3.1. A verdade sobre a Vaidade.

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Apesar do nome pomposo e diferente, Pundonor Tacanhez dos Balda, ou ainda Vaidade, no começo é um esquecimento da condição falível a que todo o ser humano é acometido

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Apesar do nome pomposo e diferente, Pundonor Tacanhez dos Balda, ou ainda Vaidade, no começo é um esquecimento da condição falível a que todo o ser humano é acometido. Acontece, porém, que ele é viciante, como é de sua natureza: um vício. Inicia-se com um breve esquecimento, depois passa à frequência e depois, quando se vê, não se reconhece mais como humano, limitado e falho. Ao contrário, a imagem que tem de si ultrapassa a natureza humana.

Quando se está sob o toque do sr. Pundonor, é como se iniciasse uma subida por uma montanha. A medida que vai subindo, vai se afastando da situação dos mortais e se lança numa situação de suprassumo, todo poderoso. Não obstante, faz questão de os outros tomarem ciência de que estão diante de um ser diferenciado, maior e melhor do que qualquer um.

Curiosamente, tanto a pessoa vaidosa quanto aquela com quem se relaciona estabelecem uma relação de desigualdade: um como superior e o outro como inferior. Do primeiro, tem-se todo o cuidado para não afligir os humores, porque este não sai de seu centro ou de lugar para melhorar a relação. Do segundo, nada de bom ou de respeitável se espera, porque Vaidade não se rebaixa para ninguém.

É por conta desta rigidez sobre si mesmo, que Vaidade é um dos mais viciantes filhos de Dona Ignávia, e é por isso que na medida que dele se aproxima, a pessoa vai se afastando dos seres considerados comuns.

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 Além da Vaidade, você consegue estabelecer relações com pessoas comuns? Você tem ideias claras sobre sua condição humana?

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