deixar as lágrimas caírem.

-Acho que vou enfartar. – Falei, jogando-me na poltrona.

-Creio que não vai. – Riu Jenna, com os olhos brilhantes – Aliás, tem um noivo te esperando.

-Jenna, quero que saiba, claro, antes de eu morrer com um enfarto, que você está linda, e eu estou feliz que esteja comigo, neste momento importante.

-Ei, - Ela disse, se ajoelhando em minha frente – eu estaria contigo, mesmo que fosse o pior momento de sua vida. – Argumentou, desabando em lágrimas e me abraçou, fazendo-me deixar algumas lágrimas despencar.

-Senhoritas, sei que estão muito emocionadas, mas... Está na hora. – Interrompeu, Hanna.

-Ai. Meu. Deus. – Falei, me levantando.

Saí do quarto, havia uma dúzia de guardas me esperando. Assim, seguimos, seis guardas, alinhados em pares, na minha frente, e do mesmo modo, outros seis guardas seguiam atrás de mim. Desci as escadas, uma por uma, delicadamente, para que não tropeçasse no vestido bufante, e assim, parei em frente a grande porta que antecipava o salão principal, onde aconteceria a cerimônia.

Jenna chegou minutos depois, Judje também estava lá, ambas tentavam me acalmar, mas meu coração parecia pular pela boca. Dilan e Melanie já tinham entrado, e daqui à alguns minutos eu entraria por aquela porta. Justin chegou ao local, ele quem me acompanharia até o altar, estava com meu buquê em suas mãos.

-Acho que isso pertence à você. – Sorriu, entregando-me o arranjo de rosas.

-Obrigada. – Agradeci com a voz trêmula.

-Vai dar tudo certo. – Sorriu, tentando me acalmar.

-Está pronta, Senhorita Skiller? – Diz um guarda.

-Sim. – Digo, tentando manter a confiança.

Ouço a marcha nupcial, e meu coração dispara. De repente a porta se abre e vejo centenas de olhos me encarando. Dou o primeiro passo, Justin me acompanha, me concentro em não cair, enquanto sorrio para os convidados. Me aproximando mais, levanto o olhar e vejo Phillip, com um extenso sorriso nos lábios e olhos brilhantes, está elegante, com muitas medalhas e ombreiras douradas.

Chegando ao altar, Justin me entrega à Phillip, que beija o dorso de minha mão e me ajuda a subir o pequeno degrau, logo me coloco ao seu lado, para dar início a cerimônia. O bispo nos olha e dá início ás palavras.

-Boa tarde à todos presentes. Hoje, estamos aqui para unir Phillip Lee Allen e Sunny Skiller. – Começou, e eu estava tão nervosa que mal prestei atenção nas primeiras coisas que disse. Voltei a me concentrar quando eu e Phillip deveríamos "interagir".

-Sunny e Phillip, viestes aqui para celebrar o vosso Matrimónio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?

-Sim. – Respondemos.

Respondemos sim mais algumas vezes, até que damos início aos nossos votos. Phillip começou.

-Sunny, minha princesa, minha Rainha... São tantos apelidos que definem o quão importante foi para mim, desde o início. Me lembro de quando chegou. Era a número doze. Vi suas madeixas cobreadas quando desceu do carro, e seu jeito atrapalhado me fez rir. Naquele momento era apenas uma garota à quem eu devia temer, mas quando vi você, urrando de dor no jantar, assustada com o que estava acontecendo, vi que você era tão inocente e humana como qualquer um, e mesmo com um punhado de guardas tentando me impedir, te ajudei, porque era tão dolorido, ver sua dor e me sentir impotente. – Respirou e continuou – Á cada dia seu sorriso me surpreendia e, naquela noite, quando nos beijamos pela primeira vez, senti que você seria meu tudo, e que eu não poderia abandoná-la. Foram beijos e mais beijos, risos e mais risos, olhares e mais olhares. Já era muito tê-la em minha vida, muito mais do que tudo que eu conseguiria sendo rei. Você foi, e sempre será o maior motivo dos meus sorrisos, eu te amo, e não há palavras que possam expressar tudo o que sinto por você, porque tudo o que eu disser nunca será o suficiente, você representa muito, representa tudo em mim.

Olhei em seus olhos, que brilhavam ao ver as lágrimas escorrem nos meus e dei início aos meus votos.

-Sempre odiei a ideia de te chamar de Alteza, e você, mais do que ninguém, sabe disso. – Ri fraco, limpando as lágrimas – Então, irei me referir à você com o mais belo nome de todos, o seu.- Sorri -Phillip, o mimado que aparecia em todos os artigos de revista, como o grandioso herdeiro de Wilbit. Nunca pensei que eu chegaria a conhecê-lo, ou que um dia fosse me apaixonar por aquele ganancioso, cheio de medalhas. Mas tudo muda, inclusive meus conceitos. Eu daria mil motivos, ou mais, para mostrar o quão errada eu estava em relação à você, mas um único motivo basta, o amor. O amor mudou tudo em mim, e todo esse amor veio com pequenas atitudes; atitudes da qual somente um príncipe corajoso seria capaz. Quanto mais eu me aproximava, mais era inevitável a vontade de te ver, você estava em tudo, na minha cabeça, em livros, palavras... Estava sempre ali, para quando eu precisasse, e isso foi importante para mim. Eu disse uma vez, e direi mais um milhão de vezes, se necessário: Você me trouxe de volta a vida; me trouxe o Sol; a chuva; o ar e tudo o que eu não podia ter; e eu sempre te amarei por esse simples motivo. Mas além de tudo, você foi minha fortaleza, e meu maior medo é te perder. Eu te amo, e tudo o que precisa saber, é que a partir de hoje, eu estarei aqui, quando tudo desmoronar, serei seu porto seguro; seu tudo; seu nada; porque meus dias só são completos, quando posso dividi-los com você.

Phillip estava emocionado, assim como eu, mas antes que dissesse algo, o bispo continuou. Logo em seguida, convidou Phillip a dizer alguns votos.

-Eu, Phillip, - Dizia, conforme o bispo ditava - recebo-te por minha esposa a ti Sunny, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

Era minha vez.

-Eu, Sunny, recebo-te por meu esposo a ti Phillip, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

O bispo abençoou as alianças e prosseguimos.

-Sunny, - Disse Phillip, com a aliança em mãos e sorriso nos lábios - receba esta aliança, como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. – Terminou, colocando o anel em meu dedo.

-Phillip, - Prossegui, segurando a aliança – receba esta aliança, como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. – Encaixe a aliança em seu anelar.

Bispo nos deu a benção final e finalizou.

-Eu voa declaro, marido e mulher. Rei e Rainha. Pode beijar a noiva. – Sorriu para Phillip.

Ele me beijou e a multidão aplaudiu. Era apenas o começo. O começo de tudo, o primeiro de todos nossos dias juntos, como um só. Naquele momento, pela primeira vez, pude acreditar em finais felizes; não porque eu vivia um conto de fadas, mas porque eu descobri que, quando uma porta se fecha, outra se abre. Eu o amava, ele me amava e dali em diante, pelo resto de nossas vidas, seríamos tudo, um para o outro. Agora, eu tinha uma família, eu tinha com quem contar.

-A partir de agora, é só minha. – Sussurrou para mim, ao fim do beijo.

-Só sua, e você será sempre, só meu. – Sorri.

Sunshine (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora