7.1. Quais as ações de Invídia e Cupidez Latejo dos Baldas.

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Agora que já se sabe quem são Invídia e Cupidez, cabe descortinar quais são as suas ações e como elas agem sobre quem se simpatiza com um, com outro ou com ambos

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Agora que já se sabe quem são Invídia e Cupidez, cabe descortinar quais são as suas ações e como elas agem sobre quem se simpatiza com um, com outro ou com ambos.

Invídia, nome pomposo para inveja, é lenta e calmamente alimentada pelo desejo ter o que o outro tem. Basta conseguir o que lhe era de desejo e prontamente já lhe brota novo desejo e assim sucessivamente sem um fim esperado. Não é que o objeto seja o alvo, senão a posse dele para que o outro não a tenha. É uma situação esquizofrênica, porque o alvo não é o objeto (e não importa qual), mas a posse que o outro detém sobre ele.

O movimento descrito pela inveja é primeiro de se aproximar da pessoa que tem a posse e tentar se afeiçoar ao sentimento que pessoa tem sobre algo. Isso leva tempo e é cultivado. Porque a posse do objeto é da pessoa e não de quem está sob o toque da inveja, isso lhe é causa de infelicidade. Ela até pode tocar, mimar e interagir com o objeto, mas ele não é seu, ou melhor, a posse sobre ele não é sua. Quem é invejoso não quer um objeto igual, mas deseja a posse recaída sobre o objeto, porque é esta mágica relação pessoa-objeto que lhe falta.

Cupidez Latejo também já foi desvendado como cobiça, que é mais forte do que a irmã, a inveja. Diz-se que é mais forte porque é mais brutal, a ponto de não permitir que o outro tenha aquilo que ele próprio não tem. Também é sem sentido, porque há inúmeras coisas, pessoas, situações e sentimentos que outras pessoas têm e nem mesmo por isso é causa da cobiça, então se vê que o objeto da cobiça não são coisas tangíveis, mas as intangíveis como é o caso dos sentimentos, das satisfações, das alegrias.

Quem sente o toque da cobiça também é infeliz ou é acometido por uma infelicidade sem tamanho. Neste caso, o sujeito e o ponto de partida para medir a sua própria felicidade não são ele próprio; mas uma outra pessoa, fora dele. Isso é mesmo doentio, porque não dá para pautar a vida ou ocorrências da própria vida a partir das experiências de outrem. Mas na cobiça, ou melhor no alvo da cobiça, o importa é que o outro não tenha aquilo que eu não tenho. Não importa o que seja. Se o cobiçoso entender que o cobiçado, que não é seu, não pode ser de outro, ele fará de tudo para que o outro também não tenha e, enquanto não levar a cabo este plano, sua infelicidade estará estampada no rosto e mil planos maquiavélicos estarão sendo elaborados em seu pensamento.

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De maneiras diferentes, Invídia e Cupidez causam infelicidade em quem eles conseguem tocar. E você, você se alegra com os outros? A felicidade de outrem é incentivo ou barreira para você alcançar o que deseja?

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