_Oi! Por acaso conhece um garoto chamado Daniel? - Pergunto, ainda embasbacada com a beleza daquele ser humano.
- Sim. Na verdade, sou eu. - O pedaço de mal caminho diz, sorrindo para mim. Aposto que estou corada e de boca aberta. Quase consigo sent...
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Leila
Ando, ando com vontade de chorar, mas simplesmente não conseguia, já era de noite, não sei a quanto tempo andei, não sentia frio, sede ou fome, me sentia como uma pedra, sem nada vivo dentro de mim. Avisto uma praça bem iluminada, não tinha ninguém, vou em direção a ela sentando em um dos banquinhos, estava totalmente acabada, não queria viver, não se fosse pra passar por tudo isso de novo e ainda encarar todos amanhã no colégio.
Só depois de um tempo sentada percebi o quanto estava cansada e suada, agora como um gatilho toda a minha fraqueza veio e não durou meio segundo pra eu chorar, chorar silenciosamente, como eu chorava no quarto aos 15 anos, me sentia fraca e com vontade de me jogar na frente de um trem, mas aqui nem trens tem.
Percebo que viajei quando vejo um homem em uma moto esta com uma arma apontada pra mim, ele estava sem camisa e estava usando um boné e tinha um bigode do MC livinho. Antigamente eu entraria em pânico e imploraria pela minha vida, mas hoje estou apenas sentindo o contrario, então apenas sorri pra ele o deixando confuso.
- Eae meu chapa - Digo rindo sem humor.
- Meu chapa? Olha que eu atiro em você sua patricinha! - Diz descendo da moto e se aproximando de mim.
- Relaxe, se poder me fazer esse favor, desde já agradeço - Digo olhando nos seus olhos claros.
- Qualé patricinha, fumou foi? - Pergunta abaixando a arma.
- Eu mesmo não - Falei indignada.
- E esses olhos vermelhos ai? - Pergunta me olhando seriamente.
- Tava chorando senhor - Digo rindo pelo nariz.
Ele olha pra mim botando o seu boné pra trás, parecia até preocupado, umladrãopreocupadoLeila? Achoquevocêfumoumesmo!
- Qual seu nome patricinha? - Pergunta encostado na moto.
- Leila - Digo sem cerimônia - e o seu? - Pergunto .
- Não interessa - Diz serio e boto a mão no peito dramaticamente.
- Minha nossa, depois dessa você já pode me matar - Digo.
- Ta maluca? Não vou matar você, não agora que parece uma menina a beira do suicídio! - Diz me olhando.
