Capítulo 2

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Leila

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Leila

- Fique tranquilo, eu guardo segredo - Falo sem
entender.

- Não sou o que pensam... - Respira pesado.

Como assim não é o que pensamos que é? Sera que é um foragido, ou algo assim? Medo.

- Calma, estou te ouvindo - Falo mais pra mim do que pra ele.

- Bem, como disse é segredo - Fala nervoso.

- Isso eu entendi, pode procedir - Clamo ansiosa.

- Mas observe, isso não muda o que sou, por dentro! - Afirma tentando parecer calmo.

- Eu sei Daniel - Falo sem paciência.

Meu Deus, esse menino é mais enrolado do que o ratinho pra dizer o resultado do DNA!

- Sou gay - Fala rápido.

- Como assim? - Falo não acreditando.

- Eu gosto da mesma fruta que você - Fala o óbvio.

- Ah vá, disso eu sei, porém qual o motivo de falar isso pra mim? - Pergunto ainda surpresa.

- É que eu preciso de sua ajudinha - Fala sorrindo.

- E no que eu posso ajudar? - Pergunto.

- Bem, como sabe, sou um menino cheio de amigos e que ninguém desconfia da minha real sexualidade - Fala como se estivesse explicando a uma criança.

- Sim, to sabendo - Falo.

- Mas os meus amigos, incluindo o por qual tem uma queda... - É interrompido por mim.

- Quem? Não tenho uma queda por ninguém - Falo rindo de nervoso.

- Claro que não, vamos deixar o Lucas fora disso então, afinal, ele namora! - Fala rindo malicioso.

- Lucas? Quem é esse? Nunca nem vi! - Daniel gargalha.

- Você é uma gracinha - Da um sorriso.

- Continue - Ignoro seu comentário.

- O problema é que, meus amigos já estão desconfiando da minha sexualidade e não quero revelar que sou gay - Diz e franzo a testa.

- Mas porque não quer que saibam? Se forem realmente seus amigos, vão entender e te tratar normalmente - Falo.

- Mas os outros da escola não vão perdoar, prefiro guardar segredo - Fala normalmente.

- Ta bem, mas qual o motivo deles só estarem desconfiando agora? - Pergunto.

- Vamos se dizer que vacilei um pouco, não estava pegando menina e nem as chamando de gostosas e essas coisas de meninos - Fala balançando o braço e ignoro o machismo da frase.

- Não entendo, onde entro nessa história? - Pergunto com a confusão ainda presente.

- Você Leila, é a menina por quem eu tenho interesse no ponto de vista dos meninos entende? - Fala malicioso e com divertimento.

- Então quer dizer que, vai fingir um sentimento por mim? - Pergunto.

- Isso mesmo, muito bem, estou orgulhoso e aliviado de ter entendido - Suspende as mãos.

-E porque eu? - Pergunto incerta.

- Vamos se dizer que depois de Juliana, é uma das mais faladas - Afirma.

- Uau, nunca pensei nisso - Afirmei com um sorriso e fico curiosa se Lucas também fala de mim.

- Vai me ajudar? - Faz os olhos do Garfield.

Ainda estou chocada com o rumo desta conversa e as coisas que descobri, portanto vou ajudar, quero ver onde isso vai dar.

- Okay, fique tranquilo, estou aqui - Afirmo passando segurança.

- Obrigado - Me abraça - e mais uma coisa! - Exclama derrepente.

- Não vou me vestir de homem, nem tente - Falo rápido e ele gargalha.

- Só quero que não confunda as coisas - Fala sério.

- Confundir como? - Pergunto.

- Nós somos só amigos, ta? - Fala preocupado.

- Ótimo, uns minutos de conversa e já nos tornamos amigos - Sorrio e ele retribui.

- É serio, por favor, não confunda - Pede.

- Calma moço, fique tranquilo - Conforto ele.

- Beleza, tchau - Da um beijo na minha bochecha e sai.

Fico com um sorriso de boba, pode parecer besteira mas adoro quando me beijam na bochecha. O sinal bate e vou para a sala. Entro na sala e ate o professor chegar fico lendo um livro, fala sobre uma menina que vira amiga de um desconhecido e vivem um possível romance, sorrio com isso, não que isso vá acontecer comigo! Afinal, Daniel é gay.

- Conversou com Daniel não foi? - Jack pergunta surgindo do nada.

- Por que pergunta isso? - Pergunto confusa.

- Rindo que nem uma boba ai, com certeza ele jogou umas cantadas e se declarou pra você - Gargalho - pelo jeito, é mais engraçado do que eu pensei! - Afirma divertido.

- Com certeza, isso é muito engraçado - Falo ainda rindo.

- Leila, esta escondendo algo? - Pergunta rindo.

- Oxê, desconfia de tudo - Desfarço.

- To de olho, se ele te iludir ou brincar com seus sentimentos já sabe não é? - Faz movimentos de karatê.

- Calma Jackie Chan, somos apenas amigos - Afirmo.

- De qualquer forma avisa a ele que sou faixa preta - Fala.

- Mas você não é - Digo.

- Uma mentirinha não faz a mal - Ele gargalha.

O dia de colégio acaba e eu vou em direção a meu padrasto em passos lentos, o dia tinha sido longo; quanto mais me aproximava, mais ele parecia triste, nunca vi Marcos triste ou vulnerável.

- Marcos? - Pergunto chamando sua atenção já perto do veículo.

- Entra no carro, temos que ir ao hospital - Fico com respiração pesada.

SECRET: Can I Trust You?Onde histórias criam vida. Descubra agora