(Amar)elo

11. O seu "bom dia".

           

Nota: Escutem a música da mídia, é muito amorzinho e a cara desse casal.

------------------------------------

Um mês. Trinta dias, 720 horas, 43.200 minutos que Bruno já tinha passado ao lado de Monalisa. Não que ele estivesse contando os segundos, mas sabia exatamente a quantidade de dias que a felicidade tinha batido a sua porta e mostrado o verdadeiro sentido das palavras "amor" e "companheirismo".

Assim como outras sensações que apareceram naquele mês, todo o relacionamento parecia algo novo e passava a impressão de que ele nunca estivera em um namoro antes – talvez fosse porque agora era com uma mulher que fazia seu coração bater milhares de vezes mais rápido que o comum com um mero sorriso.

Depois do primeiro dia em que Monalisa dividira a cama com Bruno passou a ser totalmente normal encontrar a ruiva no café da manhã ou na janta, ela praticamente tinha se mudado para a casa dos irmãos – na gaveta do armário de Bruno já tinham algumas peças de roupas estratégicas para um dia de trabalho, no banheiro ela já tinha sua própria escova de dente (uma surpresa feliz que Bruno fez a namorada) e a ruiva já tinha algumas piadas internas com Bernardo, a única pessoa daquela casa que não dividia a genética dos Souzas.

Bruno não demorou para pedi-la em namoro. Depois de uma semana – aonde se encontraram 5 dias seguidos – com muitas trocas de mensagens, visitas às casas alheias e muitos beijos roubados ele não viu sentindo em não oficializar aquilo. Queria poder andar pela rua de mãos dadas, mostrar para o mundo inteiro que a ruiva mais linda do Rio de Janeiro era sua namorada, sua amiga e a mulher que descobriria um mundo inteiro ao seu lado.

Naquele mês eles se conheceram melhor do que esperavam, já sabiam tudo um sobre o outro (não os piores defeitos, já que deixavam esses escondidos para não assustar o parceiro) e sabiam que tinham escolhido a coisa certa ao darem a chance para aquele romance.

Paula não tinha dado o ar da graça em nenhuma rede social. A ex-namorada tinha parado de seguir Bruno em todas as redes sociais e o bloqueado pelo whatsapp. Não que Bruno fosse daqueles ex-namorados chatos que ficam atrás da garota, perseguindo-a, mas em um momento daquele mês ele se pegou pensando no que Paula estaria fazendo. Ele torcia muito para que ela estivesse bem e superado totalmente aquele namoro. Ele se lembrava dela com carinho e agradecia por ter passado aqueles anos em um namoro com ela. No final já estava sendo insuportável, mas todo o tempo ao lado da morena que chamou de namorada por muitos dias seguidos foi um período de muito aprendizado e crescimento pessoal.

Agora, graças a Paula, Bruno sabia exatamente o que não queria ter com Monalisa. Sabia que queria um namoro muito mais dinâmico e honesto, tentaria fazer com que não saísse na rotina nunca – e quando caísse ele faria com que a rotina fosse amada pela namorada.

- Bom dia – Monalisa se espreguiçou ao seu lado, fazendo com que Bruno saísse da sua imaginação (aonde Monalisa fazia parte) e caísse para a realidade.

A voz da ruiva ainda estava rouca e ela tinha um leve hálito de quem tinha dormido dez longas horas de sono pesado com a cabeça apoiada no melhor travesseiro humano que existia. Ela estava vestida com uma blusa apertada e uma samba-canção de Bruno (Monalisa tinha tomado posse daquela peça de roupa na segunda semana de namoro, e Bruno não se importou nem um pouco de perder para a namorada, contando que ela usasse todas as vezes que dormia com ele), seus cabelos vermelhos estavam presos em um coque no alto da cabeça e os fios estavam espalhados pelo rosto dela. Seus olhos estavam levemente inchados devido ao excesso de sono e seu corpo magro estava quente por conta do cobertor que a cobria naquele calor do Rio de Janeiro.

- Boa tarde, flor do dia – Bruno brincou com a namorada. Já estava quase na hora do almoço e eles não tinham saído daquele quarto abafado.

- Você precisa começar a me acordar cedo – Monalisa murmurou e se espreguiçou. Sua barriga clara ficou a mostra quando ela se esticou inteira. Bruno controlou sua vontade de passar a mão na barriga lisa e cheia de sardas da ruiva. Naquele mês ele evitara qualquer contato que o fazia querer avançar as coisas. Monalisa ainda não estava preparada para dar um passo a mais na relação e ele esperaria o tempo que fosse.