Capítulo 24

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 Hanna me acordou ás 6:30.

-Sunny, precisamos descer, O Rei Dilan convocou todas no salão principal.

-O que houve?

-Não sei, mas devemos descer, imediatamente.

-Tudo bem.

Ela me deu o roupão e assim descemos. Havia muitas pessoas, todos os funcionários do palácio, provavelmente. Depois de mim, chegaram mais algumas pessoas e assim, o Rei Dilan subiu ao palanque.

-Bom dia. – Ele disse, e pude notar que a rainha Melanie estava chorando, logo atrás – Quero que saibam que o mal feitor que souber sobre o caso e se calar diante da situação, será punido. Vim dar-lhes a notícia de que Phillip está desaparecido.

Ouvi uma grande algazarra, pessoas falavam, espantadas, alguns choravam, e outros juravam a morte do sequestrador de Phillip. Mas eu não sabia o que fazer. Estava com medo do que poderia acontecer, pois, havia várias hipóteses para esse sumiço, mas a única na minha cabeça era a de que o garoto de cabelos platinados, o mesmo que havia me arrastado para aquele quarto, tivesse matado-o.

Depois de um pequeno discurso, o Rei Dilan pediu para que, qualquer um que tivesse informações, lhe avisasse, e se retirou do salão. Então eu resolvi que deveria falar sobre o garoto, que havia me feito a proposta de matar o Phillip. Esperei que todas as garotas se retirassem do salão principal e segui pelos corredores até o escritório do Rei.

Parei na porta e respirei, antes de entrar, ensaiando o que dizer. Naquele momento, entendi o que Phillip disse, sobre ficar 20 minutos em frente a minha porta. Antes que eu pudesse entrar, ouvi os gritos que Dilan dava, conversando com Melanie, ou melhor, gritando com a pobre Majestade.

-Tenho certeza!

-Querido, mas não culpe-a, é uma boa moça! – Retrucou, defendendo alguém.

-Não vou permitir que aquela garota seja má influência! Olha o que ela fez com nosso filho! – Gritou.

-A culpa não é da Sunny! – A rainha gritou, protestando em minha defesa.

E foi assim que tomei coragem para me defender, e para contar o que eu sabia. Bati na porta e esperei que ela fosse aberta. Dilan me atendeu, e no mesmo instante, me olhou com desprezo.

-Entre, querida. – Disse a rainha, me acolhendo em seus braços.

-Não queria interromper, Majestade... – Disse, me desculpando.

-Não interrompe, com o que podemos te ajudar?

-Não sei se é um bom momento, Majestade, posso voltar outra hora... – Disse me virando para a porta.

-Não. – Dilan disse, com frieza – Está aqui. Agora diga.

-Dilan! Seja mais educado com ela. – Melanie ordenou.

-Tudo bem, Majestade. – Falei para a Rainha – Estou acostumada. Mas já que estou aqui, digo à vocês. – Respirei fundo, não sabia como começar. – Acho que sei o que houve com Phillip.

-Eu sabia que essa paranormal estava envolvida! – O rei gritou, me fazendo chorar, nervosa – Diga o que fez com meu filho!

-Dilan! Chega! – Pela primeira vez, vi a rainha gritando com ignorância – Chega de ser rude com ela! Ela pode ajudar a encontrar o meu filho! – Respirou fundo, contendo a raiva, e se direcionou a mim com equilíbrio, implorando por respostas. – Diga, querida, o que sabe de Phillip?

-Há alguns dias, fui presa em um dos quartos, - Solucei – um garoto de cabelo louro, platinado, fez isso comigo. – Indaguei, contendo-me e continuei – Ele queria que eu o ajudasse a matar Phillip, mas eu fugi. Eu não contei antes porque fui ameaçada. Me desculpe, eu devia ter dito antes. – Abaixei a cabeça, apoiando-a em minhas mãos e meu choro cobriu silêncio.

-Ah, meu Deus! – A rainha me abraçou. – Não chore, encontraremos esse garoto.

-Matarei ele! -O rei gritou.

Dilan saiu da sala, furioso, e Melanie pediu que eu fosse descansar em meu quarto, pois eles mandariam fazer buscas e mais buscas. Obedeci e fui corredores a dentro. Passei por algumas salas, em que as garotas costumam ficar, mas naquele dia, todas resolveram se calar em seus quartos. Subi as escadas, que eu já havia me acostumado a subir, e fui para o meu quarto. Tudo estava escuro, janelas fechadas, tudo fechado, Hanna esperava por mim.

-Hanna, porque toda essa escuridão?

-Ordens do Rei. – Deu os ombros.

-E que diferença isso vai fazer? – Revirei os olhos.

-Não sei. Mas são ordens. "Quem pode manda, quem tem juízo, obedece" -Ela disse, fazendo aspas com as mãos.

-Okay. – Dei ombros e me joguei na cama.

-Acha que o mataram? – Ela perguntou, indiscreta.

-Hanna! Não! De onde tirou isso?

-Desculpe, foi só uma hipótese. – Ela se levantou e seguiu para a porta.

-Onde vai?

-Preciso buscar algumas coisas na dispensa.

-Okay.

Hanna saiu. Eu estava entediada, não tinha absolutamente nada a fazer. Fui para a janela, eram ordens do Rei, porém, eu precisava fazer algo. Levantei uma frestinha da cortina e espiei. Havia muitos guardas, do lado de fora, todos armados e prontos para qualquer coisa. Olhei ao redor e todas as janelas estavam fechadas com as cortinas, exceto uma, a de Phillip. Havia um bilhete preso ao vidro, nele estava escrito "Quarto 15".

Sunshine (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora