_Oi! Por acaso conhece um garoto chamado Daniel? - Pergunto, ainda embasbacada com a beleza daquele ser humano.
- Sim. Na verdade, sou eu. - O pedaço de mal caminho diz, sorrindo para mim. Aposto que estou corada e de boca aberta. Quase consigo sent...
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Rodrigo
Saio da casa de Daniel animadíssimo, depois que voltei , se passando tantos anos sem ve-lo, ele está mais bonito do que nunca.
Jacke também está um pedaço de pão, espero que nossa noite se repita mais vezes, tantas boas lembranças com está menininha inocente.
Paro em uma antiga lanchonete que gostava muito de frequentar, não acredito que ainda está em pé, é do tempo da minha vó. Peço um café, enquanto espero o meu pedido, olho em volta, as pessoas não são tão bonitas quanto as que conheci na Europa.
- Oi gatinho - Diz uma loira me abordando. - Oi gracinha - Sorrio galanteador. - Nunca te vi por aqui, é novo na vizinhança? - Pergunta sorridente. - Voltei para rever alguns antigos amigos - Disse direto. - E que sorte desse amigos não é? - Perguntou atirada e só conseguia pensar em como era safada. - Acho que sim - Respondi rindo. - Então, quem você conhece daqui ? - Perguntou curiosa. - Um amigo meu chamado Daniel - Digo desinteressado. - Estuda no colégio González? - Pergunta e arregalo os olhos. - Sim, porquê? - Pergunto surpreso. - Vi você saindo da casa dele - Fala e confirmo que a mesma é doida. - E da onde você conhece Daniel? - Pergunto interessado. - Estudo no mesmo ambiente, além dele andar muito com uma vagabunda ai - Fala e levanto as sobrancelhas. - Ele andando com uma menina? - Pergunto assustado e a mesma assente
Essa notícia me pegou de surpresa, não me lembro dele andar com muitas meninas, até mesmo quando era hétero ou achava ser.
- E como é o relacionamento deles? - Pergunto. - A sei lá, andam de mais juntos, com certeza já se pegaram, que não concordo nem um pouco, Leila é muito feia e piranha pra qualquer garoto - Afirma furiosa. - Então ela se chama Leila? - Pergunto com o sangue fervendo, já odiava aquela garota. - É, mas não sei como Daniel consegue gostar dela, não sei como ela consegue ter amigos - Fala indignada e concluo que a mesma tem algo contra essa tal Leila.
Ia continuar a conversa, mas vi Daniel saindo de casa, descendo a rua, o olhei curioso. Aonde ele estava indo? Comecei a segui-lo junto com a loira, andava tenso, parecia ter que resolver assuntos pendentes.
Ele para em frente a uma casa lilás, bem bonitinha e ajeitada, ele fica lá esperando e olho pra a loira que também esta olhando detalhadamente cada passo de Daniel.
- A casa dela é aqui - Fala derrepente. - Quem? De Leila? - Pergunto e a mesma revira os olhos. - Não anjo, da Patrícia - Falou debochada e fiz carranca. - Ue, quem é Patrícia? - Perguntei e ela suspirou fundo.
Novamente nossa conversa cessou quando uma morena andou em direção a Daniel, era bem bonita.
- É Patricia? - Perguntei olhando pra loira. - A me faça o favor ne? Não entende uma ironia? - Pergunta irritada. - A, então essa é Leila não é? - Pergunto e vejo a hora dela bater na minha cara.
Ficamos trocando olhares por um momento, parecendo dois animais raivosos prontos pra uma briga, mas Interrompemos o olhar quando percebemos que eles já tinham entrado dentro da casa, andamos rapidamente em direção a porta que não estava nem trancada.
No momento em que abrimos a porta, vimos os dois se beijando, como se necessitassem desse beijo. Fiquei com nojo, sou muito mais bonito que essa morena.
- Muito lindo, casal do ano vocês dois - Disse a loira com deboche derrepente.
Percebi que tinha viajado naquele beijo quando fui despertado pela conversa de Leila e da loira, mal falava ou prestava atenção, só ficamos eu e Daniel trocando olhares, ele estava aparentemente sem graça e eu com nojo.
O mesmo saio depois de um tempo, nem olhando na cara de ninguém, me despedi com uma gentileza falsa, odiava aquela menina depois de perceber que era bonita, pessoas bonitas sempre tem privilégios, sempre são escolhidas, sempre são as preferidas.
- Odeio ela - Falamos ao mesmo tempo, eu e a loira depois de sair da casa.
Trocamos um breve sorriso falso e seguimos por caminhos diferentes como se nada tivesse acontecido. Ficava pensando no que poderia fazer pra tirar essa Leila do meu caminho, ela ia dificultar todos os meus planos com o Daniel.
Preciso de alguma forma separar os dois, e já sei exatamente como fazer isso.
Caminho até uma casa com o jardim bem cuidado, como sempre, meu velho amigo sempre foi cuidadoso com suas plantas. Entro na casa sem nem bater na porta, dando um sorriso forçado.
