Meu Devaneio, Sua Loucura, Nossa Paixão

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 O amor é a flor mais espinhosa do

jardim da esperança. – Anônimo

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~ Narrador ~

Maria fora muito infeliz em suas palavras, e Estêvão se sentiu como um objeto, se sentiu usado por ela, logo por ela, a mulher que ele amava, e que achava que fosse perfeita.

— San Roman... – Segurava seu braço. – Não é isso que você tá pensando! – Ele se soltou.

— Como não Maria? – Sua voz se encontrava um pouco elevada. – Então eu sou louco, e não escutei direito o que você disse? – Caminhava de um lado para o outro. – Claro, muito conveniente pra você, chifre trocado não dói né!

— San Roman, dá pra você me escutar!

Maria tinha um jeito meio mandão, e depois de insistir, conseguiu fazê-lo escutar.

— Eu não te usei não, tudo que aconteceu naquele quarto foi lindo demais, e eu jamais vou me esquecer de como fui feliz ali contigo...

— Claro – a cortou – depois que sentiu vingada. – Desdenhou.

— Estêvão – respirou fundo – todas as vezes que você me beijou, eu não me senti mal pelo beijo, eu não tentei te evitar porque não te queria por perto, mas porque poderia estar sendo infiel a ele, porque pensei que fosse a única em sua vida, e seria injusta com ele ficando com você, era isso que passava na minha cabeça. Há muito tempo eu quis estar nos seus braços, eu não quis ser sua ontem, esse desejo já existe dentro de mim... Talvez desde a primeira vez que você me beijou. E eu agradeço ao desgraçado do Sérgio por ter deixado o maldito celular em cima da cama, fazendo com que eu visse aquela mensagem, pois graças a isso, eu tive coragem de te ligar, e você me proporcionou a melhor noite da minha vida! – Concluiu.

Ele analisava atentamente cada palavra que ela dizia, e depois de algum tempo, falou alguma coisa, por fim.

— Você me chamou de Estêvão?

— Eu não acredito? Eu abri meu coração pra você, e a única coisa que você ouviu, foi que te chamei de Estêvão?

Os dois riram.

— Tô brincando Maria. – Cessou os risos. – Eu acredito em você, eu acredito em você, e sei que você não me usaria pra esse tipo de coisa. – Acariciou sua face.

— Que bom que você acredita em mim, você não sabe como eu me senti nesses minutos.

— Desculpa.

— Não me peça desculpas, eu entendo o que você sentiu, no seu lugar imaginaria a mesma coisa.

O sol já havia se posto, e já estava escuro, e os dois permaneceram ali conversando, como dois bons amigos, ou melhor, mais que amigos, ou talvez seja uma amizade colorida, enfim, seja o que for.

— Você é a mulher mais linda que eu tive o prazer de conhecer. – Mexia em seus cabelos.

— Eu não sou tão bonita assim San Roman, você está me deixando com vergonha. – Sorriu tímida.

Ele segurou seu queixo, ia beijá-la, mas ela o impediu.

— Aqui não, alguém pode nos ver, e você sabe o que pode acontecer.

— Seu marido e sua mãe não estão em casa.

— Mas nem por isso devemos nos arriscar, tem empregados em cada centímetro desta casa, se eles se quer cogitarem que estamos juntos, pra minha mãe e Sérgio saberem, não demora muito.

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