SECRET: Can I Trust You?

Capítulo 26 ( maratona 4/5)

Leila

Eles começaram a rir, menos o Berto, o mesmo não entendia a graça, e nem eu.

- Ata, essa foi boa, Daniel gay - Diz Juliana rindo.
- É, logo ele que anda e vive com aqueles meninos lá - Diz Jack.
- Bem, se dissessem que Jack eu acreditaria, mas Daniel? Ele não tem cara de gay nem aqui e nem na China - Raquel diz rindo e Jack a olha sério.
- Que porra é essa Raquel? - Pergunta Jack irritado.
- Eu entendo o seu ponto de vista Raquel, mas Daniel é muito gay - Digo e Jack me olha indignado.
- Agora pronto! - Fala irritado.
- Mas não é possível ele ser gay, aposto que já rolou algo entre vocês dois - Afirma Juliana.
- Nada disso, que absurdo - Minto descaramente.
- Gente... - Chama Berto.
- Opa, alguém está mentindo aqui - Zomba Jack e olho o repreendendo.
- Gente... - Chama novamente Berto.
- Se ele te pegou, não é gay e ponto final - Afirma Juliana.
- Ele disse que foi um erro - Afirmei baixinho.
- O que??? - Falaram Juliana, Raquel e Jack.
- Gente, por favor... - Tentou novamente Berto.
- Vocês tiveram um caso? - Perguntou Juliana.
- Ele disse que você foi um erro? Que viado! - Disse Jack zangado.
- Literalmente - Disse Raquel e Jack a olhou.
- SEUS PORRA, PRESTA ATENÇÃO EM MIM MERDA - Gritou Berto irritado finalmente recebendo nossa atenção.
- Nossa, calma Berto, que mal educação, nem pra chamar educadamente - Disse Jack indignado e Berto fez carranca.
- Desculpa, é que tem um cara ali olhando... - Foi interrompido.
- Eita porra, tem um cara ali olhando pra gente com cara de mal - Informa Raquel e Berto fica indignado.

Olhamos para o outro lado da rua, onde tinha um cara nós olhando e revirei os olhos ao perceber que era o Rodrigo, que estava necessariamente me olhando.

- Olha gente, vocês podem entrar na minha casa, mas com elegan... - Parei de falar ao ver que estavam apostando uma corrida para ver quem chegaria primeiro em algum lugar da sala.

Até parece que iriam se comportar não é? Aquilo não são amigos, são animais! Um absurdo. Caminho em direção a Rodrigo que me olha com deboche, éspie a porra.

- Oi morena - Diz com a sua voz grave.
- Oi Rodrigo, o que fiz para merecer seu digníssimo olhar? - Perguntei debochada e ele revirou os olhos.
- Leilinha, se não me engano, apenas eu, você e Jacke sabia que Daniel era gay, ou pelo menos ele quis que fosse não era? - Pergunta diabólico.
- O que você quer dizer? - Pergunto.
- Que é pra você esquecer o Daniel, se não conto para ele que está espalhando que a sexualidade dele, o fazendo nunca mais acreditar em você de novo - Fala se aproximando de mim e arregalo os olhos.
- Eu falei para pessoas de confiança e foi sem querer... - Afirmei assustada e ele riu.
- Ô Leilinha, isso não diminui o quanto que você foi idiota de ter contado e ter de metido comigo - Segura meu rosto debochado e me afasto.
- Por que você tem tanta raiva de mim? Por que não me quer junto do Daniel? - Pergunto zangada.
- Por que? Ele é meu gata e fui o primeiro dele, além de você não ter valido nada pra ele, nem de mulher ele gosta, não é mesmo? - Pergunta sorrindo e me sinto atingida.
- Se não sou nada pra ele, por que se incomoda? - Pergunto.
- Por que não quero nenhuma vadia perto dele, afinal, é isso que você faz não é? Beijar o homem das outras! - Afirma sorrindo e dou um tapa na cara dele.
- Eu não sou vadia - Falo mais pra ele do que pra mim.

Antes dele falar qualquer outra coisa, saio de lá praticamente correndo, por que ele falou aquelas coisas? Será que ele sabe? Sabe da Esther? Talvez ele tenha razão, sou uma verdadeira vadia e destruidora de vidas, sou o motivo por Esther está se cortando, sou uma pessoa horrível!

Entro em casa tentando só ir para o meu quarto e chorar lá dentro, mas Berto estava assistindo na sala, bem solto e relaxado assistindo Netflix. Tento passar sem ser notada, falhando miseravelmente.

- Aonde vai moça? - Pergunta Berto sem tirar o olho da Tevê.
- Vou no meu quarto - Falo baixo e ele me olha.
- O que aconteceu princesa? - Perguntou fofo e quase chorei.
- Só estou com sono - Disse sentindo meu rosto corar.
- Você está corada, isso significa que está mentindo, a questão é porque - Afirma arqueando as sobrancelhas.
- Berto, podemos falar sobre isso depois? - Perguntei sabendo que isso não ia acontecer.
- Tudo bem, mas estou aqui quando você precisar, sempre - Afirma e sou um sorriso amarelo.

Saio da sala indo para meu quarto em passos cansados, rindo amargamente, será que ele estará mesmo aqui sempre? Quando eu precisar? Tenho certeza que na primeira decepção que eu causar ele vai me ignorar e falar meus podres para um Rodrigo na vida, como a Esther fez, não a culpo!

Escuto algo sendo arremessado na parede no quarto de hóspedes, será um ladrão? Pego um vaso de flores antigo, se pegar na cabeça de alguém mata, com certeza. Conto até 3 e abro a porta.

- SEU BANDIDO VA-GA-BUN-DO, EU VOU TE DAR UMA VASADA, TA OKAY? - Gritei afrontosa assustando-os.

O que estava acontecendo aqui?