Ah Vida, Sempre Surpreendendo

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Pessoas são como as flores

você pode cuidar de todas as tuas flores

oferecendo sempre a mesma água todos os dias

por que não é exatamente o que você faz

que as deixará felizes

mas o tempo que você se dedica a elas. – Augusto Branco

****

Maria ficou chocada com a notícia que acabara de ouvir, ela não gostava de Babi, isso era um fato, mas ouvir a notícia de que havia sido morta em sua própria casa, deixaria qualquer um atordoado.

— Como assim San Roman? – Caminhava de um lado para o outro. – A Babi tá morta? Não pode ser verdade!

É... É difícil de acreditar, mas é a mais pura verdade. A casa dela já tá cheia de policiais, e tudo indica que ela foi assassinada.

Maria engoliu a seco, já tinha uma ideia do causador do ato diabólico.

— Estêvão, você precisa sair daí, eu tenho certeza que foi o Sérgio que matou a Babi, e pra fazer qualquer coisa com você ou com a Aninha, ele não vai mudar de roupa.

Maria...

— Por favor, Estêvão, aqui vocês vão estar mais seguros do que aí, Sérgio quer se vingar de nós, e já mostrou do que é capaz, e eu não suportaria se ele fizesse alguma coisa contra vocês.

Maria, você sabe que a sua mãe não gosta de mim, nem da Aninha, eu não quero causar mais problemas.

— Esquece a minha mãe San Roman, faça isso por mim... Pelo nosso filho...

Do outro lado da linha, Estêvão gelou ao ouvir da sua boca "nosso filho". Ele já sabia que era o pai de Enriquinho, mas a única coisa que ele queria, era ouvir essa confirmação de sua amada.

Ma... Maria, eu ouvi direito?

— Ouviu sim meu amor. Por favor, fica aqui comigo, eu não sei o que seria de mim se acontecesse algo com o pai do meu filho.

****

Não demorou muito para que Estêvão e Aninha chegassem à mansão. Quando eles chegaram, Maria os esperava, porém, todos os outros, assim como os empregados, já haviam se retirado.

— Cadê ele Maria? Cadê meu filho? – O procurava pela sala.

— Calma – ela segurou seus ombros – ele tá dormindo.

— Eu preciso ver meu filho, segurar ele nos meus braços e não soltar nunca mais.

— Eu te aconselho a não acordar ele agora, porque fazer dormir é uma missão quase impossível. – Brincou. – E você vai ter todo o tempo do mundo pra mimar nosso bebê. – Sorriu.

— Então é verdade? O Enriquinho é meu irmão? – Perguntou Aninha.

— É sim meu amor – passou a mão no cabelo dela – eu te disse isso, lembra?

— Eu me lembro, mas não sabia que você tava falando sério, quer dizer, eu não sabia se ele seria meu irmão de sangue.

— Será que você pode me explicar o que houve? – Ele pediu.

— Claro, acho que você merece uma explicação né.

Os três foram até o sofá mais próximo, e Maria lhes contou o que acontecera, o porquê dela ter feito o que fez. Ambos a olhavam pasmados, não conseguiam ver Sérgio como o monstro que se tornou, ou melhor, sempre foi, mas escondia isso de todos.

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