20. I love you, baby.

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N.A: Leiam as notas no final do capítulo! Boa leitura <3

           

Ao abrir os olhos Bruno nem acreditara que finalmente tinha chegado. Já tinham passado uma semana inteirinha desde a conversa com sua irmã mais nova na cozinha. Finalmente ele podia gritar para as paredes que o dia tinha chegado.

É hoje, como diria uma filósofa contemporânea.

No dia que combinaram o que fariam decidiram esperar Monalisa se consultar mais duas vezes. Ana Júlia descobrira que ela tinha duas consultas por semana, porque queria melhorar o mais rápido possível, já que aquela dor a consumia inteiramente. Ficaram aqueles sete dias com foco principal no Plano Para Reconquistar a Ruiva. Bruno se dedicara inteiramente às notas do violão daquela música que ele sabia que Monalisa amava, mas não sabia toca-la. No domingo ele já tinha a tocado tantas vezes que já podia até ensina-la. Virara um profissional daquele clássico.

Na segunda-feira, o dia, Bruno até tentou dormir até as dez horas da manhã. Mas ele acordou junto com o Sol. Era muita ansiedade que corria por aquele corpo, nas veias sanguíneas. Ele levantou e tomou um banho de 30 minutos. Mesmo tentando enrolar ao máximo, quando saiu do banheiro ninguém tinha acordado ainda.

Ele preparou o café para as irmãs e Bernardo e fez duas tapiocas para si. A ansiedade dava fome. Ele só conseguiu relaxar quando escutou o barulho que a irmã mais nova nas escadas. Ela tinha aquela mania de descer os degraus como se estivesse matando uma barata, só o costume de encontrar casais se agarrando no sofá fizera que ela aprendesse a chamar atenção para avisá-los que estava na hora de se separar.

- Bom dia, irmão querido. O dia hoje não está lindo? Olha como o Sol brilha, os pássaros cantam e as árvores dançam – ela era a animação em pessoa.

Bruno olhou para fora pela janela da cozinha e soltou uma risada. O clima não poderia estar mais diferente do que ela dissera: estava chovendo há uma semana direta no Rio, e naquele momento as nuvens escuras tampavam todo o Sol que ameaçava aparecer.

- Não esquenta, vai dar tudo certo – ela o tranquilizou ao ver a expressão de medo do irmão no rosto. Ele pensava que se caísse uma gotinha de chuva o plano ia para o espaço, mas aquilo não estragaria nada.

- Vamos passar tudo mais uma vez? Nada pode dar errado. – Então eles, mais uma vez, sentados um de frente do outro começaram.

- Primeiro você vai me deixar na escola e ficar esperando até a Monalisa chegar. Vai sair do carro e cumprimenta-la. Você vai perguntar se ela quer tomar um café, almoçar, qualquer coisa que mostre que você ainda está afim. Não desanime caso ela diga não, ainda é difícil para ela.

Bruno não sabia o que faria caso ela dissesse não, se ela aceitasse era bem capaz de puxá-la pela mão até o café mais perto. Mesmo ela tendo que trabalhar. Ele queria aproveitar o tempo perdido.

- Depois você dá um beijo no canto da boca dela e vai embora. Isso é material o suficiente para distraí-la pelo resto da manhã. – Anajú tomou mais um gole do café e continuou – você vai voltar para casa e ficar aqui até as 11:15. Arruma o violão, a caixa de som no carro e vai me buscar. Quando chegar na escola você vai me chamar na secretaria. Fala qualquer coisa: que tenho uma consulta, que eu preciso resolver alguma coisa. Eles vão te entregar o passe para você me liberar da sala. Bruno, presta atenção! – A irmã mais nova bateu no balcão quando percebeu que ele estava começando a viajar na maionese.

- Foi mal. Continua.

- Você vai para a minha sala. 10T, ouviu? A décima sala no térreo. Vai bater na porta e minha professora vai abrir. No caso, Monalisa, já que ela é minha última aula. Você vai entregar o bilhete como se nem a conhecesse. Você não pode olhar para ela momento nenhum, não nos olhos. Eu levanto, arrumo minhas coisas e nós vamos embora sem olhar para trás. Vamos ter mais ou menos 20 minutos até ela sair da sala e chegar no estacionamento.

(Amar)eloOnde histórias criam vida. Descubra agora