-Saia da janela, Sunny! – Foi o que Hanna disse ao chegar, me assustando.
-Eu já volto. – Disse, saindo da janela e seguindo para a porta.
-Onde está indo?
-Não vou demorar. Juro.
Corri pelos corredores e escadas à baixo, o quarto quinze ficava um corredor antes do "famoso quarto 27", já tinha passado por lá diversas vezes. Não parei por um segundo e quando avistei a porta 15, minha mão já se preparava para gira a maçaneta. Não hesitei e entrei no quarto.
-Phillip! – Gritei, procurando-o com os olhos enquanto recuperava o fôlego.
-Sabia que viria. – Disse alguém, batendo a porta.
Dessa vez era uma mulher, a voz era extremamente particular. Os cachos dourados pendiam para fora do capuz e naquele segundo, eu soube quem era.
-Lisa? – Perguntei.
-Oi, Sunny. – Disse, tirando o capuz.
-O que está fazendo?
-Me livrando de vocês! Garotas estúpidas! – Disse se aproximando. -Eu sei o que quer! – Abriu a porta do closet, lá estava Phillip, amarrado pelos pés e mãos.
-Phillip!
-Mas eu tenho uma proposta. – Sorriu – Quer ele vivo? Então volte para o ISM.
-Por que está fazendo isso, Lisa?
-Você acha que eu não vi o jeito que me olhava no primeiro jantar? Com desprezo. E agora quer ficar com o meu príncipe? – Me empurrou.
-Eu? Não acredito que está fazendo essa confusão toda por causa disso! Pare de ser infantil.
-Não deveria falar assim comigo! – Gritou – Quer acabar como a Rachel?
-Foi você?- Disse, assustada.
-Ela me humilhou! Na frente do príncipe!
-Você matou ela! Você só pode ser louca!
-Eu não sou louca! – Se aproximou, com agressividade. Levantei minha mão para tentar atingi-la e no mesmo instante, ela agarrou-a, com uma força descomunal e pude sentir o estalo de ossos.
-Minha mão! – Gritei, apavorada.
Ela soltou e eu senti uma dor imensa, mal conseguia mexe-la. Ela havia quebrado meu pulso.
-Não sairá mais daqui, já que eu sou louca. – Disse ela me pegando pelo braço e me jogando no closet, também.
-Me solte! Eu sei que você não é assim, Lisa. – Eu chorava de dor.
-Não me diga quem eu sou. – Disse, amarrando-me pelos pés e logo em seguida, pelas mãos, sem sequer ligar para meu pulso, que aquele momento, já estava inchado.
-Lisa! – Gritei, antes de ela fechar a porta do grande closet, trancando-nos lá.
Phillip me olhava, apavorado, enquanto eu chorava desesperadamente. Em sua boca, um pano vermelho impedia-o de falar. Os olhos, assustados, pediam por ajuda, e eu sabia que eu já não era a única assustada. Ainda chorando, me arrastei para perto dele, e ele fez o mesmo, até que ficássemos lado a lado. Ele se virou e puxou minhas mãos, a dor foi imensa, mas logo vi que ele estava desamarrando as cordas de meu pulso. Quando soltou-me, desamarrei seus pulsos também, o que demorou mais, pois minha mão direita estava muito machucada.
Quando estávamos totalmente livres de cordas, ele me abraçou, pressionando-me contra seu peito, me trazendo conforto e segurança.
-A gente vai sair daqui. Eu prometo. – Ele falou, entre o choro, segurando meu rosto.
-Eu sei que vamos. – Solucei.
-Obrigado, por tentar.
-Eu devia ter feito algo.
-Você fez. Agora vou tentar tirar a gente daqui.
Ele se levantou, se afastou um pouco da porta e chutou-a com força, na tentativa de arromba-la, repetiu a ação várias vezes mas não adiantou.
-Ela deve ter colocado algo mais forte na fechadura. Estamos presos. – Disse, sentando-se ao meu lado, desapontado.
-Temos que esperar, vão encontrar a gente. – Olhei para meu pulso, que estava extremamente roxo.
-Sunny! Está péssimo... – Ele disse olhando para meu pulso.
-Eu sei...
-Já sei. – Ele se aproximou – Com licença – Disse e com cuidado, e ao mesmo tempo força, rasgou a barra de meu vestido.
-O que está fazendo? – Perguntei.
-Me dê seu braço. – Estiquei o pulso, com cuidado – Isso pode doer um pouco... – Ele disse e amarrou a tira que tinha arrancado de vestido, em meu pulso.
-Isso dói muito! – Gritei.
-Me desculpe. – Disse, terminando de enrolar meu braço.- Precisa imobilizar, para não piorar.
-Tudo bem. – Sorri triste.
-Ainda está brava comigo? – Ficou sério.
-Me desculpe... Eu sei que não foi sua intenção. – Olhei em seus olhos.
-Não foi, mas eu não devia nem ter dito.
-Todos cometem erros. Inclusive príncipes.
Me deitei no chão, e logo, Phillip, se deitou ao meu lado.
-Por que veio até aqui? Sabia que tinha algo errado, que poderia se machucar, que as coisas podiam dar errado. – Ele disse, olhando para o teto.
-Lembra de quando me perguntou, se eu faria de tudo, para que as coisas entre nós dessem certo? – Olhei para ele.
-Sim... – Me olhou.
-Eu faria de tudo por você, aliás, farei. Por isso estou aqui. E antes, eu estava com medo, mas agora, quero que saiba que eu te amo. E sempre que precisar, eu vou estar com você, Phillip.
-Eu sei que vai. – Sorriu e me beijou, delicadamente. – Eu te amo.
-Eu também te amo! – Sussurrei – Te amo muito!
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Sunshine (Completa)
RomancePhillip, o futuro rei de Wilbit, cria um projeto que irá provar para o seu futuro povo, e para si, que será um bom governante. Dará uma chance de reabilitação para os exilados no ISM (Instituto de Segurança Máxima). Isso mudará sua vida completament...