Capítulo 50

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Esther

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Esther

Hoje é um dia horrível, assim como Jaqueline estou inconsolável, sinto que deveria estar preparada pra isso, mas uma pessoa nunca está preparado para perder quem ama, que no caso foi o Marcos.

Aqui estou abraçada a Jaqueline, que chorava como se sua vida fosse apenas isso, como se fosse respirar, mas eu nem conseguia chorar, ainda não tinha admitido que ele estava morto, não o Marcos, algo de mim torcia para ele ser daquelas pessoas que se curam das doenças incuráveis em um milagre, portanto não foi o seu caso, infelizmente.

Me ligaram as 4 da manha, do hospital, para informar que o tempo do meu melhor amigo tinha terminado, que tinha acabado de falecer a poucos minutos, corri até o hospital rapidamente, sentindo meus músculos queimarem de tão rápido que corri. Agora estou sem ter noção de quanto tempo fiquei aqui abraçada a Jaqueline que continuava com água nos olhos.

- Por que Esther? Porque o Marcos? - Perguntou rouca.

- Eu não sei Jaque - Respondi triste.

Logo passam com o corpo de Marcos, nós fazendo levantar rapidamente e ir até o corpo sem vida.

- O meu amor, eu te amo tanto - Disse Jaqueline se prendendo ao corpo.

Ela abraçava o corpo e não queria soltar, os médicos tentaram tirar ela de perto, mas juntei a tristeza com a raiva e empurrei cada um deles.

- Da um tempo pra ela! - Exclamo e eles me olham com cara de pena.

Aproveitei o momento para olhar o rosto relaxado de Marcos, sorri sentindo meu nariz pinicar, ele estava tão tranquilo, não tinha chorado desde a noticia, mas estava extremamente triste, não sei porque, mas o único enterro que chorei foi da minha mãe, nunca fui muito de chorar, mas de alguma forma isso era bom, precisava consolar a Jaqueline, ela precisava disso.

- Vamos Jaque - Chamo sua atenção e ela me olha com os olhos tristes.

Passa a mão pelo rosto do Marcos e depois dá um selinho na boca branca dele, me abraçando logo depois, parecia um pouco mais calma, logo ela me deixou chegar mais perto dele, olhei novamente seu rosto pálido segurando a sua mão grande e sorrindo tristemente, dando um beijo demorado na sua testa para me despedir.

- A gente te ama doidinho - Disse sentindo minha voz embargada.

Foi por um segundo, mas apenas por um segundo, jurei ver um sorriso no seu rosto, olhei para Jaqueline que tinha o mesmo olhar impressionado que o meu.

SECRET: Can I Trust You?Onde histórias criam vida. Descubra agora