Capítulo 18

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Leila

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Leila

Acordo com o celular tocando, mas que merda, não lembro de ter botado alarme!
A primeira coisa que vejo é o horário, 5:52 da manhã, a não mano, vou matar o indivíduo que atrapalhou meu sono divino.

- Oi - Respondo fria e rouca.
- Oi, aqui é a Catarina, do hospital da cidade, você é responsável pela dona Rosa? - Pergunta e levanto da cama como se fosse voar.
- Sim, sim... Aqui é a filha dela, Leila - Respondo ansiosa.
- A me desculpe, mas preciso falar com um maior de idade - Disse a mesma e fiz cara feia, quem já viu?
- Oxê moça, tava brincando só, sou a empregada da casa, Leila ta dormindo como um anjo ainda - Disse na cara de pau.
- Idade? - Perguntou depois de um tempo em silêncio.
- 21 - Menti descaradamente .
- Nome? - Pergunta rápido.
- Betty Cooper - Respondo.
- Cor da casa? - Perguntou e comecei a pensar que a mulher era doida.
- A...Azul escuro - Menti a cor da minha casa, vai que é uma psicopata.
- O que é da dona Rosa? - Pergunta insegura.
- Irmã - Digo.
- Mas não era empregada? - Perguntou a mesma.
- E você me ligou pra fazer minha identidade ou pra me dar noticias? - Respondi de mal humor.
- Ui calma, venha pra o hospital, temos notícias - Falou e desligou na minha cara.
- UI grossa - Falei indignada.

Não pensei mais naquela louca e me arrumei com um vestidinho simples, corri até o quarto do Marcos e o mesmo dormia pesadamente.

- Acorda Marcos - Sacudi o mesmo e nada.
- Acorda Marcos! - Sacudi um pouco mais rápido.
- ACORDA MARCOOOOOOOOOOOOOOS - Botei as mãos pra cima, dramaticamente.

Olhei pra ele com esperança dele acordar, mas nada ainda, cansada fui me sentar em uma cadeira, mas magicamente ela não estava mais lá, cai de bunda no chão, ficando entre o que? Adivinha!

- Ai minha bunda - Choraminguei e fiquei chingando, até olhar pra cama e ver Marcos me olhando confuso.
- O que aconteceu? Por que está nessa posição deselegante? - Perguntou rindo.
- Deselegante é você não acordar quando estou te gritando, mas acordar quando eu cai - Respondo indignada e ele levanta.
- A ta, mas por que está no meu quarto? - Pergunta ainda me olhando querendo rir.
- Ligaram do hospital, querem nós dar notícias, temos que ir - Marcos rapidamente arregalou os olhos e correu até o banheiro.

Juro que só pisquei os olhos e ele já tinha aberto a porta do banheiro vestido, desde quando moro com o Sonic?

- Oxê, levanta dai rapaz, vamos logo pro hospital - Fala penteando o cabelo.
- Que pena, tava até confortável aqui - Falo me levantando.
- Como assim confortável? Sua posição estava horrível - Pergunta me olhando.
- A sei lá, já cai tanto na vida, que já me acostumei as dores - Respondo e ele sorri pra mim.
- I Alá, gostei da frase, me lembre de botar no meu status depois - Sorrio e saímos de casa.

- I Alá, gostei da frase, me lembre de botar no meu status depois - Sorrio e saímos de casa

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- Oi! Como está minha mãe? - Pergunto ao médico responsável por ela.
- Ela está bem, mas é melhor seu pai te explicar melhor - Diz e Marcos e eu nós entre olhamos.
- Padrasto - Respondemos juntos.
- A claro, licença - Sai em seguida.
- Como ela tá? - Pergunto a Marcos.
- Bem, ela melhorou bastante com os medicamentos e logo poderá ter uma vida normal, vai sair dessa Leila - Diz e nós abraçamos.
- Que bom, que alívio - Lacrimejo emocionada.
- Eu sei, estamos todos juntos nessa - Fala e sorrio feliz, por tudo está dando certo.

Mas não tão certo assim
Concluo ao ver Daniel na porta da minha casa nervoso, depois de chegar do hospital.

- Oi Dani, o que ta fazendo aqui? - Pergunto curiosa.
- Leila, precisamos conversar - Falou e pensei "vishhh".
- Ai meu Deus, não fiz nada, juro - Afirmei preocupada.
- Relaxa, é sobre o baile - Afirma e congelo.
- Isso era pra me acalmar era? - Pergunto.
- É que... Precisamos falar sobre o beijo Lê - Fala e meu coração erra uma batida.
- Ave Maria, não gostou do beijo né? Eu sabia! Afinal nem de menina você gosta! A meu Deus Dani - Falo rápido e ele toca meu ombro.
- Não é isso Leila - Fala e fico aliviada - até porque nem lembro como foi... - Completa e fico angustiada.
- Você não lembra? - Pergunto decepcionada.
- Leila, estava muito bêbado - Afirma e penso " Claro que estava".
- A meu Deus... - Respondo entrando dentro de casa.

Estava triste e decepcionada, afinal, como ele quer falar sobre algo que não lembra? Não sentiu? Não foi valorizado? É como ficar uma noite com uma pessoa e nem lembrar o nome dela no dia seguinte.

- Leila, espera, você não está entendendo - Fala me segurando pelo braço.
- Não, não entendendo o porque de estar aqui, não entendo o porque de querer falar sobre algo que não lembra, não sentiu... - Antes de terminar ele me prensa na parede.
- É por isso que estou aqui, quero sentir - Falou e arrepiei.

Não demorou pra nossos lábios se tocarem, e puta merda, foi como beijá- lo pela primeira vez, meu corpo todo arrepiado, entregue a ele, me assustava de como estava submissa.

Daniel apertava minha cintura com uma mão e com a outra segurava meu rosto, possessivamente, enquanto segurava- ó pela nuca. O beijo estava ficando quente, muito calor no meu sangue, mas a desgraçada da falta de ar quis marcar presença.

Cessamos o beijo, ofegantes e agitados, meu corpo estava em chamas, pedia por ele, pedia por mais um beijo, ou talvez dois, três, cinco, dez, mil beijos.

- Uau, isso foi... - Foi interrompido.
- Muito lindo, casal do ano vocês - Esnobou uma voz fina e chata.
- Esther, o que faz aqui? - Perguntei irritada.
- Estava andando com um novo amigo, acho que o Daniel conhece - Fala e vejo Daniel ficar branco.
- Oi, sou Rodrigo, prazer - Disse um menino bonito e musculoso aparecendo na porta.
- Oi - Falei sem graça.

Sou surpreendida pelo Daniel passando por mim furiosamente, murmurando apenas um "tchau" antes de sair. O tal Rodrigo acompanhou com o olhar o mesmo até a porta, esse cara tem algo estranho.

- Então gatinha, já to indo - Rodrigo disse piscando para mim.
- É, também to metendo o pé vadia - Disse Esther saindo debochada.

A minha porta se fecha e meu cérebro explode, o que acabou de acontecer aqui?

SECRET: Can I Trust You?Onde histórias criam vida. Descubra agora