Capítulo 25

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-Saia da janela, Sunny! – Foi o que Hanna disse ao chegar, me assustando.

-Eu já volto. – Disse, saindo da janela e seguindo para a porta.

-Onde está indo?

-Não vou demorar. Juro.

Corri pelos corredores e escadas à baixo, o quarto quinze ficava um corredor antes do "famoso quarto 27", já tinha passado por lá diversas vezes. Não parei por um segundo e quando avistei a porta 15, minha mão já se preparava para gira a maçaneta. Não hesitei e entrei no quarto.

-Phillip! – Gritei, procurando-o com os olhos enquanto recuperava o fôlego.

-Sabia que viria. – Disse alguém, batendo a porta.

Dessa vez era uma mulher, a voz era extremamente particular. Os cachos dourados pendiam para fora do capuz e naquele segundo, eu soube quem era.

-Lisa? – Perguntei.

-Oi, Sunny. – Disse, tirando o capuz.

-O que está fazendo?

-Me livrando de vocês! Garotas estúpidas! – Disse se aproximando. -Eu sei o que quer! – Abriu a porta do closet, lá estava Phillip, amarrado pelos pés e mãos.

-Phillip!

-Mas eu tenho uma proposta. – Sorriu – Quer ele vivo? Então volte para o ISM.

-Por que está fazendo isso, Lisa?

-Você acha que eu não vi o jeito que me olhava no primeiro jantar? Com desprezo. E agora quer ficar com o meu príncipe? – Me empurrou.

-Eu? Não acredito que está fazendo essa confusão toda por causa disso! Pare de ser infantil.

-Não deveria falar assim comigo! – Gritou – Quer acabar como a Rachel?

-Foi você?- Disse, assustada.

-Ela me humilhou! Na frente do príncipe!

-Você matou ela! Você só pode ser louca!

-Eu não sou louca! – Se aproximou, com agressividade. Levantei minha mão para tentar atingi-la e no mesmo instante, ela agarrou-a, com uma força descomunal e pude sentir o estalo de ossos.

-Minha mão! – Gritei, apavorada.

Ela soltou e eu senti uma dor imensa, mal conseguia mexe-la. Ela havia quebrado meu pulso.

-Não sairá mais daqui, já que eu sou louca. – Disse ela me pegando pelo braço e me jogando no closet, também.

-Me solte! Eu sei que você não é assim, Lisa. – Eu chorava de dor.

-Não me diga quem eu sou. – Disse, amarrando-me pelos pés e logo em seguida, pelas mãos, sem sequer ligar para meu pulso, que aquele momento, já estava inchado.

-Lisa! – Gritei, antes de ela fechar a porta do grande closet, trancando-nos lá.

Phillip me olhava, apavorado, enquanto eu chorava desesperadamente. Em sua boca, um pano vermelho impedia-o de falar. Os olhos, assustados, pediam por ajuda, e eu sabia que eu já não era a única assustada. Ainda chorando, me arrastei para perto dele, e ele fez o mesmo, até que ficássemos lado a lado. Ele se virou e puxou minhas mãos, a dor foi imensa, mas logo vi que ele estava desamarrando as cordas de meu pulso. Quando soltou-me, desamarrei seus pulsos também, o que demorou mais, pois minha mão direita estava muito machucada.

Quando estávamos totalmente livres de cordas, ele me abraçou, pressionando-me contra seu peito, me trazendo conforto e segurança.

-A gente vai sair daqui. Eu prometo. – Ele falou, entre o choro, segurando meu rosto.

-Eu sei que vamos. – Solucei.

-Obrigado, por tentar.

-Eu devia ter feito algo.

-Você fez. Agora vou tentar tirar a gente daqui.

Ele se levantou, se afastou um pouco da porta e chutou-a com força, na tentativa de arromba-la, repetiu a ação várias vezes mas não adiantou.

-Ela deve ter colocado algo mais forte na fechadura. Estamos presos. – Disse, sentando-se ao meu lado, desapontado.

-Temos que esperar, vão encontrar a gente. – Olhei para meu pulso, que estava extremamente roxo.

-Sunny! Está péssimo... – Ele disse olhando para meu pulso.

-Eu sei...

-Já sei. – Ele se aproximou – Com licença – Disse e com cuidado, e ao mesmo tempo força, rasgou a barra de meu vestido.

-O que está fazendo? – Perguntei.

-Me dê seu braço. – Estiquei o pulso, com cuidado – Isso pode doer um pouco... – Ele disse e amarrou a tira que tinha arrancado de vestido, em meu pulso.

-Isso dói muito! – Gritei.

-Me desculpe. – Disse, terminando de enrolar meu braço.- Precisa imobilizar, para não piorar.

-Tudo bem. – Sorri triste.

-Ainda está brava comigo? – Ficou sério.

-Me desculpe... Eu sei que não foi sua intenção. – Olhei em seus olhos.

-Não foi, mas eu não devia nem ter dito.

-Todos cometem erros. Inclusive príncipes.

Me deitei no chão, e logo, Phillip, se deitou ao meu lado.

-Por que veio até aqui? Sabia que tinha algo errado, que poderia se machucar, que as coisas podiam dar errado. – Ele disse, olhando para o teto.

-Lembra de quando me perguntou, se eu faria de tudo, para que as coisas entre nós dessem certo? – Olhei para ele.

-Sim... – Me olhou.

-Eu faria de tudo por você, aliás, farei. Por isso estou aqui. E antes, eu estava com medo, mas agora, quero que saiba que eu te amo. E sempre que precisar, eu vou estar com você, Phillip.

-Eu sei que vai. – Sorriu e me beijou, delicadamente. – Eu te amo.

-Eu também te amo! – Sussurrei – Te amo muito!

Sunshine (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora