5.2. O que faz a Srta. Apetência Voraz tremer.

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Todos gostam e precisam de posses ou de relacionamentos. Isso é sadio, saudável e necessário para a vida em sociedade. No entanto, as pessoas tocadas pela Srta. Apetência Voraz desconhecem os limites e começam a juntar em si tudo aquilo que está a seu alcance. Acontece, porém, que o segundo nome "Voraz" indica uma condição mórbida desse ajuntamento, isto é, sem limites.

Quando algo ocorre de forma voraz, dize-se que é violento e com isso quer-se sinalizar que ocorre de forma brutal. Aqueles que são acometidos pela gula sofrem e fazem sofrer aqueles que estão ao lado, porque, nessas condições, um ou outro fica privado do objeto do desejo da gula.

O que há de pior numa situação de gula é a percepção da sua própria fraqueza. Ela não junta, acumula ou inclui porque é forte, senão porque é fraca e precisa desses artifícios para esconder esta sua falha dos demais. Porque não consegue isso ou aquilo, acaba transferindo para a acumulação a sua frustração e todos os olhares se voltam para a ação de consumir coisas, pessoas e sentimentos.

Fazer perceber que nem sempre é possível, que não é hora, que não pode ou que não dá para se ter tudo à mão, faz com que a parceria da pessoa com a Srta. Apetência vá perdendo forças. E uma vez que a pessoa deixa de atender às necessidades desta mocinha, ela vai se retirando do convívio.

Assim, não é encorajando, desafiando ou não sustentando o vício é que se combate ou se chega a um final no relacionamento com a gula, porque ela encontrará um jeitinho, uma burla, para retomá-los de outra maneira. Mas é colocando parâmetros do que pode, do que deve, do que é correto para que a própria pessoa vá aos poucos descobrindo o que sozinha, ela não fora capaz.

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 Falando de limites: você visualiza bem os seus limites? Tem marcado compromissos demais e se perde nos horários e datas?

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