Descendentes - O Último Descendente

Epílogo - Kenny

Ocupar a antiga base dos especialistas em Las Vegas foi uma das melhores idéias que Kenny teve. E o melhor foi todos terem aprovado. As tecnologias e todos os recursos disponíveis tornavam o local perfeito para se estabelecer uma base de operações. Kenny se tornara o braço direito de Lucas, após a fuga da prisão. Para Kenny, era irônico voltar para o local de onde eles fugiram.

Todos os dias, cada vez mais descendentes se uniam à causa de Lucas, apesar dos esforços de Zach junto com o governo americano para unir os dois povos. Kenny odiava essa ideia, e Lucas também. "Lutaremos com todas as forças contra isso", dissera Lucas. Kenny estava disposto a fazer isso.

De repente, Oliver, um descendente elemental da água veio correndo em direção a Kenny. Oliver era o principal médico que eles tinham, e também Lucas o confiou outros experimentos mais delicados.

-Ei... então...- começou a falar Oliver ofegante.

-Respire rapaz! O que aconteceu?

-Chame...Lucas...o paciente...acordou!

Kenny não acreditara naquilo. Fazia cinco meses que aquele paciente estava em como, com queimaduras de 4° grau para cima. Seria impossível que alguém assim sobrevivesse, mas Lucas insistiu em cuidar daquele homem.

-Ele acordou - disse Kenny na porta de entrada da sala onde Lucas ficava, a antiga sala de Morgan.

-Ótimo! - disse Lucas se levantando de sua cadeira.

Eles seguiram em direção ao segundo subsolo, onde ficava a área médica.

-Sabe que foi um desperdício gastar recursos com aquele homem! - disse Kenny para Lucas - mas mesmo assim, como aquele homem continuou vivo?

Lucas apenas sorriu ligeiramente.

-Ele tem o mesmo motivo que eu para continuar vivo! O mesmo propósito! - disse Lucas.

-E qual seria?

-Vingança! Vingança é o maior dos motivos meu amigo! O maior dos propósitos!

Eles seguiram em direção a sala do paciente. Para Kenny, era difícil olhar para aquele homem. Todo o seu corpo estava queimado, dificilmente seria reconhecido por alguém. O braço direito e a pena esquerda tiveram que ser amputados. Deitado naquela maca, seria impossível dizer que aquele homem estava vivo. Apenas os olhos se moviam fracamente, e ele ainda respirava por aparelhos.

-Ele acordou - disse Kenny - mas ainda continua um morto.

-Ninguém está morto em meu exército! - disse Lucas para Kenny, e depois se virou para o paciente - qual o seu nome filho?

O paciente respirou fundo. O simples fato de tentar falar estava minando suas forças. Mas ele falou.

-Me...meu...no...nome...é...Klauss!

-E o que você deseja Klauss? - Perguntou Lucas com um sorriso malicioso no rosto.

-Matar...Alan!