Eram quase 14:00 quando um mordomo entrou no salão principal e pediu que eu o acompanhasse. Segui o mesmo, que andava ás pressas. Quando chegamos até o escritório do rei, ele abriu a porta para que eu entrasse. Coloquei os pés sala a dentro e aguardei.
-Senhorita Skiler...
-Pois não, Majestade. - Reverenciei-o.
-Sente-se por favor. -Disse ele, apontando para a cadeira.
-Obrigada. -Me sentei e entrelacei meus dedos, nervosa.
-Creio que a senhorita não sabe o que faz aqui.
-Não, Majestade.
-Então suponhamos que... Uma mocinha de fios avermelhados, tenha passado a madrugada com meu filho.
-Majestade, nós só...
-Ainda estou falando. -Interrompeu – Suponho que essa tal mocinha tenha beijado-o. É verdade, senhorita?
-Sim, mas nós só...
-Silêncio!- Gritou, interrompendo-me – Não quero que se repita. Meu filho não terá um relacionamento amoroso com uma paranormal. Jamais! Sangue real corre em suas veias e não permitirei que a senhorita seduza-o.
-Mas, Majestade...
-Retire-se! -Apontou para a porta. Então eu me levantei e saí.
Voltei para o salão, abalada. Sentei numa poltrona e retornei a leitura. Judje me olhava, mas não se atrevia a vir até mim, foi quando decidi que eu iria até ela.
-Olá- Eu disse, enquanto me sentava na poltrona ao seu lado.
-Oi, Sunny! -Ela sorriu.
-Eu queria te agradecer...
-Agradecer? -Ela arqueou a sobrancelha esquerda.
-Sim, se você não tivesse aparecido no banheiro, ela teria me matado.
-Ah! Não há de quê, aliás, já faz dias.
-Eu sei, queria ter vindo falar com você antes, mas eu ainda estava muito abalada com tudo isso.
-Saiba que pode contar comigo. -Ela sorriu e colocou sua mão sobre a minha.
-Te digo o mesmo. -Sorri -Bom... Dê-me licença. -Me levantei e deixei o salão.
Queria um pouco de privacidade, ficar em paz, pensar nas coisas que havia acontecido nos últimos dias e olhar para o meu interior. Fugi para a sala da lareira, pouca pessoas a frequentavam, e aparentemente, ninguém com quem eu tivesse intimidade.
Me sentei no chão, eu gostava da textura do tapete, era fofinho e tinha cheiro de rosas. Durante algum tempo, observei a sala; as paredes eram cheias de quadros, as cortinas tinham pequenos desenhos; que eu nunca tinha notado, e olhando para o teto, vi o grande lustre que pendia no centro. Me deitei. Enquanto encarava o teto, pensava nas palavras do Rei Dilan. Não era totalmente minha culpa, talvez ele fosse muito exagerado, um beijo não significa nada. Eu estava exausta, e acabei adormecendo ali mesmo, sobre tapete felpudo.
Acordei com alguém chamando por meu nome e me chacoalhando, era Phillip. Levantei-me rapidamente.
-Oi, Bela Adormecida. -Ele sorriu.
-Não faça isso.
-O quê? -Arqueou a sobrancelha.
-Não me dê apelidos!
-Mas eu achei que nós...
-Achou errado. -Interrompi – Temos que parar com isso.
-Sunny, do que está falando?
-Apelidos, passar tardes juntos, piqueniques noturnos, beijos...
-Eu pensei que você...
-Não. -Falei, sem pensar- Dê-me licença.
Me retirei o mais rápido possível. Não queria ter que explicar o que tinha acontecido. Se eu dissesse que seu pai tinha me intimidado, talvez eu causasse alguma discussão. Eu não queria morrer como Justin! Saí para o Jardim, onde a paisagem me acalmava; eu gostava de Tulipas, e aquele jardim era repleto delas. O vento soprava e a única coisa que vinha em meu pensamento era Phillip, eu não queria magoá-lo, não queria ficar longe dele, mas eu não queria causar problemas.
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Sunshine (Completa)
RomansaPhillip, o futuro rei de Wilbit, cria um projeto que irá provar para o seu futuro povo, e para si, que será um bom governante. Dará uma chance de reabilitação para os exilados no ISM (Instituto de Segurança Máxima). Isso mudará sua vida completament...